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Cirurgia de CAF/LEEP


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock) | 5 min. de leitura

A LEEP é uma Cirurgia de Alta Frequência muito utilizada para remoção de lesões ginecológicas. Tire aqui suas dúvidas sobre o procedimento

A Cirurgia de Alta Frequência (CAF) é um termo abrangente que se refere a diversas técnicas cirúrgicas que têm como objetivo remover ou destruir áreas de lesão tecidual utilizando um bisturi elétrico. Dentre as diversas técnicas de CAF, a LEEP (Excisão Eletrocirúrgica por Alça) também chamada de EZT (exérese de zona de transformação anormal) é a mais utilizada em cirurgias ginecológicas do colo do útero.

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O que é a cirurgia de CAF/LEEP?

As CAF são procedimentos cirúrgicos que utilizam um eletrodo (instrumento cirúrgico) para retirar e após cauterizar o tecido biológico, sendo que a LEEP ou EZT é uma das técnicas mais indicadas para remover lesões intraepiteliais do colo uterino, seja para definição diagnóstica, seja para tratamento.

Quando ela é indicada?

Para saber quais tipos de lesões ginecológicas devem ser submetidas à cirurgia de CAF/LEEP, é preciso se atentar à categorização NIC (Neoplasia Intraepitelial Cervical) relatada na biópsia. Assim, a CAF é indicada nas seguintes situações:

  • Lesões NIC I não completamente visíveis em colposcopia, persistindo por mais de dois anos;
  • Lesões NIC II e NIC III em mulheres acima dos 25 anos;
  • Os seguintes achados citológicos encontrados no exame preventivo / papanicolau, sem correspondência visual à colposcopia (exame que avalia o colo do útero com uma lente de aumento):
    • Adenocarcinoma invasor;
    • Lesão intraepitelial de alto grau (HSIL);
    • Atipia de células glandulares de significado indeterminado (AGC-US ou AGC-H);
    • Atipia de células escamosas sem afastar a presença de lesão de alto grau (ASC-H)

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Como é feita a cirurgia?

A LEEP é um tipo de Cirurgia de Alta Frequência que utiliza um bisturi elétrico para remover uma parte do colo uterino, o que é feito com auxílio de um instrumento (eletrodo) no formato de uma alça.

Para definir a parte de colo do útero a ser retirada com a cirurgia de CAF/LEEP, o médico depende da indicação da “Zona de Transformação do Colo Uterino”, identificada a partir da colposcopia. A ZT tipo 1 é caracterizada quando toda a lesão está na porção vaginal do colo uterino (ectocérvice). No tipo 2, a lesão envolve a endocérvice, mas os limites são visíveis, enquanto no tipo 3 não se pode mais enxergar os limites da lesão na colposcopia.

Por fim, ao término da LEEP, a parte extraída é enviada para análise anatomopatológica, o que consiste na análise do tecido para fins diagnósticos.

Diferença entre a cauterização e a cirurgia de CAF/LEEP

A cirurgia de CAF/LEEP promove a remoção da lesão por alça, o que permite que o material retirado seja submetido ao exame anatomopatológico (análise da peça no laboratório) e avaliação das margens da lesão, importante para evitar a recidiva (retorno de novas lesões). Já a cauterização do colo do útero é um procedimento indicado para lesões benignas, como ectopia do colo do útero, utilizando a técnica de “queimar” para promover a reepitelização (surgimento de um novo tecido no local).

Diferença entre vaporização a laser CO2 e cirurgia de CAF/LEEP

A técnica a laser destrói as lesões HPV induzidas sem realizar a excisão (retirada) do tecido e está indicada para tratamento de NIC I (neoplasia intraepitelial cervical grau 1) completamente visível no exame de colposcopia e para tratamento de NIC II em mulheres com menos de 25 anos.

Essa técnica também é utilizada para tratamento de lesões de vagina e vulva (NIVA e NIV) e condilomas. Para entender melhor leia o texto Laser para lesões HPV (colocar o link que leva para esse texto do site).

Como é a recuperação da cirurgia?

A cirurgia por LEEP é um procedimento de baixo risco realizado sob anestesia e tem duração aproximada de 30 minutos. Quanto realizado em regime hospitalar, não demanda internação e a paciente em geral é liberada 6 horas após a cirurgia. Para esse procedimento, normalmente é utilizada a raquianestesia. Porém, em locais onde não há fácil acesso ao hospital, o procedimento pode ser realizado em consultório sob anestesia local. Assim, a recuperação da cirurgia de CAF/LEEP demanda apenas repouso, principalmente de atividades físicas e relações sexuais, que devem ser evitadas por 20 e 30 dias, respectivamente. É normal, também, haver corrimento e sangramento por alguns dias.

Com relação ao afastamento de atividades laborais e acadêmicas, a paciente recebe um atestado de 7 dias após a cirurgia de alta frequência.

Existe a possibilidade de a lesão retornar?

Embora as chances sejam baixas, existe, sim, a possibilidade de as lesões retornarem após a cirurgia de CAF/LEEP, principalmente se houver queda de imunidade ou nova exposição a agentes infecciosos, como o HPV. Esse risco está relacionado a imunidade da mulher e a avaliação das margens do material retirado.

As margens são os limites da peça (material) retirado. Elas podem estar livres de lesão ou comprometidas por lesão.

As margens endocervicais são as que vão em direção ao corpo do útero (parte interna do útero). Já as margens ectocervicais são as externas, que vão em direção a vagina. Para avaliar risco de recidiva após a cirurgia de CAF/LEEP as margens endocervicais são as mais importantes e idealmente precisam estar livres.

Nesse sentido, para evitar o retorno das lesões, é preciso manter acompanhamento e repetir o exame de citologia oncótica (preventivo/Papanicolau) e colposcopia semestralmente, por um período de 2 anos após a cirurgia. Outro exame que auxilia no acompanhamento pós cirurgia de CAF/LEEP é a pesquisa de HPV. Porém, se a análise anatomopatológica do espécime retirado indicar que ainda há comprometimento de margem, os exames devem ser repetidos 4 meses após a cirurgia, quando a possibilidade de um novo procedimento será avaliada.

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Fonte:

Ministério da Saúde;

Febrasgo.

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