Procedimento utiliza uma corrente elétrica de alta frequência para remover lesões teciduais de maneira eficiente e segura
Conhecida pela sigla CAF, a cirurgia de alta frequência diz respeito a um conjunto de técnicas que têm como objetivo remover ou destruir áreas de lesão tecidual presentes no colo uterino. Trata-se de uma técnica pouco invasiva que oferece dano mínimo ao órgão e aos tecidos circundantes, além de se destacar por ser bastante precisa e apresentar sangramento reduzido.
A cirurgia de alta frequência utiliza uma corrente elétrica de alta frequência para cortar ou coagular o tecido do trato genital feminino, removendo lesões ou tratando condições anormais do colo do útero. Dentre as diversas técnicas de CAF, a LEEP (Excisão Eletrocirúrgica por Alça), também chamada de EZT (exérese de zona de transformação anormal), é a mais utilizada em cirurgias ginecológicas do colo do útero.
Como a cirurgia de alta frequência é realizada?
A CAF é normalmente realizada com o auxílio da colposcopia, exame onde são aplicados ácido acético e, principalmente, lugol para delimitar onde está a lesão e qual o tamanho, sendo recomendado ser conduzida por um profissional experiente. Após verificar as características da lesão, a ginecologista remove os tecidos doentes com auxílio de um dispositivo que possui um eletrodo que conduz energia elétrica de baixa voltagem e alta frequência.
O dispositivo utilizado na cirurgia de alta frequência permite o corte dos tecidos de maneira precisa. Após a remoção dos tecidos, é realizada a eletrocoagulação dos vasos sanguíneos para prevenir hemorragias. O procedimento dura cerca de 30 minutos.
Quando a cirurgia de alta frequência é indicada?
Em geral, a cirurgia de alta frequência é indicada para todos os casos de lesão de alto grau no colo uterino, ou seja, NIC 2 e NIC 3, lesão pré-malignas no colo uterino.
Abaixo as principais indicações:
- NIC 1 (neoplasia intraepitelial grau 1) persistente há 2 anos;
- Lesões de canal endocervical;
- Investigação de alterações no preventivo com colposcopia normal, como, por exemplo, 2 ASC-H consecutivos no preventivo;
- NIC 2;
- NIC 3.
Sintomas de lesões no colo uterino
As lesões pré-malignas, ou seja, pré-câncer costumam ser assintomáticas e, por isso, precisam ser rastreadas com preventivo e pesquisa de HPV.
Contudo, vale lembrar sintomas que apontam para a necessidade de a mulher procurar uma ginecologista, pois podem indicar uma lesão mais grave:
- Sangramento vaginal anormal;
- Sangramento fora do período menstrual;
- Secreção vaginal incomum, geralmente com um pouco de sangue;
- Sangramento após a menopausa;
- Sangramento após a relação sexual.
Quais os benefícios da CAF?
Entre as principais vantagens da cirurgia de alta frequência estão:
- Mais segura e moderna;
- Preservação do colo uterino;
- Menor sangramento;
- Recuperação rápida da paciente;
- Eficiência no tratamento;
Cuidados pós-operatório
O pós-operatório da CAF é bastante simples e não demanda muitos cuidados. A principal recomendação diz respeito a evitar relações sexuais por cerca de 30 dias após o procedimento. Além disso, é recomendada apenas observação e comparecimento às consultas de retorno.
Nos dias seguintes à cirurgia de alta frequência, pode haver a saída de uma leve secreção aquosa (com ou sem sangue), mas esta alteração não tende a ser um problema. Caso o sangramento seja intenso ou dure muitos dias, é recomendada avaliação pela especialista.
Tratamento do HPV com a cirurgia de alta frequência
A cirurgia de alta frequência é uma das opções de tratamento para lesões causadas pelo papilomavírus humano (HPV), oferecendo uma elevada taxa de resolução em uma única sessão. A metodologia é considerada uma boa opção para eliminar lesões pré-malignas do colo do útero, conhecidas com neoplasia intraepitelial.
É importante lembrar, entretanto, que é necessário que a paciente seja previamente avaliada por uma ginecologista especialista em patologia do trato genital inferior e colposcopia. Esta profissional poderá diagnosticar a presença de lesões, identificando a necessidade de remover os tecidos doentes e apontando a melhor metodologia para cada caso — seja a cirurgia de alta frequência, laser ou qualquer outro método.
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