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Miomectomia


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock) | 7 min. de leitura

Cirurgia para remoção de miomas uterinos é recomendada a mulheres que desejam engravidar

Os miomas uterinos, que também são conhecidos como leiomiomas ou fibromas, são tumores que se formam no miométrio, tecido muscular do útero. Eles são do tipo benigno e podem ter tamanhos variados. Muitos casos são assintomáticos, ainda que miomas muito grandes ou posicionados em locais específicos possam causar sintomas.

Nos casos sintomáticos, pode ser necessário um tratamento para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da mulher. Um deles é a miomectomia, uma cirurgia que consiste na remoção dos tumores. Conheça mais sobre esse procedimento a seguir.

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O que é miomectomia?

A miomectomia é uma cirurgia realizada com a intenção de remover os miomas uterinos. Ao contrário de outros procedimentos que podem ser realizados no útero, a miomectomia remove apenas as lesões, possibilitando a preservação do útero.

Para quem é indicada?

Antes de compreender as principais indicações, é importante entender que a frequência de manifestação de miomas uterinos é bastante comum, uma vez que 25% das mulheres podem tê-lo. No entanto, nem sempre é necessário tratamento cirúrgico, uma vez que, na maioria dos casos, são assintomáticos e pequenos.

Por isso, quando se fala em indicações da miomectomia, o foco é tratar mulheres com as seguintes características:

  • Que tenham sintomas, como sangramento ou cólicas intensas, que não são controlados com medicação;
  • Que tenham miomas de grandes dimensões que podem afetar a estrutura anatômica do útero, entre outras complicações;
  • Que tenham miomas mesmo pequenos que sejam submucosos, ou seja, localizados na parte interna do útero, o que pode causar infertilidade, além de sangramento aumentado;
  • Que tenham miomas que estejam crescendo rápido, levantando, na médica, a suspeita de um tumor maligno, o
  • Que esteja com anemia devido ao sangramento aumentado no período menstrual, mesmo usando medicações para controle de sangramento.

Além disso, uma vez que a miomectomia é um procedimento que busca preservar a estrutura uterina, ela é indicada principalmente às mulheres que desejam engravidar posteriormente.

Miomectomia: conheça esse procedimento!

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Como a cirurgia é realizada?

A miomectomia é um procedimento que pode ser realizado de diversas formas, cujas indicações podem variar de acordo com a avaliação prévia da paciente e localização do mioma.

Miomectomia por histeroscopia

A miomectomia por histeroscopia é uma das principais técnicas desse tipo de cirurgia e é indicada principalmente em casos de miomas submucosos, localizados logo abaixo do revestimento interno do útero ou miomas intramurais com componente submucoso, ou seja, miomas do músculo do útero com parte invadindo o endométrio, a camada de dentro do útero.

O procedimento é realizado por meio de um histeroscópio, um dispositivo inserido através da vagina e do colo do útero que possibilita a visualização do interior do útero e o tratamento dos nódulos. Esse tipo tem a vantagem de não haver cortes externos.

Miomectomia abdominal

A principal indicação desse tipo, atualmente, é no tratamento de miomas de grandes dimensões que tenham sintomas incômodos, como desconforto gástrico devido ao volume do útero. Miomas subserosos, que crescem para a região externa do útero, e intramurais com componente subseroso, ou seja, miomas do músculo do útero que cresce para a parte externa do útero são os tipos mais operados com essa técnica.

Na miomectomia abdominal, é feito uma incisão abdominal semelhante à de uma cesárea, para que as estruturas uterinas sejam acessadas e os tumores, consequentemente, removidos. Esse tipo de cirurgia também é conhecido como laparotomia.

Miomectomia laparoscópica

A miomectomia laparoscópica é um tipo de abordagem da miomectomia abdominal realizada por meio de pequenas incisões, por onde passam a câmera, que guia o procedimento, e os instrumentos cirúrgicos. Tem uma indicação um tanto restrita, visto que mulheres que se submetem a miomectomia por via abdominal tem contraindicação a parto vaginal, pois não podem entrar em trabalho de parto devido ao risco de rotura uterina no local onde foi realizada a miomectomia; por esse motivo não apresenta benefício para a paciente, já que poderia ser utilizada a mesma incisão da miomectomia abdominal para realizar a cesárea, ficando apenas uma cicatriz no abdome, sem as incisões da laparoscopia.

Miomectomia robótica

Semelhante ao procedimento por via laparoscópica, a miomectomia robótica é realizada com o auxílio de um robô que executa os principais movimentos cirúrgicos. O robô é controlado pelo cirurgião remotamente. A indicação é a mesma da miomectomia laparoscópica, tendo um benefício duvidoso para a paciente, como explicado anteriormente.

Como é o pós-operatório e a recuperação?

Após a realização da miomectomia, a mulher deve ficar internada em observação por um período de, em média, 6 horas, no caso da cirurgia por histeroscopia, e 24 horas, no caso dos procedimentos realizados por outras vias.

Na histeroscopia, e caso não haja nenhuma complicação durante o processo de recuperação, a mulher pode voltar ao trabalho depois de 15 dias, preservando-se de atividades físicas e relações sexuais por pelo menos 30 dias. Nos casos dos outros tipos de miomectomia, a recomendação é de, no mínimo, 30 dias de repouso antes de retornar ao trabalho e às outras atividades.

Como fica o útero após a miomectomia?

A miomectomia se diferencia de outros procedimentos cirúrgicos uterinos por preservar a capacidade do órgão de voltar ao normal, isto é, de receber uma gravidez sem grandes problemas após a sua realização.

É importante ter atenção, no entanto, a alguns detalhes que norteiam o processo de gravidez após uma miomectomia, sendo o principal deles o trabalho de parto, que deve ser evitado nos casos em que a cirurgia é realizada por via abdominal.  No caso da miomectomia histeroscópica, não existe contraindicação ao parto vaginal.

Em muitos casos, pode ser recomendado fazer uma histeroscopia diagnóstica para avaliar a presença de sinéquias (aderências dentro do útero) e outras alterações anatômicas 90 dias depois da miomectomia, principalmente em mulheres que desejam engravidar.

Riscos e complicações da miomectomia

Apesar de ser um procedimento, na maioria das vezes, seguro, a miomectomia não está livre de possíveis riscos e complicações aos quais deve-se ficar atenta:

  • Perfuração do útero pode ocorrer na miomectomia histeroscópica (que na maioria das vezes tem resolução espontânea);
  • Lesão térmica da alça intestinal na miomectomia histeroscópica por uso excessivo de corrente elétrica em casos de miomas grandes (e para evitar esse risco pode ser recomendada a cirurgia em dois tempos cirúrgicos);
  • Intoxicação hídrica pelo soro utilizado na cirurgia: esse risco é praticamente nulo quando é utilizado soro fisiológico e uso de alça bipolar nas miomectomias histeroscópicas ao invés de soluções com glicina, manitol e sorbitol que era utilizado antigamente com as alças monopolares;
  • Sangramento aumentado pode ocorrer na miomectomia abdominal;
  • Necessidade de remover o útero (raro, porém pode ocorrer nos casos de miomectomia abdominal).

Os riscos variam de acordo com o tipo de miomectomia realizado. A lesão da alça intestinal, por exemplo, pode ocorrer principalmente em procedimentos por histeroscopia, enquanto sangramentos de grande intensidade são riscos mais associados à miomectomia por via abdominal.

É possível engravidar após uma miomectomia?

É perfeitamente possível engravidar após uma miomectomia, uma vez que a cirurgia é realizada de modo a preservar a anatomia do útero para receber uma gravidez e não interfere na capacidade fértil da mulher.

No entanto, recomenda-se pelo menos três meses de espera para engravidar nos casos em que a cirurgia é feita por via histeroscópica, e um ano quando forem realizados os outros tipos. Essa espera é importante para que não haja nenhuma complicação durante a gravidez.

É importante ter em mente também que os miomas podem voltar meses ou anos após a sua retirada, ainda que não necessariamente possam afetar a possibilidade de engravidar ou com as mesmas dimensões e posições dos miomas anteriores e, por esse motivo, para mulheres que não desejam mais gestar, quando há necessidade de cirurgia, costuma ser recomendada a histerectomia ao invés da miomectomia.

Para saber mais sobre possibilidades de tratamento de miomas uterinos, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Emília.

 

Fontes:

Dra. Maria Emília Ferreira de Barba

Febrasgo

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