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Quais os tipos de miomas uterinos?


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

12 março, 2024 |

| 5 min. de leitura

Com potencial de causar muito sangramento e impacto negativo à vida da mulher, os miomas uterinos devem ser tratados e acompanhados com o ginecologista

Miomas uterinos, também chamados de leiomiomas, são tumorações benignas que se desenvolvem no útero da mulher, principalmente durante a idade fértil, causando uma série de sintomas a depender do tamanho, localização e características.

Assim, é correto dizer que existem diversos tipos de miomas uterinos, os quais devem ser investigados para que a abordagem terapêutica mais adequada seja proposta pelo ginecologista e a paciente tenha uma melhora em sua qualidade de vida.

Conheça, neste conteúdo, quais são os tipos de miomas uterinos e quando é necessário tratá-los.

Quero tratar um mioma uterino!

Sintomas dos miomas uterinos

Os sintomas costumam variar conforme os tipos de miomas uterinos, mas geralmente incluem:

  • Dor pélvica;
  • Sangramento uterino anormal (geralmente mais intenso);
  • Ciclo menstrual irregular;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Complicações na gravidez;
  • Massa abdominal ou aumento do volume abdominal.

As pacientes costumam relatar que os sintomas são mais intensos durante o período menstrual. No entanto, é importante destacar que 75% das mulheres com mioma uterino não apresentam qualquer sintoma.

Tipos de miomas uterinos

De acordo com a localização e estrutura, é possível definir alguns tipos de miomas uterinos.

Miomas subserosos

Localizados na camada mais externa do útero, os miomas subserosos podem causar pressão sobre órgãos pélvicos circundantes, levando a desconforto abdominal e dor. Porém, por ser o mais externo dentre os tipos de miomas uterinos, costuma ser, também, o mais assintomático e com menos complicações relacionadas à gestação, fertilidade ou ao sangramento.

Miomas intramurais

Estes miomas crescem dentro da camada muscular do útero — o miométrio — causando distensão da camada muscular com consequente aumento do tamanho uterino. Para melhor definir a conduta dos miomas intramurais, é preciso também saber o seu tamanho e avaliar os sintomas e complicações que o quadro gera à paciente, como aumento do fluxo menstrual ou aumento do volume abdominal.

Miomas submucosos

Os miomas submucosos localizam-se na camada mais interna do útero, o endométrio, gerando irregularidades e alterações anatômicas da cavidade uterina. Com isso, podem impactar a fecundação do óvulo e a implantação do embrião, além de interferir no ciclo menstrual, aumentar o sangramento e cólicas intensas e causar complicações como anemia e necessidade de transfusão de sangue. Mesmo miomas pequenos, quando localizados no endométrio, podem causar sangramento intenso.

Miomas pediculados

Os miomas pediculados são aqueles que ficam “pendurados” por um pedículo, estrutura semelhante a um caule, seja para o lado externo do útero ou interno. Assim, não é incomum referirem-se a esse tipo de mioma como um submucoso ou subseroso com localização mais periférica.

Qual tipo de mioma uterino é mais perigoso?

Todos os tipos de miomas uterinos são benignos, ou seja, não se transformam em câncer. Porém, alguns deles causam mais desconforto e impacto na qualidade de vida da mulher do que outros, sendo que os submucosos estão mais comumente associados a queixas ginecológicas e obstétricas.

O que ocorre é que o sarcoma uterino, um tumor raro, porém maligno, não consegue ser diferenciado de mioma pelo exame de imagem, e por isso miomas uterinos com crescimento rápido levantam a suspeita de sarcoma uterino.

Além disso, é importante reforçar que muitas mulheres apresentam múltiplos miomas e pode haver concomitante tipos de miomas uterinos diferentes e até mesmo miomas transmurais, que acomete as 3 camadas do útero. Ademais, os miomas intramurais podem apresentar componente subseroso ou componente submucoso, ou seja, é um mioma da camada muscular que abaula (cresce) em direção à parte externa ou em direção à parte interna do útero, o que é capaz de interferir nos sintomas que a mulher apresenta, como cólicas, sangramento ou infertilidade, principalmente quando houver algum componente submucoso.

Portanto, consultar-se com um ginecologista experiente é de grande valia para que o diagnóstico e a conduta correta seja instituída e a mulher leve uma vida normal.

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Diagnóstico e tratamentos dos miomas uterinos

O diagnóstico de todos os tipos de miomas uterinos geralmente envolve uma associação entre a história clínica e ginecológica da paciente, além de achados em exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética.

 Vale lembrar que outras condições, como adenomiose e pólipos uterinos, apresentam sintomas semelhantes e causam alterações no exame de imagem. Além disso, diferentes doenças uterinas podem coexistir e os sintomas como sangramento intenso e cólica, além de infertilidade podem ser agravados por conta disso ou devido a alterações hormonais, como no caso do climatério.

Já o tratamento de miomas uterinos costuma variar de acordo com o tipo de leiomioma diagnosticado e com os sintomas e as complicações que o quadro causa à paciente. Assim, mulheres com queixas de dor, sangramento anormal e dificuldade para engravidar têm indicação de tratamento.

Algumas das formas de tratamento são:

  • Histeroscopia para remover o mioma;
  • Remoção cirúrgica do mioma via laparotomia ou laparoscopia;
  • Histerectomia (retirada do útero);
  • DIU hormonal;
  • Implante anticoncepcional;
  • Tratamento hormonal;
  • Embolização;
  • Medicamentos análogos de GnRH.

Quando é necessário fazer cirurgia de mioma?

A cirurgia de mioma pode ser a miomectomia (retirada do mioma) ou a histerectomia (retirada do útero). A miomectomia está indicada para mulheres que desejam engravidar, enquanto a histerectomia pode ser realizada por mulheres com prole constituída, pois retirar apenas o mioma não impede o surgimento de um novo mioma com necessidade de uma nova cirurgia no futuro. Para mulheres com mioma submucoso e infertilidade, está indicado a retirada do mioma por histeroscopia.

A miomectomia abdominal está indicada para mulheres com desejo reprodutivo que apresentam um mioma muito volumoso, por exemplo, miomas de 9 cm ou mais.

A miomectomia laparoscópica não apresenta vantagem em relação à miomectomia abdominal, visto que apresenta um tempo cirúrgico maior. Ainda há o fato de que mulheres submetidas à miomectomia abdominal ou laparoscópica, obrigatoriamente, irão necessitar de cesárea, já que não podem entrar em trabalho de parto pelo risco de rotura uterina. A incisão da cesariana é a mesma da miomectomia abdominal. Já a incisão da miomectomia laparoscópica é no umbigo e em outros 2 pontos do abdome.

A histerectomia está indicada para mulheres com prole constituída ou sem desejo reprodutivo com sangramento intenso e cólicas sem melhora com métodos hormonais. A indicação serve também para mulheres que apresentam miomas de crescimento rápido com suspeita de sarcoma, com úteros volumosos que causam indisposição gástrica ou aumento do volume abdominal. O volume uterino não necessariamente será o indicativo de cirurgia, mas sim os sintomas da mulher.

Para saber qual a melhor conduta para o seu tipo de mioma uterino, entre em contato agora mesmo e agende sua consulta com a Dra. Maria Emília.

 

Fontes:

Febrasgo

AMB

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