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Sintomas de líquen escleroso: quais são?


Mulher com roupas íntimas segurando papel com rosto triste
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

16 maio, 2025 |

| 5 min. de leitura

Ficar atento aos sintomas do líquen escleroso é essencial para um diagnóstico precoce e tratamento adequado

O líquen escleroso é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente a pele da região genital, embora também possa surgir em outras partes do corpo. A condição causa alterações na pele, tornando-a branca e mais fina, frágil e suscetível a lesões, o que pode levar a desconforto e impacto na qualidade de vida. Embora sua causa exata não seja totalmente compreendida, fatores autoimunes e genéticos parecem estar envolvidos no seu desenvolvimento.

Essa condição pode acometer pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em mulheres após a menopausa. O diagnóstico precoce é importante para evitar complicações, como mudança permanente da anatomia da vulva e dificuldade para urinar ou ter relações sexuais, além do câncer de vulva. Nesse sentido, saber identificar os sintomas de líquen escleroso é essencial para garantir o diagnóstico adequado da condição.

Atente-se as causas e sintomas do líquen escleroso!

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Qual a causa do líquen escleroso?

A causa exata do líquen escleroso ainda não é completamente compreendida; porém, sabe-se que existem fatores imunológicos, genéticos, hormonais e ambientais envolvidos que desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença — sendo que o sistema imunológico ataca por engano as células da pele, levando à inflamação crônica e às alterações características da condição.

Além disso, predisposição genética e fatores hormonais também influenciam o surgimento do líquen escleroso, por isso é mais comum em mulheres caucasianas e após a menopausa. Outros fatores, como umidade, calor e fricção na pele da região afetada, além de desequilíbrios no microbioma vaginal, são apontados como gatilhos da doença.

Principais sintomas do líquen escleroso

Os sintomas do líquen escleroso podem variar em intensidade, mas geralmente causam grande desconforto, especialmente na região genital. O líquen costuma fazer um “oito” na vulva, ou seja, pode acometer grandes e pequenos lábios, corpo perineal, região anal e região inguinal, e, diferentemente do líquen plano, não acomete a mucosa vaginal. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e garantir um tratamento eficaz. Entre os principais sinais da doença, estão:

Manchas brancas na pele

Um dos primeiros sintomas do líquen escleroso é o aparecimento de manchas esbranquiçadas na pele, que podem aumentar com o tempo. Essas alterações costumam afetar áreas, como vulva, pênis e região anal, mas também podem surgir em outras partes do corpo.

Coceira intensa e persistente

A coceira crônica é um dos sintomas do líquen escleroso mais incômodos e ocorre em 90% das mulheres com líquen na menopausa. Além disso, pode piorar à noite e levar a feridas causadas pelo ato de coçar, aumentando o risco de cortes (fissuras) e infecções secundárias.

Ardência e dor, principalmente ao urinar ou durante relações sexuais

A inflamação da pele pode provocar fissuras, que são rachaduras na pele, o que causa ardência e dor. Esse é o sintoma mais comum nas mulheres na idade reprodutiva, ou seja, pré-menopausa. Muitas pessoas com líquen escleroso relatam desconforto ao urinar ou durante relações sexuais, o que pode afetar significativamente a qualidade de vida.

Ressecamento e descamação da pele

A pele afetada pelo líquen escleroso pode se tornar ressecada, rígida e crostosa. Com o tempo, isso pode levar a fissuras dolorosas e até mesmo à perda de elasticidade na região acometida, impedindo a relação sexual.

Mudança da anatomia da vulva

Assim como o líquen plano, o líquen escleroso não tratado muda a anatomia da vulva, ou seja, apaga os pequenos lábios (inicialmente, os lábios internos grudam nos lábios externos, até que eles somem completamente) e encarcera o clitóris (a pele que recobre o clitóris, chamada de capuz do clitóris, causa uma fimose, o fechando), e a tendência é um causar uma estenose do introito vulvar, o que pode impedir a penetração vaginal e até mesmo dificultar para urinar.

Se você apresenta algum desses sintomas do líquen escleroso, é fundamental procurar um médico ginecologista especialista em Patologia do trato genital inferior e colposcopia para avaliação e início do tratamento adequado.

Formas de tratar o líquen escleroso

O tratamento da condição tem como objetivo aliviar os sintomas do líquen escleroso, prevenir a progressão da doença e reduzir o risco de complicações. As opções terapêuticas variam conforme a gravidade do quadro e a resposta do paciente ao tratamento, e podem incluir:

  • Corticosteroides tópicos;
  • Hidratantes e emolientes;
  • Tratamentos imunomoduladores;
  • Terapia com laser;
  • Tratamento regenerativo com células-tronco (plasma rico em plaquetas e fibrina) e nanolipoenxertia regenerativa;
  • Cirurgia, em casos mais graves, quando há estreitamento da região genital ou mudança da anatomia da vulva.

O acompanhamento médico periódico é fundamental para monitorar a evolução do quadro e ajustar o tratamento conforme necessário.

Quando procurar um médico?

É fundamental procurar um médico assim que os sintomas do líquen escleroso forem percebidos, especialmente em casos de manchas brancas ou alterações na pele. Embora o líquen escleroso seja uma doença crônica, o diagnóstico precoce e o início adequado do tratamento podem evitar complicações graves, como o câncer de vulva.

Se você estiver experimentando sintomas, como coceira intensa e persistente, dor durante as relações sexuais ou ao urinar, ou mesmo o surgimento de fissuras ou lesões na pele, é essencial buscar orientação médica.

Quem é o médico especialista em líquen escleroso?

O médico especialista em líquen escleroso é o ginecologista especialista em patologia do trato genital inferior e colposcopia.

Caso você precise de ajuda, a Dra. Maria Emília está devidamente capacitada para diagnosticar e tratar as manifestações do líquen escleroso, principalmente nas áreas genitais, além de fornecer acompanhamento especializado para prevenir complicações e garantir um tratamento adequado.

Para saber mais sobre o assunto, entre em contato e agende sua consulta com a Dra. Maria Emília de Barba.

 

Fontes:

ISSVD

Febrasgo

ABPTGIC

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