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Laqueadura tubária


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock) | 7 min. de leitura

Para optar por esse método contraceptivo definitivo é importante conhecer o procedimento e conversar com um ginecologista experiente

A laqueadura tubária, também conhecida como ligadura de trompas, é um procedimento cirúrgico que tem o objetivo de interromper definitivamente a fertilidade feminina. A técnica consiste em cortar, amarrar ou obstruir as trompas de Falópio, estruturas que conectam os ovários ao útero, impedindo assim a fertilização do óvulo e, consequentemente, a gestação.

Assim, por ser uma opção permanente de controle de natalidade, a escolha por esse método deve ser feita com cuidado e de forma consciente, já que a reversão da laqueadura tubária é um processo complexo e nem sempre possível ou indicado.

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Como ela é feita?

A cirurgia pode ser realizada por meio de três diferentes vias: laparoscópica, minilaparotomia e a via vaginal, sendo as duas primeiras mais invasivas — uma vez que exigem incisões na região abdominal — e última a opção menos invasiva de laqueadura tubária, com menor tempo de recuperação em comparação com as outras opções.

Para realizar a laqueadura via vaginal, o ginecologista com experiência em cirurgia vaginal realiza uma incisão no fundo da vagina e, assim, acessa as trompas de falópio. Então, será realizada a ligadura das trompas — que consiste em cortar, suturar e cauterizar as trompas. Após isso, é realizada a sutura da vagina.

Isso quer dizer que a laqueadura tubária por via vaginal não exige necessidade de incisões abdominais que causam cicatrizes visíveis, o que é uma vantagem estética, além de ter um período de recuperação mais rápido por apresentar menor dor pós-operatória, com um retorno mais rápido para suas atividades diárias.

No entanto, é importante ressaltar que a técnica vaginal para laqueadura tubária pode não ser adequada para todas as mulheres e deve ser discutida com um ginecologista experiente e de confiança para determinar a melhor opção contraceptiva de acordo com cada caso.

Quando ela é indicada?

A laqueadura tubária é indicada para mulheres que desejam interromper definitivamente sua capacidade reprodutiva, ou seja, que não pretendem mais ter filhos no futuro. É importante ressaltar que essa é uma decisão definitiva e que não pode ser revertida facilmente, portanto, a escolha deve ser bem ponderada e discutida com o médico.

Vale ressaltar ainda que, em agosto de 2022, entrou em vigor uma nova versão da lei de laqueadura, segundo a qual a mulher deve ou ser maior de 21 anos ou ter dois filhos vivos para ser elegível ao procedimento, além de não ser necessária a aprovação do cônjuge. Porém, permanece a definição de que deve haver um prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação do desejo e o ato cirúrgico em si.

Laqueadura tubária com a Dra. Maria Emilia!

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Cuidados pré e pós procedimento

Os cuidados pré e pós laqueadura tubária podem variar conforme a via de acesso, mas geralmente é necessário realizar alguns exames pré-operatórios antes da cirurgia, principalmente na mulher que tem comorbidades, a fim de garantir que a paciente esteja saudável e apta a passar pelo procedimento.

Após a realização da laqueadura tubária, é comum que a mulher sinta desconforto abdominal e pélvico nos primeiros dias. Portanto, o repouso de 30 dias para atividades físicas e para relação sexual é necessário e, pode ser indicado o uso de analgésicos para aliviar a dor. Lembrando que essas são orientações geral, ou seja, o cirurgião responsável pelo procedimento é quem irá orientar sobre esforços físicos, relações sexuais e a pausa temporária de atividades que possam comprometer a recuperação.

Já com relação à higiene, é recomendado manter a região íntima limpa e seca após o ato cirúrgico para evitar infecções, evitando banhos de mar e piscina pelo menos nas primeiras semanas após a laqueadura tubária.

Vantagens e desvantagens da Laqueadura tubária

Tal como qualquer método contraceptivo, a laqueadura tubária apresenta tanto vantagens quanto desvantagens.

Vantagens

  • Eficácia: é uma forma muito eficaz de contracepção permanente, com uma taxa de falha de 0,5%;
  • Conveniência: após o procedimento, não é necessário se preocupar com métodos contraceptivos adicionais;
  • Baixo custo a longo prazo: ao contrário de muitos outros métodos contraceptivos, a laqueadura tubária não requer pagamentos contínuos ou substituições, sendo definitiva;
  • Quando realizada a técnica de salpingectomia (retirada da trompa) há redução do risco de câncer de ovário.

Desvantagens

  • Irreversibilidade: a laqueadura tubária é um procedimento permanente, portanto, não é indicado para mulheres que desejam ter filhos no futuro;
  • Riscos do procedimento: apesar de ser um procedimento de pequeno porte e de baixo risco, como qualquer procedimento cirúrgico, a ligadura pode envolver riscos, como infecção, sangramento e reações adversas à anestesia;
  • Possíveis efeitos colaterais: algumas mulheres relatam aumento do sangramento menstrual e sintomas mais precoces de

Portanto, é fundamental discutir os prós e contras da laqueadura tubária com um ginecologista para tomar uma decisão informada sobre o método contraceptivo que melhor atenda às necessidades e preferências individuais.

Existe reversão da Laqueadura tubária?

Embora seja tecnicamente possível reverter a laqueadura tubária através de uma anastomose tubária, esse procedimento não é indicado por aumentar as chances de uma gestação ectópica tubária, com riscos para a saúde da mãe e abortamento do embrião. Assim, a indicação é que mulheres laqueadas que desejam gestar procurem uma clínica de reprodução assistida para fazer uma Fertilização In Vitro (FIV).

Assim, antes de fazer a laqueadura, é importante que a mulher esteja ciente de que a reversão não é garantida e que considere outras opções contraceptivas de longa duração se não tiver certeza sobre a decisão de não ter mais filhos.

É possível engravidar após ligadura tubária?

A ligadura tubária é considerada um método contraceptivo definitivo, com uma taxa de falha muito baixa: 0,5%, segundo o Índice de Pearl, que compara a quantidade de gestações a cada 100 mulheres em uso de diversos métodos contraceptivos. Isso quer dizer que as chances de engravidar não são nulas, porém são muito baixas. Nessa taxa de falha, estão inclusas gestações não viáveis, como gestações tubárias (ectópicas). Vale lembrar que a técnica de salpingectomia (retirada das trompas) para a ligadura tubária apresenta uma menor taxa de falha em comparação com outras técnicas.

Vale lembrar que, quando uma mulher engravida após a ligadura tubária, na maior parte das vezes trata-se de gravidez ectópica — ou seja, incompatível com a vida e que não resulta em um feto viável. Nestes casos, pode ser necessário realizar uma cirurgia para remoção da gestação. Portanto, é importante que as mulheres que passam por essa cirurgia procurem atendimento médico imediatamente se tiverem sintomas de gravidez ou teste de gravidez positivo.

Quanto tempo dura uma laqueadura tubária

O procedimento de laqueadura tubária costuma demorar entre 30 minutos e uma hora, a depender da técnica cirúrgica e da via de acesso a ser utilizada, além do tempo de recuperação anestésica.

Quem faz laqueadura tubária menstrua?

Sim, após a laqueadura tubária a mulher continua a menstruar normalmente, pois o procedimento não interfere na função ovariana de produção hormonal e nem no crescimento do endométrio uterino.

Quais os riscos de uma laqueadura tubária?

A laqueadura tubária é considerada uma cirurgia de baixo risco, mas como qualquer procedimento cirúrgico, ela envolve alguns possíveis riscos, mesmo que raros. São eles:

  • Sangramento intraoperatório excessivo;
  • Infecção operatória;
  • Lesão aos órgãos próximos, como útero, bexiga ou intestino;
  • Gravidez ectópica;
  • Complicações anestésicas;
  • Menopausa precoce;
  • Aumento do fluxo menstrual pós laqueadura.

No entanto, é importante lembrar que esses riscos são raros e a maioria das mulheres não apresenta problemas após a cirurgia de laqueadura tubária, principalmente quando usada técnica minimamente invasiva como a via vaginal.

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Fontes:

Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo

Febrasgo – Federação Brasileiria De Ginecologia e Obstetricia

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