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HPV (papilomavírus humano): transmissão, sintomas e tratamento


Imagem ilustrativa de um útero e vírus.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock) | 8 min. de leitura

O papilomavírus humano é uma infecção sexualmente transmissível que causa a formação de lesões genitais e está associada ao desenvolvimento de câncer do colo uterino

A sigla HPV é a abreviação em inglês para papilomavírus humano, uma infecção sexualmente transmissível que acomete a pele e as mucosas que revestem partes específicas do corpo humano — como colo uterino, interior da boca, garganta e faringe, além do ânus, vulva, pênis e vagina. O HPV pode apresentar um comportamento variável.  Muitas vezes não causa sintomas ou alterações no organismo e, em outras, provoca verrugas nos órgãos genitais e está associado ao desenvolvimento de diversos cânceres.

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Isso depende do subtipo de HPV e da imunidade da pessoa infectada. Existem 2 grupos de HPV, os considerados de alto risco, que são mais difíceis de ser eliminados e estão associados ao desenvolvimento de lesões que podem evoluir para câncer (precursora do câncer) e os subtipos de baixo risco, que estão associados às verrugas genitais.

Existem mais de 100 subtipos de HPV, sendo que cada um deles é capaz de desencadear uma doença e apresentar uma evolução diferente. Estima-se que pelo menos 40 desses vírus afetem a região genital, sendo que alguns deles estão associados ao desenvolvimento de câncer de colo do útero, vagina, ânus, vulva e pênis. Quando associados à prática de sexo oral, também há risco para tumores na orofaringe e boca.

HPV: como é a transmissão?

A transmissão do HPV acontece por meio do contato direto com a pele ou mucosa infectada, o que pode acontecer durante o ato sexual ou durante o parto. É importante destacar que as formas de infecção durante o contato íntimo não necessariamente exigem a ocorrência de penetração vaginal ou anal, e a transmissão pode acontecer via contato oral-genital, genital-genital e até mesmo manual-genital.

Uma vez que muitas pessoas infectadas por HPV não apresentam sintomas e sequer sabem que carregam o vírus, a transmissão pode ocorrer de maneira descontrolada quando não há cuidado com a prevenção. Fazem parte da prevenção usar preservativo e ser vacinado contra HPV.

Principais sintomas de HPV

Para a maioria das pessoas, o HPV não apresenta sintomas, e o próprio sistema imunológico geralmente controla a infecção. Em alguns casos, o vírus fica latente por meses e anos, sem manifestar sinais até que ocorra uma queda na resistência do organismo.

O vírus do HPV pode levar à formação de verrugas e lesões genitais — que podem ser únicas ou múltiplas, de tamanho variado. Essas formações podem se manifestar com coceira ou ser assintomáticas, e surgir até mesmo em partes do corpo como região pubiana, bolsa escrotal, colo do útero e áreas extragenitais como mucosa nasal, oral ou laríngea.

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Doenças causadas pelo HPV

Verrugas

O HPV provoca infecções na pele e mucosas, o que leva ao surgimento de verrugas. O problema geralmente ocorre na região genital, mas também pode surgir nas mãos ou em qualquer outra parte do corpo. Atualmente, o tratamento considerado mais eficiente e que previne recidivas de verrugas genitais é o Laser de CO2.

Lesões pré-malignas

As lesões pré-malignas ou pré-cancerosas causadas pelo HPV podem afetar o útero (Neoplasia Intraepitelial Cervical — NIC), vagina (Neoplasia Intraepitelial Vaginal — NIVA) e vulva (Neoplasia Intraepitelial Vulvar — NIV).

Câncer de borda de língua

Alguns subtipos de HPV são capazes de causar mutações no material genético das células, levando à formação de tumores. Também pode haver um desequilíbrio no sistema imunológico do paciente, proporcionando um ambiente favorável para o desenvolvimento de câncer. Cerca de 25% dos casos de câncer de orofaringe têm relação com o HPV, sendo o Câncer de Borda de Língua um dos mais frequentes da cavidade oral.

Câncer anal

Cerca de 90% dos casos deste tipo de câncer estão diretamente relacionados ao HPV.

Câncer de vulva

Esta doença representa de 3% a 5% dos casos de câncer do trato genital feminino inferior. O carcinoma de células escamosas é o tipo de câncer mais frequente da vulva, e está diretamente relacionado ao HPV.

Câncer de vagina

Embora seja considerada uma doença rara, cerca de 80% dos casos de câncer de vagina têm relação com o HPV.

Câncer de colo do útero

O câncer de colo de útero é um dos tumores malignos mais comuns causados pelo HPV, com cerca de 99% dos diagnósticos relacionados. Apesar disso, uma minoria das mulheres que têm o vírus desenvolverá o tumor — já que a maior parte das pacientes consegue eliminar o vírus do organismo e o tratamento das lesões pré-malignas é altamente efetivo.

Diagnóstico da infecção

O diagnóstico do HPV é realizado por meio de exames ginecológicos e laboratoriais, como Papanicolau (citologia oncótica), pesquisa de HPV (PCR e captura híbrida), colposcopia, peniscopia e anuscopia. Alguns desses exames devem ser feitos regularmente pelas pacientes, sendo pedidos nas consultas de rotina com a ginecologista, permitindo assim a identificação precoce de alterações que podem se tornar cancerosas e prevenindo a formação de tumores malignos.

No que diz respeito especificamente ao HPV, atualmente existem exames que detectam a presença do vírus, não focando apenas nas lesões. Neste tipo de avaliação, o médico coleta amostras do colo do útero para verificar a presença de material genético de diferentes tipos deste vírus. Para saber se a realização deste exame específico é indicada, o ideal é que as pacientes se consultem com um ginecologista especialista em Patologia do Trato Genital Inferior.

Como é o tratamento?

O tratamento do HPV é individualizado, podendo variar de acordo com as características das lesões apresentadas pela paciente. As principais opções incluem tratamento a laser, cirurgia e administração de estimuladores da imunidade. É importante destacar que o tratamento é feito para as lesões e não para o vírus, pois ainda não existe um tratamento medicamentoso que combata o vírus. Contudo, as lesões concentram a maior parte da carga viral, então quando são destruídas ou retiradas, a carga viral (quantidade de vírus) no organismo diminui muito e isso é fundamental para a eliminação do vírus.

Caso a pessoa não consiga eliminar o vírus, as lesões podem reaparecer após um tempo.

Após a resolução das lesões, a tendência é que o próprio organismo elimine o vírus. Para isso, é necessário que a imunidade esteja boa e que o parceiro também esteja sem lesões, a fim de evitar a recontaminação.

Dicas de prevenção

O HPV é uma das poucas infecções sexualmente transmissíveis que a prevenção não gira apenas em torno do uso de preservativo, uma vez que o vírus pode ser transmitido pelo contato da região pubiana que é não está coberta pela camisinha. Isso não significa que o uso do método de proteção não seja importante, uma vez que é estimado que a utilização da camisinha barre de 70% a 80% das infecções por papilomavírus humano.

Atualmente, a vacina contra HPV é a forma mais eficaz para se prevenir contra a infecção. Pelo Sistema Único de Saúde, ela é administrada para:

  • Meninas com idade entre 9 e 14 anos;
  • Meninos de 11 a 14 anos;
  • Homens e mulheres que vivem com HIV;
  • Homens e mulheres transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea;
  • Pacientes oncológicos com idade entre 9 e 45 anos.

Na rede privada, não há limite de idade para aplicação da vacina, sendo indica inclusive para mulheres que já tiveram a infecção ou que apresentam lesões HPV induzidas. Porém, é recomendado sempre avaliar os benefícios desta vacinação juntamente com seu ginecologista.

É importante destacar que a vacina, embora altamente eficaz, não previne todos os tipos de infecção por papilomavírus humano, sendo dirigida apenas para os mais frequentes. Além disso, ela não serve como tratamento para lesões de HPV já existentes.

É importante que as relações sexuais sejam evitadas enquanto a pessoa está com lesões — mesmo que com preservativo — de modo a reduzir o risco de transmissão e aquisição de novas infecções. O acompanhamento especializado também é indicado.

Possíveis complicações do HPV

As principais complicações associadas à infecção por papilomavírus dizem respeito à possibilidade de as lesões genitais se tornarem frequentes, o que pode ser um grande incômodo à paciente e prejudicar sua vida geral e sexual. Além disso, a consequência mais significativa está associada ao desenvolvimento de câncer do colo do útero. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os tipos 16 e 18 de HPV são responsáveis por 70% dos casos deste tumor.

Contrair o vírus não significa que a paciente terá câncer, já que o desenvolvimento de tumores malignos é multifatorial, ou seja: depende da imunidade individual de cada um, e também do não tratamento das chamadas lesões precursoras do câncer. Essas lesões são a NIC (neoplasia intraepitelial cervical), a NIV (neoplasia intraepitelial vulvar), NIVA (neoplasia intraepitelial de vagina), a NIA (neoplasia intraepitelial anal).

Algumas das condições que impactam imunidade são tabagismo, doenças que afetam imunidade (como HIV), uso de medicações imunossupressoras (como corticoides), níveis de estresse elevado, falta de sono, má alimentação, sedentarismo, entre outros.

Para saber mais a respeito do HPV e tirar suas dúvidas a respeito do tratamento e prevenção da infecção, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Emilia.

 

Fontes:

Dra Maria Emilia Ferreira de Barba

Ministério da Saúde;

Instituto Nacional do Câncer;

Rede D’Or São Luiz.

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