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Cistite intersticial: sintomas e tratamentos


Mulher com as mãos na barriga e sentindo dores.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

9 agosto, 2024 |

| 5 min. de leitura

O diagnóstico adequado da cistite intersticial é fundamental para tratar os sintomas dessa condição crônica

A cistite intersticial, também conhecida como “síndrome da bexiga dolorosa” ou “síndrome da dor vesical”, é uma condição crônica muitas vezes confundida com a infecção de trato urinário (ITU) devido à semelhança entre os sintomas.

No entanto, diferentemente da ITU, a cistite intersticial não é um quadro infeccioso e, consequentemente, não responde aos tratamentos convencionais com antibióticos. Por isso, consultar um especialista em uroginecologia é fundamental para diagnosticar a condição adequadamente e receber as melhores orientações.

O que é a cistite intersticial?

A cistite intersticial é uma condição inflamatória crônica que atinge a bexiga e os seus principais sintomas (dor pélvica, urgência miccional e aumento da frequência urinária) podem causar grande impacto na qualidade de vida dos pacientes.

O que causa a cistite intersticial?

Ainda não foi possível identificar e definir o que causa a cistite intersticial, mas acredita-se que seja um quadro multifatorial que envolve uma combinação entre predisposição genética, doenças sistêmicas e exposição ambiental, fatores que serão detalhados mais à frente.

Principais sintomas da cistite intersticial

Conhecer os sintomas da cistite intersticial é fundamental para pensar nesse diagnóstico e afastar ou descartar outras causas. É preciso estar atento às seguintes manifestações:

  • Dor pélvica ou perineal (geralmente melhora após a micção);
  • Urgência miccional (que pode afetar as atividades diárias e a qualidade do sono);
  • Frequência urinária aumentada (mais de 8 micções por dia);
  • Dor piora com alimentos cítricos, chocolate e bebida alcóolicas;
  • Sensação de pressão ou desconforto na bexiga.

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Quanto tempo dura a crise de cistite intersticial?

As crises de cistite intersticial variam bastante entre as mulheres, podendo durar apenas alguns dias ou até várias semanas ou meses, mas é sabido que os sintomas podem ser mais intensos no período pré-menstrual. Além disso, devido à natureza crônica da condição, os sinais podem flutuar ao longo do tempo, com períodos de exacerbação seguidos de remissões parciais.

Fatores de risco da cistite intersticial

Embora a causa da cistite intersticial não seja bem definida, alguns fatores já foram associados a um maior risco de desenvolvimento dessa condição, como:

  • Sexo feminino;
  • Histórico familiar de cistite intersticial;
  • Cirurgias prévias na região pélvica;
  • Infecções de trato urinário na infância;
  • Tabagismo e consumo de álcool e condimentos;
  • Doenças crônicas como fibromialgia, síndrome do intestino irritável e sinusite;
  • Doenças autoimunes;
  • Transtornos psiquiátricos como depressão, ansiedade e síndrome do pânico.

Como o diagnóstico é realizado?

O diagnóstico da cistite intersticial é bastante desafiador e envolve a exclusão de outras condições uroginecológicas. Para isso, o especialista deve estar atento aos detalhes relatados pela paciente (que por si só já ajudam a descartar outras síndromes), fazer uma boa anamnese e exame físico e em alguns casos pode ser necessário solicitar alguns exames complementares, como:

  • Avaliação dos sedimentos urinários;
  • Urocultura;
  • Cistoscopia;
  • Estudo urodinâmico;
  • Biópsia da bexiga.

A cistite intersticial tem cura?

Não. A cistite intersticial é uma doença crônica, ou seja, não existe uma cura bem definida. Entretanto, com acompanhamento médico e tratamento adequado é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida para a paciente ter uma vida normal.

Como o tratamento funciona?

O tratamento da cistite intersticial inicia com medidas comportamentais com mudanças na dieta, priorizando alimentos que aliviam os sintomas, como brócolis, champignon e pipoca e restringindo alimentos que pioram os sintomas como condimentos, suco de frutas ácidas, coca-cola e café; uso de medicações orais, como amitriptilina e instilação de medicações intravesicais (diretamente na bexiga) capazes de retirar a paciente da crise de cistite intersticial.

Além disso, fisioterapia pélvica e treino vesical contribuem no controle da frequência urinária e da urgência miccional.

Nos casos que essas medidas não são suficientes está indicada a aplicação de toxina botulínica intravesical para aumento do intervalo entre as micções e melhor controle da dor. Vale lembrar que mulheres que estão na menopausa e apresentam sintomas de síndrome urogenital da menopausa (causados pela atrofia/ressecamento vaginal) precisam realizar o tratamento disso com creme vaginais de hormonio e/ou laser para rejuvenescimento íntimo, pois os sintomas da síndrome agravam a crise de cistite intersticial.

Ademais é importante acompanhamento psicológico e psiquiátrico quando há depressão ou ansiedade associados.

Já nos casos mais graves e de exceção é possível optar por terapias de estimulação nervosa ou intervenção cirúrgica. Ou seja, o manejo da cistite intersticial é multidisciplinar e demanda um acompanhamento médico especializado.

Trate a cistite intersticial com a Uroginecologista Dra. Maria Emília!

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Perguntas frequentes

O que pode e o que não se pode comer quando se tem cistite intersticial?

Pacientes com cistite intersticial podem ter uma importante abreviação dos sintomas ao reduzirem o consumo de cafeína, álcool e chocolate, bem como alimentos apimentados e ácidos. Por outro lado, é benéfico incluir na dieta a ingestão abundante de água e comidas ricas em fibras, vegetais e proteínas magras. O hábito intestinal regular também é importante para melhora dos sintomas.

Qual remédio é bom para bexiga dolorosa?

Os medicamentos variam conforme os sintomas e a intensidade e devem sempre ser prescritos pelo uroginecologista, visto que é necessário avaliar outros fatores e critérios antes de escolher a melhor medicação para cada paciente. Alguns dos medicamentos mais utilizados via oral são amitriptilina e hizine. Em alguns casos pode ser usado cimetidina.

Também são feita instilação de medicação intravesical como uma combinação de triancinolona, lidocaína e acido hialuronico.

O que piora a cistite intersticial?

São fatores que podem agravar a cistite intersticial: estresse e fatores emocionais, ingestão de alimentos ou bebidas irritativos, tabagismo, atividade sexual e falta de hidratação.

Ou seja, complexa e desafiadora, a cistite intersticial é uma condição que requer uma abordagem multidisciplinar para o tratamento e o manejo dos sintomas. Por isso, pessoas com sintomas urinários devem sempre passar por uma avaliação com um médico especializado em uroginecologia.

Entre em contato e agende sua consulta com a uroginecologista Dra. Maria Emilia de Barba!

 

Fontes:

Manual MSD

Associação Médica Brasileira

Dra. Maria Emilia de Barba

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