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Líquen Escleroso: Diagnóstico e tratamento


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Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

16 janeiro, 2023 |

| 5 min. de leitura

O diagnóstico e tratamento do líquen escleroso é importante para evitar a progressão da doença

Quando a mulher nota coceira excessiva na região genital associada a lesões esbranquiçadas, é importante buscar atendimento médico para obter o diagnóstico e tratamento do líquen escleroso, uma doença que acomete a pele da vulva, ou seja, a região externa da genitália feminina e que pode ser muito debilitante.

O líquen, de forma geral, é uma doença dermatológica que pode estar presente em diversas regiões do corpo, mas com relação à vulva ele pode ser de três tipos:

  • Líquen simples: há muita coceira na região vulvar, que leva a um engrossamento da pele e à formação de fissuras e escoriações. Normalmente está associado a um fator irritativo e a ansiedade ou depressão;
  • Líquen plano: é o tipo mais raro. Além da coceira, ele se manifesta com lesões avermelhadas que podem descamar ou erodir;
  • Líquen escleroso: é mais prevalente na raça branca, as lesões são de característica brancacenta e podem levar a distorção da anatomia da genitália feminina, como o apagamento dos pequenos lábios e o encarceramento do clitóris.

Neste texto, vamos nos aprofundar no diagnóstico e tratamento do líquen escleroso, que é um importante fator de risco para o câncer de vulva.

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Qual a causa?

A causa para o surgimento do líquen escleroso vulvar é desconhecida, mas estudos indicam que o aparecimento das lesões tem relação com a falta de estrogênio, sendo, portanto, uma doença mais prevalente na mulher que já está na menopausa. Além disso, sabe-se que o líquen escleroso também está relacionado a distúrbios imunológicos, como doenças autoimunes. O líquen escleroso vulvar é uma doença inflamatória crônica.

Como diagnosticar?

Para se obter correto diagnóstico e tratamento do líquen escleroso é recomendado passar por uma consulta com o médico ginecologista especialista em patologia do trato genital inferior e colposcopia, que realizará o exame ginecológico de inspeção da vulva para analisar as lesões e manchas e se há distorção da arquitetura da genitália.

Caso o profissional note lesões com características de líquen escleroso, faz-se uma vulvoscopia, exame que utiliza uma lente de aumento para verificar com mais detalhes a região genital. Além disso, se a suspeita diagnóstica se mantiver mesmo após a vulvoscopia, em alguns casos, o médico aproveita o procedimento para realizar uma biópsia da lesão e enviar para análise em laboratório, o exame anatomopatológico.

Quais os sintomas do líquen escleroso?

Algumas mulheres podem ser assintomáticas e o diagnóstico só ser realizado durante o exame ginecológico. Entre os sintomas, o principal é a coceira intensa na região vulvar, e quando a mulher coça muito a região, novas lesões podem surgir, bem como pode haver um espessamento da pele com formação de crostas. Também é frequente a queixa de dispareunia (dor na relação sexual).

Além disso, o aspecto esbranquiçado da lesão também é importante para o diagnóstico e tratamento do líquen escleroso.

Líquen escleroso é perigoso?

Sim. Quando não se faz o correto diagnóstico e tratamento do líquen escleroso, a doença pode evoluir e causar alteração anatômica da vulva, levando ao apagamento dos pequenos lábios, que é o desaparecimento dos lábios genitais internos, ao encarceramento do clitóris — que ocorre quando o clitóris fica completamente enclausurado — e, até mesmo, ao fechamento do canal vaginal. Além disso, é um importante fator de risco para câncer vulvar.

As estatísticas mostram que 4% das mulheres com líquen escleroso desenvolvem câncer de vulva, por isso o tratamento é fundamental para evitar a progressão da doença e reduzir o risco de câncer.

Opções de tratamento

Quanto ao diagnóstico e tratamento do líquen escleroso, apesar de se tratar de uma doença sem cura, o tratamento adequado resulta na resolução dos sintomas, repigmentação e retorno à textura normal da pele, o que está associado a um risco reduzido de câncer vulvar. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o tratamento do líquen escleroso objetiva controlar os sintomas, prevenir as complicações e fazer o diagnóstico precoce de lesões malignas (câncer).

O principal fator de risco para o câncer de vulva associado ao líquen é o atraso no diagnóstico e, consequentemente, no tratamento assertivo.

Pomada de corticoide

Esse é o tratamento clássico para o líquen escleroso, que consiste em aplicar pomadas de corticoide alta potência na região vulvar, buscando reduzir a coceira e o processo inflamatório local. O grande problema dessa opção de tratamento é que nem todas as pacientes respondem ao tratamento e às baixas taxas de adesão, pois como se trata de uma doença crônica, é necessário fazer uso regular das pomadas para obter o efeito desejado.

Cirurgia

A cirurgia para tratamento de líquen escleroso vulvar é feita em caráter de exceção, sendo recomendada para casos avançados em que há fechamento do canal vaginal e da uretra, a fim de possibilitar a micção, a saída de secreções e a relação sexual.

Tratamento a laser

O tratamento a laser para líquen escleroso é indicado para melhor controle da doença e para mulheres que não respondem conforme o esperado ao tratamento com a pomada, ou também quando há muita reação adversa ao uso do corticoide, como pele avermelhada e fina com surgimento de fissuras.

O mecanismo de ação do laser é estimular o colágeno e a vascularização (quantidade de sangue que irriga a vulva). Dessa forma, obtém-se controle dos sintomas, como coceira e dispareunia, estabilização da doença e recuperação da pele das áreas com crostas. Como o laser promove um bom controle do prurido, também está indicado para o líquen simples crônico, sendo um tratamento seguro e de baixo risco.

Esse procedimento é ambulatorial, ou seja, pode ser feito em consultório. Em geral são feitas 3 sessões de aplicação de laser com intervalo de 30 a 45 dias entre elas. O laser é aplicado tanto na região vaginal (interna) quanto na vulva, tratando assim tanto a mucosa da vagina quanto a pele da vulva.

Qual profissional procurar

O melhor profissional para quem busca o diagnóstico e tratamento do líquen escleroso é o ginecologista especialista em patologia do trato genital inferior (PTGI) e colposcopia. Buscar o profissional correto é o primeiro passo para um tratamento de sucesso.

A Dra. Maria Emília é especialista em doenças em PTGI e colposcopia. Entre em contato e agende sua consulta com a Dra. Maria Emília.

Fontes:

Federação brasileira das associações de ginecologia e obstétrica

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Dra. Maria Emilia