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HPV na gravidez: quais os riscos?


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

7 dezembro, 2023 |

| 6 min. de leitura

Entenda quais são os riscos, as implicações e possibilidades de tratamento nos casos em que há HPV na gravidez

HPV é a sigla, em inglês, do papilomavírus humano, um dos mais comuns agentes transmitidos por via sexual. Uma das maiores preocupações relacionadas à infecção por HPV é o risco de desenvolvimento de doenças associadas, sendo a mais comum o câncer de colo do útero. Segundo a organização Pan-Americana de Saúde, dos mais de 100 tipos de HPV, pelo menos 14 têm risco cancerígeno.

Por causa do alto potencial de risco, muitas mulheres se preocupam com a possibilidade de contrair HPV na gravidez ou de engravidar com o vírus. De fato, diversas questões devem ser levantadas ao se pensar nessa possibilidade. Entenda-as a seguir.

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Quem tem HPV pode engravidar?

De modo geral, não existe impedimento para que uma mulher com HPV possa engravidar. No entanto, é muito importante ter atenção à presença das lesões características da infecção pelo vírus, uma vez que elas podem aumentar graças ao processo de imunossupressão, combinado às alterações hormonais, que acompanha a gravidez.

Por isso, a principal recomendação antes de se pensar em engravidar com HPV é realizar o tratamento completo de qualquer lesão decorrente de infecção pelo vírus que possa ser encontrada.

Riscos e implicações do HPV na gravidez

Os riscos e implicações do HPV na gravidez dependem, principalmente, da presença ou não de lesões. Nesse sentido, é importante se atentar às seguintes características:

  • Nos casos em que não há lesão, a mulher precisa manter uma boa imunidade (evitar tabagismo ativo ou passivo, reduzir níveis de estresse, controle do peso e da alimentação.), além do acompanhamento pré-natal;
  • Nos casos em que há lesões, existe o risco de as lesões aumentarem, coçarem e infectarem ou sangrarem;
  • Existe também uma possibilidade, ainda que menor, das verrugas obstruírem o canal vaginal, dificultando o momento do parto e atrapalhando para urinar e defecar;
  • O risco de transmissão do vírus ao bebê é baixo, e é mais comum ocorrer durante o parto normal, porém pode ocorrer ainda intraútero. De modo geral, é comum que o organismo dos bebês elimine o vírus de forma espontânea nos primeiros seis meses de vida.

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Sintomas do HPV na gravidez

Os sintomas clínicos do HPV na gravidez estão diretamente relacionados à presença de lesões, que são, geralmente, as verrugas genitais, também chamadas de condiloma acuminado. São também chamadas de crista de galo pelo formato elevado e cerebroide e normalmente são escurecidas.

O que acontece se tiver HPV na gravidez?

Na maioria dos casos, as lesões não doem, porém podem causar coceira. Em outros casos, pode haver sangramento, principalmente se houver lesões no colo do útero e até mesmo ruptura prematura de membranas e corioamnionite. Além disso, as verrugas genitais aumentam a chance de lacerações durante o parto normal e rupturas graves.

É normal ter HPV na gravidez?

Como a grávida está imunossuprimida para não “expulsar” o feto que, por apresentar material genético do pai, funciona como um “transplante” e existe uma vascularização aumentada na região genital; pode haver crescimento acelerado das verrugas ou o aparecimento de condilomas em mulheres que já tiverem verrugas anteriormente ou em mulheres que tem o vírus e não haviam apresentado lesões até então. A prevalência de verrugas em gestantes varia de 0,5% a 5% de todas as gestações.

Qual exame detecta o HPV na gravidez?

O exame ginecológico realizado no pré-natal já pode identificar a presença das verrugas genitais. Além disso, o exame de Papanicolau, também chamado de preventivo, e que faz parte dos exames da rotina de pré-natal, serve para a detecção de lesões no colo do útero e vagina causados pelo HPV na gravidez ou mesmo em outras fases da vida. O exame é realizado em mulheres que não coletaram preventivo no último ano.

Quando necessário, pode ser realizada vulvoscopia e biópsia da vulva (parte externa da genitália feminina) para confirmação diagnóstica. Já a biópsia de colo de útero não é recomendada na gestação, apesar de estar recomendo realizar colposcopia em gestantes com condilomas, a fim de diagnosticar e acompanhar lesões associadas na vagina e no colo do útero.

Existem também outros tipos de exames que fazem o rastreio da presença do vírus, como a captura hibrida, PCR ou genotipagem, mas não costumam ser recomendados durante a gestação.

Quanto às mulheres que já estão em acompanhamento de lesões pré-câncer e engravidam, é recomendado aguardar 90 dias após o parto para retomar os exames de preventivo, colposcopia e vulvoscopia e pesquisa de HPV.

Vale lembrar que o parceiro também precisa ser avaliado e tratado, quando necessário.

Como o tratamento é realizado?

O tratamento para HPV na gravidez deve ser realizado quando forem encontradas condilomas / verrugas genitais.

Como eliminar verrugas na gravidez?

A melhor opção é o tratamento a laser das verrugas vulvares, e por isso é considerado “padrão ouro”, devido a sua eficácia elevada (superior a 95%), baixíssimo risco de complicações ou sequelas, além de  eficaz no processo de limpeza das lesões superficiais sem oferecer riscos ao bebê e à mulher.

Outra opção de tratamento para o HPV na gravidez é a aplicação de ácido tricloroacético (ATA) em concentrações de 70% a 90%. No entanto, a eficácia do tratamento é baixa (em torno de 20 a 30%) e esse tipo de aplicação deve ser feito com cuidado, uma vez que pode causar manchas na área tratada.

Outras formas habituais de tratamento de condilomas, como imiquimode ou podofilina não são seguras para uso em gestantes e, por esse motivo, não são utilizadas.

Já lesões no colo do útero pré-câncer, não costumam ser tratadas durante a gestação e é recomendado aguarda o pós-parto.

Para além dos tratamentos, a mulher com HPV na gravidez pode ter parto normal, a não ser que as lesões sejam grandes o suficiente para obstruir o canal vaginal. Da mesma forma, é importante lembrar que a vacina contra HPV não pode ser realizada durante a gestação.

Quem tem HPV pode amamentar?

Não existe nenhuma contraindicação ao ato de amamentar após ter engravidado com o vírus HPV, uma vez que não existe risco para a saúde da mãe, nem de transmissão do vírus para o bebê, já que a transmissão ocorre por contato com o genital.

Onde tratar o HPV?

A Medicina tem evoluído significativamente nos últimos anos ao oferecer tratamentos eficazes para doenças causadas por infecção pelo vírus HPV. Possibilidades como o tratamento a laser, acompanhado por um médico ginecologista, são capazes de eliminar as lesões e possibilitar melhor qualidade de vida às pacientes.

Além disso, mulheres que estão com lesões e pretendem engravidar, o tratamento prévio a gestação garante menores riscos e um manejo mais completo e adequado do que quando se fala em HPV na gravidez.

A Dra. Maria Emília é ginecologista e possui amplo conhecimento e estrutura para tratar as lesões causadas pelo vírus antes que causem complicações mais graves. Entre em contato e agende uma consulta.

 

Fontes:

Dra. Maria Emília Ferreira de Barba

Ministério da Saúde

Organização Pan-Americana de Saúde

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