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Colposcopia


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock) | 7 min. de leitura

Com a colposcopia, o médico consegue avaliar alterações e lesões no epitélio do trato genital inferior feminino

A colposcopia é um exame diagnóstico muito realizado na prática ginecológica, pois permite o estudo das lesões de colo uterino, da vagina e da vulva. A indicação para realizar esse procedimento depende dos resultados obtidos na colpocitologia oncótica (Papanicolau), que é o exame nacional de rastreamento do câncer de colo uterino em consonância com os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Quando o resultado do Papanicolau está alterado, significa que há a possibilidade de lesões epiteliais neoplásicas, de tal forma que o ginecologista deve encaminhar seu paciente para a realização da colposcopia. Se qualquer um dos dois exames mostrar fortes indicativos de lesão neoplásica, é preciso realizar uma biópsia para o médico patologista analisar cuidadosamente o tecido extraído.

É válido reforçar que o rastreamento com Papanicolau é indicado pelo Ministério da Saúde para todas as mulheres entre 25 e 65 anos de idade que tenham tido relações sexuais. Os dois primeiros exames devem ser anuais e, caso não apresentem nenhuma alteração, os seguintes podem ser feitos a cada três anos.

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Como é feito o exame de Colposcopia?

O exame de colposcopia permite avaliar o colo do útero, a vagina e a vulva através de um microscópio, chamado de colposcópio, que tem potencial de amplificar em até vinte e cinco vezes as estruturas observadas. Essa medida é importante principalmente para verificar a presença de lesões que indiquem a possibilidade de câncer de colo uterino, uma neoplasia induzida pelo vírus HPV, que é transmitido por relações sexuais.

Com a paciente em posição ginecológica, o ginecologista faz primeiro uma limpeza da secreção vaginal com gaze e soro fisiológico e em seguida aplica uma solução de ácido acético, que ajuda a visualizar melhor as paredes vaginais, colo do útero e a região chamada “fundo de saco” uterino.

Em seguida, faz-se o teste de Schiller, que consiste em aplicar uma solução de Lugol 1 a 2% no colo uterino e na vagina. Composta de iodo e iodeto de potássio, essa solução reage com todo o tecido, incluindo as lesões epiteliais, corando em um tom amarronzado as áreas de epitélio normal. Já as áreas com lesões que têm maior potencial de evoluírem para um câncer – por serem células ainda imaturas, com pouco ou nenhum glicogênio – ficarão descoradas, ou seja, amareladas nesse teste.

Porém, é importante reforçar que nem todas as alterações na colposcopia são necessariamente lesões de potencial neoplásico, sendo o teste de Schiller um método bastante sensível, mas pouco específico. Por isso, tem potencial de gerar resultados falso-positivos, principalmente em mulheres na pós menopausa e com atrofia epitelial ou que estão com algum corrimento vaginal.

Sendo assim, o objetivo da colposcopia é indicar se há necessidade de realizar uma biópsia investigativa e em qual local ela precisa ser feita, para então enviar para análise. O exame anatomopatológico (estudo do material biopsiado no laboratório) é um exame específico com baixo índice de resultados falso-positivos.

Quando a Colposcopia é indicada?

Devido ao potencial de detectar precocemente e permitir a avaliação das lesões potencialmente invasivas do colo uterino e da vagina, a colposcopia atualmente é utilizada para diversas situações, sendo estas as principais:

  • Alterações no exame de Papanicolau;
  • Acompanhamento pós-tratamento de lesão do colo do útero, vagina e vulva;
  • Positividade no exame de pesquisa de HPV;
  • Presença de verrugas genitais;
  • Parceiro com lesões causadas pelo vírus HPV.

Além disso, o colposcópio também pode ser utilizado em pacientes que nunca tiveram relações sexuais, mas que apresentam lesões verrucosas na vulva. Nesses casos, o exame é chamado vulvoscopia e se restringe à área genital externa.

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Quais são as recomendações pré exame?

Para realizar a colposcopia, é recomendado que a paciente não esteja menstruada (embora essa não seja uma contraindicação absoluta), e ela deve informar à equipe médica caso tenha alergia conhecida ao iodo, substância utilizada no Teste de Schiller.

Ademais, por pelo menos 48 horas antes do exame, não se deve realizar duchas vaginais, aplicar cremes ou pomadas na região íntima, utilizar absorvente interno e nem ter relações sexuais.

Para mulheres no climatério ou pós menopausa, é recomendado o uso de creme de estriol via vaginal por 21 dias antes do exame, suspendendo nos 3 dias que antecedem a colposcopia. Isso evita que a atrofia genital mascare alguma lesão existente.

Mulheres com corrimento vaginal, como candidíase ou vaginose bacteriana, precisam realizar o tratamento antes da realização da colposcopia, pois essas situações atrapalham a identificação de lesões no exame.

Já mulheres com pólipo de colo do útero identificado no exame ginecológico ou na colposcopia, devem realizar a retirada do pólipo e repetir o exame após, pois os pólipos atrapalham a avaliação do canal endocervical.

Outra dúvida comum é se grávidas podem realizar a colposcopia, apesar de esse não ser um exame rotineiro na gestação, ele pode ser realizado, desde que se evite a realização de biópsia no colo do útero.

Cuidados pós Colposcopia

Após a colposcopia, a mulher pode apresentar algum sangramento devido à manipulação da área, principalmente se fizer biópsia. Também pode eliminar um líquido acastanhado em decorrência do Lugol. Assim, é recomendado que a paciente leve um absorvente para utilizar após o procedimento.

No caso de realização de biópsia é usualmente orientado que a paciente evite relações sexuais por 3 dias após o exame.

A duração da colposcopia é de aproximadamente 15 minutos.

Colposcopia com biópsia

Durante a realização da colposcopia, o médico responsável avalia as lesões presentes na vulva (vulvoscopia), na vagina e no colo uterino e, dependendo de suas características e da reação com o ácido acético e com o iodo, define se há necessidade de prosseguir com uma biópsia.

As situações que demandam a realização de uma biópsia dirigida durante a colposcopia são aquelas em que a paciente já apresenta alguma lesão classificada no Papanicolau – neste caso já inicia o exame preparada para a coleta de tecido –, ou então quando, apesar de o Papanicolau não indicar lesão, no momento da realização da colposcopia, o médico nota alterações que podem indicar alguma lesão pré neoplásica, verrugas ou até mesmo câncer.

Se a biópsia for necessária, o ginecologista faz a coleta do material biológico e enviar ao laboratório responsável pela análise. Essa análise anatomopatológica pode levar dias a semanas para ficar pronta, mas garante um resultado definitivo sobre as lesões.

Assim, a possibilidade de realizar biópsia de colo uterino, vagina e vulva guiada por colposcopia é um método diagnóstico que trouxe muitos ganhos à saúde da mulher, pois permite definir as características oncológicas da lesão, bem como ajuda o médico a traçar o tratamento mais adequado para cada paciente.

Precisa ser biopsiado o local mais alterado, pois se for biopsiado uma área de tecido sadio ou uma lesão menor, uma lesão mais grave não será diagnosticada. Além disso é importante uma avaliação minuciosa do colo do útero, vagina e vulva na colposcopia, pois não é incomum a mesma paciente apresentar lesão em mais de um local ao mesmo tempo.

Qual profissional que realiza o exame?

A experiência do médico ginecologista que realiza a colposcopia e do médico patologista que analisa o material biopsiado é fundamental para um diagnóstico assertivo das lesões.

Existe uma especialidade dentro da Ginecologia chamada Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia. O médico ginecologista especialista nessa área é o profissional mais capacitado para fazer o exame de colposcopia. No site da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia consta a relação de todos os titulados, que são os médicos com título de especialista nessa área no Brasil.

Entre em contato e agende sua Colposcopia com a Dra. Maria Emilia que é Ginecologista Especialista em Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia!

Fontes:

FEBRASGO – Manual de Orientação em Trato Genital Inferior e Colposcopia

Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e de Ginecologia

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