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Cirurgia de miomas uterinos: quais as indicações?


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

1 abril, 2024 |

| 6 min. de leitura

Os miomas uterinos podem precisar de tratamento cirúrgico quando causam sintomas que prejudicam a qualidade de vida da mulher

Os miomas uterinos, também chamados de leiomiomas, são formações benignas que surgem no tecido muscular do útero — o miométrio —, formadas por esse tipo de tecido e por material fibroso. Estima-se que 25% das mulheres em idade fértil possam ter pelo menos um mioma, ainda que a maioria dos casos seja assintomática.

O tratamento de miomas uterinos depende do seu tipo, localização, tamanho, extensão e da presença ou não de sintomas e do desejo de engravidar. Em alguns casos, pode ser indicada a cirurgia de miomas uterinos.

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Indicações para a cirurgia de miomas uterinos

Como já mencionado, a indicação para qualquer tipo de tratamento para miomas uterinos deve levar em consideração algumas características específicas de cada caso que citamos a seguir:

Quem tem mioma no útero precisa fazer cirurgia?

O primeiro ponto que precisa ser entendido sobre a cirurgia de miomas uterinos é o fato de que nem toda mulher diagnosticada com a condição deve tratá-la cirurgicamente. Geralmente, miomas pequenos e assintomáticos não causam prejuízos à qualidade de vida e podem apenas ser acompanhados periodicamente.

O tratamento para pacientes com sintomas depende de outros fatores, como o desejo de engravidar. As mulheres que desejam ter filhos e não têm sintomas graves podem tratar os miomas, inicialmente, de forma conservadora.

A cirurgia de miomas uterinos, por sua vez, pode ser indicada nos casos em que é constatada a necessidade de remoção das lesões, seja por causa de seu tamanho, dos sintomas ou por uma combinação de fatores. Podem ser realizados procedimentos como a miomectomia e a histerectomia.

As principais indicações para realizar a cirurgia são:

  • Sangramento uterino excessivo que não controla com tratamento hormonal;
  • Sangramento uterino excessivo e contraindicação ou impossibilidade de realizar tratamento hormonal;
  • Crescimento acelerado do mioma ou do útero;
  • Suspeita de tumor maligno (sarcoma);
  • Infertilidade;
  • Aumento do volume abdominal.

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Qual é o tamanho do mioma que precisa de cirurgia?

Uma das principais dúvidas das pacientes sobre a cirurgia de miomas uterinos é a respeito da relação entre o procedimento e o tamanho do mioma encontrado no diagnóstico.

Apesar de ser uma preocupação válida e levada em consideração na hora de determinar a necessidade da cirurgia, o principal fator para a determinação do procedimento não é o tamanho do mioma, mas sim sua localização e tipo.

Miomas localizados na camada interna do útero (endométrio) chamados de miomas submucosos, são os mais sintomáticos, mesmo quando são de tamanho pequeno, como 2 cm. Por estarem localizados na camada da menstruação, costumam causar sangramento excessivo, cólicas e até mesmo infertilidade.

Outro critério levado em consideração é a taxa de crescimento do mioma, ou seja, se está aumentando de tamanho muito rapidamente. Para isso quando é diagnosticado pela primeira vez mioma no exame de ultrassom, é recomendado repetir o exame em 3 meses para acompanhar o crescimento do mioma. Miomas com crescimento acelerado levantam a suspeita de sarcoma uterino (tipo de tumor maligno).

Além disso, na consideração de uma cirurgia de miomas uterinos, deve ser observado se o tumor está comprimindo outros tecidos e órgãos pélvicos.

Opções de cirurgia de miomas uterinos

Como já mencionado, a cirurgia de miomas uterinos pode ser realizada de duas formas: miomectomia e histerectomia.

Miomectomia

A miomectomia é uma opção de cirurgia de miomas uterinos indicada para mulheres que desejam manter a fertilidade. No procedimento, são retirados os miomas de maior tamanho e mais sintomáticos, preservando o útero.

Como é realizada?

A miomectomia pode ser realizada das seguintes maneiras:

  • Miomectomia por histeroscopia: o procedimento é realizado com o auxílio de um histeroscópio que é introduzido pela vagina dentro do útero, sem cortes externos. É o tipo de miomectomia mais utilizado por tratar miomas submucosos;
  • Miomectomia abdominal: realizada por meio de uma incisão abdominal semelhante a uma cesárea;
  • Miomectomia laparoscópica: cirurgia feita por meio de pequenas incisões por onde passam os instrumentos cirúrgicos e uma câmera. É a via menos utilizada, visto que pacientes submetidas a miomectomia abdominal ou laparoscópica precisarão realizar cesárea em uma gestação futura, visto o risco de ruptura uterina durante o trabalho de parto normal;
  • Miomectomia robótica: semelhante à laparoscopia, porém com o auxílio de um robô controlado pelo cirurgião de forma remota.

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Histerectomia

A histerectomia é indicada como cirurgia de miomas uterinos no caso de mulheres com prole constituída, ou seja, que não desejam ter filhos.

Como é realizada?

A histerectomia pode ser realizada por meio de três técnicas: abdominal, quando é realizada uma incisão no abdome da paciente, o mesmo tipo de incisão usado na cesárea; vaginal, quando o acesso é feito pela vagina; e laparoscópica, quando o procedimento é realizado através de pequenas incisões.

Cuidados no pré e pós-operatório

A preparação para uma cirurgia de miomas uterinos deve levar em consideração a análise de todos os fatores que indicam o procedimento, além da realização de exames para avaliar o risco cardiovascular e outros fatores de saúde geral da paciente. Normalmente é recomendado o uso de algum anticoncepcional oral até a realização da cirurgia a fim de evitar menstruação ou sangramento aumentado que dificulte a realização da cirurgia.

Em alguns casos pode ser indicado o uso de acetato de gosserrelina, uma medicação injetável que diminui o tamanho do mioma e do útero antes da realização do procedimento.

Já o pós-operatório pode variar de acordo com o tipo de cirurgia de miomas uterinos realizada. É importante que a paciente siga com cautela todos os cuidados relacionados a repouso, relações sexuais e cuidados com curativos cirúrgicos, além de usar medicamentos prescritos e comparecer aos retornos médicos para avaliação.

Quantos dias de repouso são necessários?

A recuperação das miomectomias realizadas por vias minimamente invasivas costuma ser rápida, com a paciente podendo retomar parte de suas atividades em até 15 dias após o procedimento. Já a miomectomia abdominal requer um período de repouso maior, em torno de 30 dias.

No caso da histerectomia, a recomendação é de, geralmente, pelo menos 30 dias de repouso antes da retomada das atividades físicas.

Como fica o útero após a retirada do mioma?

No caso da cirurgia de miomas uterinos ser a miomectomia, o procedimento permite que o útero volte ao normal após a recuperação. No entanto, nos casos em que é realizada a miomectomia abdominal, laparoscópica ou robótica, é importante evitar que ocorra trabalho de parto em uma eventual gravidez, visto o risco de rotura uterina.

No caso das pacientes que fazem a histerectomia, o lugar que antes era ocupado pelo útero é preenchido pelas alças intestinais, sem qualquer prejuízo à qualidade de vida ou à saúde.

Riscos e considerações da cirurgia de miomas uterinos

Ainda que as cirurgias de miomas uterinos sejam na maior parte das vezes seguras, é importante ter em mente que existem alguns riscos, tais como:

  • Perfuração do útero no procedimento por via histeroscópica (risco autolimitado, sem complicações futuras para a mulher);
  • Lesões na alça intestinal;
  • Sangramento aumentado;
  • Necessidade de remover o útero devido ao sangramento;
  • Intoxicação hídrica por soro usado na histeroscopia (raro quando utilizado alça bipolar).

Os riscos de uma cirurgia de miomas uterinos podem variar de acordo com a saúde da paciente, o tipo de cirurgia realizado e outros critérios que devem ser avaliados individualmente. É importante também contar com um profissional especializado nesse tipo de tratamento.

Para saber mais sobre as cirurgias de miomas uterinos e tirar suas dúvidas, entre em contato com a Dra. Maria Emília e agende uma consulta.

 

Fontes:

Dra. Maria Emília F. de Barba

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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