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Cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin


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Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock) | 6 min. de leitura

A bartolinite é um quadro frequente entre mulheres em idade fértil que, muitas vezes, pode precisar de cirurgia como forma de tratamento

Existem várias técnicas de cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin. Algumas das opções de tratamento para a bartolinite recorrente ou crônica são a  marsupialização da glândula de Bartholin associada à vaporização da cápsula da glândula com laser CO2 ou a Bartolinectomia (retirada da glândula).

A primeira opção é a ideal. Nela o médico faz uma incisão na área afetada, criando uma abertura para permitir a drenagem do fluido. Depois, retira parte da cápsula do cisto, faz pontos de sutura para manter o cisto aberto e destrói (vaporiza) a capsula do cisto com o laser CO2.

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Essa técnica é a preferencialmente utilizada devido a sua alta eficácia, além de ser minimamente invasiva, ou seja, com cicatrização mais rápida e menor risco de complicações, como cicatrizes hipertróficas, dor e fibrose quando comparado a outras técnicas cirúrgicas.

Já a bartolinectomia (retirada completa da glândula) é uma técnica para casos de exceção, visto que tem riscos maiores, como dor e sequelas pós-operatórias.

É importante lembrar que a glândula de Bartholin está localizada na vulva e produz fluidos que ajudam na lubrificação vaginal durante a relação sexual. Quando o ducto da glândula é obstruído, ocorre a formação de um cisto (acúmulo de líquido) ou de um abscesso doloroso (quando o conteúdo do cisto está infeccionado), também chamado de bartolinite.

Quando o cisto se torna um abscesso, é preciso tratar com urgência para evitar a disseminação do agente infeccioso pela corrente sanguínea e uma infecção mais grave. Assim, mediante esse quadro de infecção local, a cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin é fundamental para evitar que a infecção se agrave.

É recomendado evitar punção ou drenagem da glândula de Bartholin, devido as altas taxas de recidiva. Em caso de abscesso de glândula de Bartholin, o ideal é a realização de marsupialização da glândula de Bartholin, porém sem o uso de laser.

Ou seja, o momento ideal para operar a glândula de Bartholin é quando não está infectada. Assim, é possível realizar um tratamento mais definitivo associando laser a marsupialização da glândula, o que diminui consideravelmente a chance de recidiva.

Quando é indicada?

A cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin é indicada quando há a formação de uma dessas coleções líquidas na vulva e que podem, inclusive, causar desconforto e dor. Em casos de abscesso, o procedimento é realizado para retirar o pus acumulado e solucionar o processo infeccioso, pois não existem remédios específicos para esse quadro, apenas os antibióticos que podem ser utilizados associados ao procedimento cirúrgico para combater a infecção.

Se o cisto ou abscesso do glândula de Bartholin não forem tratados, eles podem piorar, causando dor intensa, inchaço e vermelhidão na área genital. Em casos graves, o abscesso pode se espalhar para outras áreas adjacentes e aumentar o risco de infecções sistêmicas.

Além disso, cistos e abscessos da glândula de Bartholin podem afetar a qualidade de vida da mulher, interferindo na atividade sexual e no bem-estar psicológico. Portanto, sempre que houver sintomas persistentes e desconfortos na área genital, é importante procurar um médico para avaliar a necessidade de realizar uma cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin.

Cuidados pré-operatórios

Antes da cirurgia, é necessário realizar uma avaliação médica para verificar se a paciente está em boas condições de saúde para realizar a cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin. Além disso, é recomendado evitar relações sexuais e uso de absorventes internos alguns dias antes da cirurgia para reduzir riscos infecciosos, bem como o uso de medicamentos que interferem na coagulação do sangue. Porém, as recomendações exatas com relação à suspensão de medicamentos devem ser sempre passada pelo médico responsável e nunca ser uma conduta tomada sem orientação.

Como é feita a cirurgia?

O procedimento pode ser realizado com anestesia local ou geral e o tempo de duração do da cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin pode variar de 30 minutos a 1 hora. O cirurgião faz uma incisão na região afetada para acessar a glândula de Bartholin e, então, removê-la totalmente ou parcialmente, sendo que a quantidade de pontos de sutura é variável.

Além disso, em alguns casos, pode ser necessário realizar a drenagem do abscesso antes da retirada da glândula.

Já com relação aos riscos relacionados à cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin, eles existem, mas são bem raros. Portanto, é importante discutir com o médico os riscos e benefícios da cirurgia de bartolinite, bem como as expectativas de recuperação e cuidados pós-operatórios necessários. Alguns dos riscos relacionados ao procedimento são:

  • Infecção local ou sistêmica;
  • Sangramentos;
  • Dor e desconforto;
  • Cicatrização visível;
  • Complicações anestésicas;
  • Recorrência do quadro.

Cuidados pós cirurgia

Após a cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin, pode haver um desconforto moderado a intenso na área, especialmente nas primeiras 24 a 48 horas. Assim, as pacientes podem precisar de medicamentos para controlar a dor e, em alguns casos, de antibióticos para prevenir infecções locais ou sistêmicas.

Já o tempo de recuperação varia de pessoa para pessoa e depende da extensão da cirurgia. Em média, as pacientes podem precisar de cerca de 7 a 14 dias de repouso para se recuperar completamente, utilizar roupas fechadas e retornar às atividades cotidianas.

Nesse período de recuperação da cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin, é importante evitar atividades extenuantes, como exercícios físicos, levantamento de peso e relações sexuais, bem como é fundamental manter a ferida operatória e toda a região vaginal limpa e seca. A volta às atividades cotidianas deve ser gradual e seguindo as orientações médicas.

Com relação à preocupação de muitas mulheres acerca de como fica a lubrificação vaginal após a cirurgia, pode-se afirmar que a remoção da glândula de Bartholin não afeta significativamente a lubrificação em mulheres que não apresentam disfunção sexual ou problemas hormonais. Isso porque as outras glândulas e tecidos que compõem a vagina também podem contribuir para a lubrificação, e há outras formas de estimular a produção dessa secreção.

Ainda assim, algumas mulheres podem notar uma diminuição na lubrificação vaginal após a cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin, mas isso é incomum e geralmente é temporário. Se a diminuição da lubrificação vaginal for persistente, pode ser necessário discutir com o ginecologista as opções de tratamento, como o uso de terapia hormonal ou outros tratamentos específicos para disfunções sexuais.

Qual profissional realiza o procedimento?

A Bartolinectomia, cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin, deve ser realizada por um ginecologista ou cirurgião ginecológico. É importante escolher um profissional com experiência em cirurgias ginecológicas e que ofereça um ambiente seguro e confortável para o procedimento.

A cirurgia de cisto e de abscesso de glândula de Bartholin pode ser realizada em regime de hospital-dia, ou seja, a paciente recebe alta no mesmo dia da cirurgia, e os valores devem ser consultados diretamente com o profissional escolhido, pois variam conforme anestesia, equipe e outros detalhes que são conversados entre paciente e ginecologista.

Para saber mais sobre esse e demais problemas, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Emília.

Fontes:

Dra. Maria Emilia Ferreira

Manual MSD

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