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Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL)


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

14 maio, 2024 |

| 5 min. de leitura

Lesão precursora do câncer é causada pelo vírus HPV e pode evoluir para câncer de colo do útero caso não haja o tratamento adequado

Apesar de ser evitável, o câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais frequente em mulheres. O papilomavírus humano (HPV), transmitido sexualmente, é o principal fator de risco para essa doença e também para a lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL).

Essa é uma Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC), caracterizada pelo crescimento anormal de células que formam lesões que podem evoluir para um câncer de colo de útero se não houver o tratamento adequado.

Entenda mais sobre a lesão intraepitelial escamosa de alto grau, formas de diagnóstico, tratamento e como o acompanhamento médico regular pode ser decisivo para prevenir lesões pré-cancerígenas.

Quero saber sobre o HPV!

O que é a lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL)?

A lesão intraepitelial escamosa de alto grau corresponde aos graus 2 e 3 da NIC, uma condição que pode aparecer durante o exame de Papanicolau. Nesse caso, é indicada a realização de uma colposcopia para o médico observar com mais detalhes o colo do útero, a vagina e a vulva para determinar o local da lesão. Em seguida, a biópsia é realizada para confirmar a alteração visualizada no Papanicolau.

Na grande maioria das vezes, a lesão se encontra no colo do útero porque é onde o HPV se prolifera, em uma área chamada de zona de transformação. Esse é um local de transição entre o tecido da vagina, de características mais resistentes, para o tecido da parte de dentro do colo do útero (glandular). Essa região é mais vulnerável a diversos agentes que podem provocar alterações celulares e levar a um quadro de câncer de colo de útero no longo prazo.

Quem tem HSIL (lesão intraepitelial de alto grau) tem HPV?

A lesão intraepitelial escamosa de alto grau ocorre após um longo período de infecção pelo vírus HPV, por isso elas estão relacionadas à presença do vírus em 100% dos casos.

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A lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL) pode virar câncer?

As lesões de alto grau são precursoras do câncer, por isso devem ser tratadas imediatamente após sua descoberta. No caso da NIC 3, também chamada de carcinoma in situ, as células já estão bastante alteradas e têm de 30% a 50% de chances de evoluir para um câncer, caso a condição não seja tratada.

Essa taxa varia dependendo da idade da paciente, mulheres jovens com menos de 21 anos, tem chance da lesão regredir espontaneamente. Além disso, mulheres fumantes, que fazem uso crônico de corticoides ou com baixa imunidade têm um risco maior para câncer.

O que causa a lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL)?

Os fatores de risco para a HSIL são os mesmos relacionados ao papilomavírus humano, agente etiológico dessa lesão. Alguns exemplos são:

  • Relações sexuais desprotegidas;
  • Iniciação sexual precoce;
  • Multiplicidade de parceiros sexuais;
  • Uso prolongado de contraceptivos orais;
  • Imunossupressão;
  • Acompanhamento ginecológico irregular;
  • Tabagismo;
  • Obesidade;
  • Níveis elevados de estresse, ansiedade ou depressão.

Como é feito o diagnóstico da HSIL?

O diagnóstico da HSIL é feito por meio do Papanicolau, principal exame de prevenção e rastreamento precoce de doenças ginecológicas, pela colposcopia e biópsia.

Qual é o tratamento para HSIL?

Quando a lesão está localizada no colo do útero, existem algumas opções de tratamento. A primeira é a cirurgia de alta frequência (CAF), também chamada de cirurgia de LEEP ou de exérese de zona de transformação anormal (EZT), técnica que remove a área lesionada com um bisturi elétrico.

Outra opção envolve a aplicação de laser, que vaporiza a lesão sem necessidade de cirurgia. Esse tratamento é especialmente indicado para as seguintes situações:

  • Lesão intraepitelial escamosa de alto grau completamente visível no exame de colposcopia;
  • Mulheres com menos de 25 anos, já que o procedimento não aumenta o risco de trabalho de parto prematuro em uma futura gestação;
  • Lesões localizadas na vagina ou na vulva.

A histerectomia, a remoção parcial ou total do útero, pode ser indicada em casos mais graves ou quando é diagnosticado o câncer em seu estágio inicial.

Como prevenir a lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL)?

A prevenção da lesão intraepitelial escamosa de alto grau envolve medidas para evitar os fatores de risco da doença, que incluem:

  • Uso de preservativo nas relações sexuais;
  • Tomar a vacina contra o HPV;
  • Controlar os fatores de imunossupressão;
  • Evitar o tabagismo;
  • Realizar os exames ginecológicos de rotina: citologia oncótica do colo do útero (Papanicolau) e pesquisa de HPV (PCR ou captura hibrida);
  • Tratar as lesões ginecológicas que surgirem para não agravar o quadro.

Lesão intraepitelial de alto grau tem cura?

Sim, tanto o tratamento a laser quanto a cirurgia de alta frequência removem a lesão. Vale lembrar que é recomendado que a paciente faça acompanhamento por meio do Papanicolau (preventivo) e colposcopia de seis em seis meses durante dois anos e após isso, anualmente por 5 anos. Se os resultados dos exames forem negativos para a lesão nesse período, a mulher está curada.

Importância do acompanhamento médico

Para o sucesso do tratamento com a indicação da melhor metodologia, de acordo com o caso e correto diagnóstico, é importante que a paciente tenha o acompanhamento de um profissional qualificado para tratar lesões de alto grau, como o ginecologista especialista em patologia do trato genital inferior e colposcopia.

Para saber mais informações ou esclarecer outras dúvidas sobre a lesão intraepitelial escamosa de alto grau, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Emília.

 

Fontes:

Dra. Maria Emília

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia

Instituto Nacional de Câncer

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