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O que é prolapso de cúpula vaginal?


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

10 abril, 2023 | | 4 min. de leitura

Cerca de 1% das mulheres que já passaram por uma histerectomia pode apresentar prolapso de cúpula vaginal

O prolapso de cúpula vaginal é uma condição que afeta mulheres que já fizeram histerectomia, ou seja, que já tiveram o útero retirado, principalmente quando o motivo da histerectomia foi prolapso genital. Essa condição surge quando o topo da vagina (cúpula vaginal) cede e pode inclusive se projetar para fora da abertura vaginal, causando um abaulamento (bola) na vagina, sensação de peso e desconforto, dificuldades nas atividades diárias e na relação sexual e até mesmo dor.

Causas

O prolapso de cúpula vaginal ocorre após a histerectomia — em aproximadamente 1% das mulheres que passaram por esse procedimento —, pois a retirada do útero pode enfraquecer os ligamentos e os músculos que suportam a cúpula vaginal, enfraquecendo a sustentação da cúpula.

Porém, outras causas do prolapso de cúpula vaginal que podem enfraquecer ou danificar os músculos e ligamentos do assoalho pélvico incluem:

  • Envelhecimento;
  • Parto vaginal;
  • Obesidade;
  • Esforço físico intenso.

Sintomas

Os sintomas associados ao quadro de prolapso de cúpula vaginal podem variar de leves a graves, e podem incluir:

  • Sensação de pressão ou peso na vagina;
  • Sensação de que algo está saindo para fora da vagina;
  • Dor ou desconforto durante a relação sexual;
  • Dor nas costas ou nas pernas;
  • Dificuldade para urinar ou evacuar.

É importante destacar que bexiga caída e prolapso de cúpula vaginal são duas condições diferentes que afetam o sistema reprodutor feminino e podem ter sintomas semelhantes. A bexiga caída, também conhecida como cistocele, ocorre quando o tecido que sustenta a bexiga enfraquece e a bexiga cai em direção à parede vaginal, causando uma protuberância.

Ambas as condições podem causar desconforto e dor durante a relação sexual, incontinência urinária e sensação de peso na pelve. A bexiga caída também pode levar a infecções urinárias recorrentes, enquanto o prolapso de cúpula vaginal pode causar dor nas costas e nas pernas.

Qual exame detecta o prolapso?

O exame que detecta o prolapso de cúpula vaginal é o exame físico ginecológico realizado pelo médico. Em casos mais específicos, pode ser indicada a realização de exames de imagem, como a ultrassonografia pélvica. Também pode ser indicado o exame de urodinâmica para avaliar presença de incontinência urinária associado ao prolapso genital.

Quando o prolapso é grave?

O prolapso de cúpula vaginal é considerado grave quando o prolapso se exterioriza para fora da vagina, podendo causar eversão completa da vagina (prolapso grau 4). Nesses casos, há risco de retenção urinária devido a obstrução que o prolapso causa. Essa dificuldade em esvaziar a bexiga pode levar a infecção urinária de repetição e até mesmo insuficiência renal.

Por isso, é importante que mulheres que apresentam sintomas de prolapso procurem um médico uroginecologista para avaliação e tratamento. Em casos graves, pode-se indicar uma cirurgia para reparar a musculatura e os tecidos danificados e restaurar o suporte adequado aos órgãos pélvicos.

Tratamentos

Existem diferentes opções de tratamento para o prolapso de cúpula vaginal, que variam de acordo com a idade da mulher, condições clínicas e sintomas.

Pessário

O pessário é uma opção de tratamento não cirúrgico para mulheres que não podem ou não desejam se submeter à cirurgia. Trata-se de um dispositivo inserido na vagina para manter o prolapso genital dentro do órgão. É uma opção segura e eficaz para mulheres acamadas ou com alto risco cirúrgico; porém nem todas as mulheres se adaptam a ele e pode ter corrimento vaginal.

Colpocleise ou cirurgia de Le Fort

A colpocleise, também conhecida como cirurgia de Le Fort, é uma opção para mulheres que não desejam ter relações sexuais após a cirurgia. Essa técnica consiste em diminuir o comprimento vaginal e diminuir a abertura do introito vaginal para evitar que ocorra o prolapso da cúpula vaginal.

Esse procedimento é ideal para mulheres mais idosas por apresentar um tempo cirúrgico menor e menos risco de complicações. No pós-operatório, é importante evitar carregar peso. Além disso, deve-se lavar o períneo 4 vezes ao dia com água e sabonete neutro.

Cirurgia com tela (Fixação sacro-espinhosa e Sacropromontofixação)

A fixação sacroespinhosa é uma cirurgia realizada por via vaginal em que a cúpula vaginal é fixada no ligamento sacroespinhoso para corrigir o prolapso genital. Já a colpossacrofixação é uma cirurgia realizada por via abdominal ou laparoscópica que fixa a parte superior da vagina aos ligamentos do sacro (osso da base da coluna vertebral). Durante esses procedimentos, um tecido forte e resistente, geralmente uma tela de polipropileno, é usado para reforçar a parede vaginal e sustentar os órgãos pélvicos.

Essas são opções para mulheres que desejam manter a função sexual após a cirurgia.

É importante lembrar que o tratamento do prolapso de cúpula vaginal deve ser individualizado, levando em consideração as necessidades e preferências de cada mulher, sendo que uma conversa com o uroginecologista é fundamental para avaliar as opções de tratamento disponíveis e escolher a mais adequada para cada caso. Já os custos das cirurgias devem ser verificados diretamente com o profissional escolhido, pois variam dependendo da técnica que será realizada e dos materiais necessários.

Para saber mais sobre esse e demais condições, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Emília.

Fontes:

Febrasgo

Manual MSD

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