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Tratamento de miomas uterinos: como é feito?


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

9 outubro, 2023 |

| 5 min. de leitura

A escolha pelo melhor tratamento deve levar em consideração as características do mioma, a sintomatologia e as expectativas da paciente

Estima-se que os miomas uterinos – ou leiomiomas – afetem 25% das mulheres em idade fértil, mas como até 75% dos casos são assintomáticos, pelo menos metade das pacientes não sabe que tem este diagnóstico. Assim, quando há alteração no ciclo menstrual ou dor pélvica está indicada a investigação com um ginecologista, principalmente porque o tratamento de miomas uterinos é fundamental para o controle do sangramento, evitar anemia e até mesmo para engravidar.

O que são miomas uterinos?

Os miomas, também conhecidos como leiomiomas ou fibromas, são tumores de crescimento benigno que se formam no tecido muscular do útero, o miométrio. Por terem tamanhos variados, desde pequenos nódulos quase imperceptíveis até grandes massas que podem distorcer a forma do útero, a maioria deles é assintomática e descoberta incidentalmente durante exames médicos de rotina. Porém, em alguns casos, os miomas podem causar sintomas que afetam a qualidade de vida das mulheres, devendo ser diagnosticados e tratados corretamente.

Causas de miomas uterinos

Embora não haja uma causa única relacionada e associada aos miomas uterinos, entende-se que o estímulo hormonal (principalmente de estrogênio e progesterona) nas mulheres é o principal fator associado a esse quadro. Afinal, os leiomiomas costumam surgir e crescer principalmente durante a idade reprodutiva, além de serem mais comuns em mulheres que tiveram menarca precoce, ou seja, que menstruaram pela primeira vez antes dos 10 anos de idade.

Além disso, a genética também é um fator que desempenha um papel importante na evolução da doença, visto que mulheres com histórico familiar de miomas têm maior probabilidade de desenvolvê-los e devem ficar mais atentas aos sintomas ginecológicos.

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Tipos de miomas uterinos

Existem vários tipos de miomas uterinos, classificados principalmente conforme com sua localização no útero e nos tecidos circundantes. Conhecer o tipo desses tumores é importante para o correto diagnóstico e tratamento de miomas uterinos.

Subserosos

Os miomas subserosos crescem para a região “externa” do útero, ou seja, projetam-se para fora, podendo causar desconforto abdominal e pressão sobre órgãos vizinhos. Na maioria das vezes são assintomáticos.

Intramurais

Miomas intramurais crescem e se mantêm dentro da parede muscular do útero, podendo aumentar o tamanho uterino e causar sangramento menstrual excessivo ou dor pélvica.

Submucosos

Esses miomas se desenvolvem logo abaixo do revestimento interno do útero, e por isso projetam-se para a cavidade intrauterina, causando sintomas mais intensos, como sangramento menstrual abundante, cólicas intensas e, em casos graves, podem até mesmo dificultar a gravidez.

Principais sintomas

A presença e intensidade dos sintomas são importantes na definição do tratamento de miomas uterinos. Embora os sintomas variem amplamente de acordo com o tipo e a localização, quando presentes eles podem ser:

  • Sangramento menstrual volumoso e prolongado;
  • Cólicas menstruais intensas;
  • Aumento do volume do útero;
  • Sensação de pressão na região pélvica ou abdominal;
  • Anemia e até mesmo necessidade de transfusão de sangue;
  • Aumento na frequência urinária;
  • Alteração do hábito intestinal.

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Como é realizado o diagnóstico?

Para obter o diagnóstico de miomas uterinos, o médico ginecologista deve combinar a história clínica apresentada pela paciente e os achados em exame físico ambulatorial e em exames de imagem, cuja solicitação deve ser feita conforme o grau de suspeição da massa, seu tamanho e localização. As opções disponíveis e mais utilizadas atualmente são a ultrassonografia, a ressonância magnética e a histeroscopia (que também pode ser uma opção para o tratamento de miomas uterinos) sendo esses dois últimos mais sensíveis e indicados quando a há dúvidas após a ultrassonografia.

Tratamento de miomas uterinos

O tratamento de miomas uterinos deve ser pensado e programado conforme as características da lesão, os sintomas, a idade da paciente e seus planos futuros de gravidez. No caso de miomas pequenos, assintomáticos e que não afetam a qualidade de vida da paciente, basta manter acompanhamento médico para monitorar o quadro clínico e verificar se há alteração de tamanho. Já nas pacientes que são sintomáticas, mas ainda pretendem engravidar, um tratamento conservador com medicações pode estar indicado, como os inibidores de gonadotrofina ou contraceptivos, além de sintomáticos.

Porém, em alguns casos é preciso pensar em procedimentos minimamente invasivos ou até mesmo cirúrgicos como opções de tratamento de miomas uterinos.

Histeroscopia

A histerocopia cirúrgica é um procedimento minimamente invasivo, no qual uma câmera é inserido no útero através da vagina, permitindo que o ginecologista remova os miomas submucosos, tratando também o sangramento menstrual intenso, comumente relacionado à situação.

Miomectomia

A miomectomia é uma possibilidade de tratamento para as pacientes com grandes tumores e que desejam manter a fertilidade. Nesse caso, o cirurgião realiza a remoção dos miomas, principalmente os maiores e os que afetam a cavidade intrauterina, preservando o órgão para que a mulher possa planejar uma gestação.

Histerectomia

Esta, que é a abordagem mais definitiva, é também a preferência para mulheres que não desejam mais ter filhos ou que têm sintomas graves, os quais podem causar repercussões sistêmicas, como anemia. A histerectomia consiste na remoção cirúrgica de todo o útero buscando, sempre que possível, manter os ovários.

Perguntas frequentes

É perigoso ter mioma no útero?

Quando o mioma uterino é perigoso? Miomas uterinos em si não são tumores cancerígenos e, na maioria dos casos, não representam um risco imediato à saúde. Assim, os maiores problemas associados aos leiomiomas referem-se aos sintomas e suas repercussões sistêmicas, que podem afetar a qualidade de vida e bem-estar da mulher, além de causar anemia.

Quanto tempo depois da miomectomia a mulher pode sair do hospital?

O tempo de internação para o tratamento de miomas uterinos varia conforme o procedimento realizado. Para procedimentos minimamente invasivos, como a histeroscopia, a mulher pode ser liberada no mesmo dia, enquanto as cirurgias mais extensas, como a histerectomia, demandam um tempo de internação de pelo menos 48 horas.

Quando é necessário fazer cirurgia de mioma?

A decisão de realizar a cirurgia de mioma depende da gravidade dos sintomas, do tamanho e localização dos tumores, dos objetivos reprodutivos da paciente e de outros fatores de saúde. Assim, cirurgias podem ser consideradas quando os sintomas afetam significativamente a qualidade de vida da paciente, quando impactam a fertilidade ou quando outras opções de tratamento não foram eficazes.

Entre em contato agora mesmo e agende sua consulta com a Dra. Maria Emília.


Fontes:

Revista Brasileira de Epidemiologia

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

UpToDate

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