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Saiba tudo sobre o DIU hormonal


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

8 agosto, 2022 |

| 7 min. de leitura

O DIU hormonal é uma alternativa para mulheres que precisam reduzir o fluxo menstrual, além daquelas que buscam um método contraceptivo cômodo e de alta eficácia.

O Dispositivo Intrauterino (DIU) é um método anticoncepcional de alta eficácia e que pode ser encontrado em diferentes versões, como o DIU de prata, de cobre ou o DIU hormonal.

Mulheres que buscam evitar uma gestação ou até mesmo passam por tratamentos de reposição hormonal, por exemplo, podem contar com ele  como uma forma segura e com inúmeras vantagens.

Desta forma, saiba como o DIU hormonal atua e quais as suas principais vantagens sobre os métodos contraceptivos.

Como age o DIU hormonal

O DIU hormonal é o método anticoncepcional mais eficaz à disposição atualmente. Sua taxa de eficácia atinge 99,8%, superior até mesmo aos procedimentos definitivos, como a laqueadura tubária e a vasectomia. E para alcançar uma taxa tão eficaz, o DIU hormonal trabalha com a liberação contínua do hormônio progesterona dentro da cavidade uterina.

Hormônio sexual feminino, a progesterona liberada pelo dispositivo torna o muco do colo uterino mais espesso, o que dificulta a chegada do espermatozoide até o óvulo e, principalmente, torna o endométrio, camada interna do útero, mais fino. Essa diferença na espessura do endométrio contribui para a diminuição do fluxo menstrual e também impede a nidação.

O DIU hormonal é encontrado em dois modelos no mercado, o Mirena® e o Kyleena®. A principal diferença entre os dois é encontrada na dose de liberação da progesterona. O Mirena® libera 52 mg por dia de progesterona, enquanto o Kyleena® 19,5 mg.

Além disso, o DIU hormonal Kyleena® é menor em tamanho e espessura, quando comparado com o Mirena®, e pode ser recomendado para mulheres que têm como objetivo apenas a contracepção, enquanto o Mirena® pode ser indicado para o controle da endometriose, por exemplo. Ambos os métodos são seguros e possuem a mesma duração e eficácia, sendo assim, é importante frisar que a indicação do DIU hormonal mais assertivo para o seu caso sempre partirá da avaliação feita pelo seu médico ginecologista.

Vale lembrar que o hormônio do DIU hormonal é feito para agir dentro do útero e tem pouco efeito no resto do corpo.

Para quem é indicado o DIU hormonal?

É recomendado para mulheres que desejam um método seguro e eficaz para evitar a gestação, além daquelas que, por algum motivo patológico, necessitam da terapia com progesterona ou da inibição do fluxo menstrual. Alguns exemplos disso, são mulheres com fluxo intenso ou cólicas intensas por conta de miomas uterinos, adenomiose, endometriose e climatério. Também está indicado para evitar a formação de pólipos endometriais após a cirurgia de retirada de pólipos.

As pacientes que tenham apresentado problemas com o estrogênio, tais como dores de cabeça ou propensão às varizes e tromboses após o uso da pílula anticoncepcional, também podem optar pelo DIU hormonal.

Outra indicação do DIU hormonal é como parte da terapia de reposição hormonal para mulheres no climatério ou na menopausa, com a vantagem de apresentar menos riscos que a reposição oral, já que a quantidade de hormônio que o organismo absorve é menor.

No que tange a idade, peso ou o fato de ter tido ou não filhos, não há contraindicações do uso de DIU hormonal.  No entanto, algumas investigações serão feitas pelo médico ginecologista para assegurar que o método seja seguro para a paciente. O DIU hormonal não é recomendado para mulheres que tiveram câncer de mama, por exemplo, ou que possuam malformações uterinas.

Como é feita a colocação do DIU hormonal?

Após avaliação médica, o DIU hormonal pode ser colocado em ambiente hospitalar ou também em consultório médico.  A nível hospitalar é possível contar com sedação para a inserção do dispositivo, sendo essa técnica é recomendada para pacientes que possuam estenose, estreitamento, do colo do útero.

Em consultório, o médico ginecologista o nível de desconforto varia para cada mulher. O procedimento de inserção do DIU hormonal é rápido, durando 5 minutos em média.

Diferenças entre o DIU hormonal e de cobre

Uma das alternativas mais populares ao DIU hormonal, o DIU de cobre é um método contraceptivo não-hormonal, ou seja, não libera hormônios como a progesterona. Confira as principais características do DIU de cobre:

  • Método não-hormonal, impede a gravidez através da liberação de íons de cobre no útero, o que afeta a capacidade dos espermatozoides e tem efeito sobre o muco cervical, fazendo que ele seja mais hostil aos espermatozoides;
  • Duração de 10 anos;
  • Por não liberar hormônios, pode aumentar o fluxo menstrual;
  • Mulheres sem filhos podem apresentar mais cólicas com DIU de cobre;

Para fins de comparação, veja as características do DIU hormonal:

  • Método que libera progesterona, hormônio que evitará a gravidez afinando o endométrio (parte interna do útero);
  • Duração de 5 anos;
  • Devido à liberação hormonal, 10% das pacientes podem piora da acne;
  • Diminuição do fluxo menstrual: 65% das usuárias de DIU Mirena® não menstruam e 59% das usuárias do DIU Kyleena® não menstruam;
  • Melhora das cólicas menstruais;
  • Alta taxa de eficácia (Falha 2,5 vezes menos que a laqueadura tubária).

As principais vantagens e desvantagens

O DIU hormonal é um método contínuo que é inserido no interior da cavidade uterina. Desta forma, uma das principais vantagens está na comodidade para a mulher. Ao contrário de métodos como a pílula ou a injeção anticoncepcional, que demandam aplicação diária ou mensal, por exemplo, o DIU não demanda manutenção ou aplicações.

Outra grande vantagem do é a alta taxa de eficácia, isso pode ser avaliado pela tabela a seguir chamada de índice de Pearl.

imagem ilustrativa

Esse é um índice criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para avaliar a eficácia de todos os métodos anticoncepcionais existentes. Para isso, eles avaliam 100 mulheres que usam o método no período de 1 ano e observam quantas engravidam. E essa tabela mostra 2 colunas, 1 que mostra o uso correto e outro o uso na realidade (habitual).

O DIU hormonal, apresenta um índice de Pearl de 0,2, ou seja, de cada 1.000 mulheres que usam o método, duas engravidam por ano, isso considerando gestações inviáveis, também chamadas de ectópicas. Para fator de comparação, a pílula anticoncepcional tem índice de Pearl de 3, ou seja, a cada 100 mulheres que usam, 3 engravidam por ano; já o DIU de cobre tem índice de Pearl de 0,8, ou seja a cada 1.000 mulheres que usam, 8 engravidam por ano; e a laqueadura tubária, tem índice de Pearl de 0,5, ou seja, a cada 1.000 cirurgias, 5 mulheres engravidam por ano. Dessa forma, indicamos o DIU hormonal para mulheres que buscam um método altamente eficaz.

Além disso, a quantidade de hormônio que o organismo absorve é muito baixa, pois ele é feito para ter ação local no útero. Dessa forma, ele não interfere na libido, e pode ser usado até mesmo por mulheres que já tenham tido trombose e infarto, ou que tenham hipertensão, enxaqueca, fumantes ou que usem medicações psiquiátricas ou anticonvulsivantes.

Como ele diminui muito fluxo menstrual e cólicas, tem a vantagem de muitas vezes até mesmo substituir cirurgia de histerectomia (retirada de útero), em mulheres com fluxo intenso e cólicas.

Uma vantagem adicional dos DIU hormonal e DIU não hormonal é aumentar as células de defesa no colo do útero, o que contribui com a eliminação do vírus do HPV.

Dentre as desvantagens, podemos citar que nos primeiros 3 meses, o fluxo menstrual pode ser irregular, o que causa incômodos para algumas mulheres no dia a dia. Como o DIU não tem estrogênio (hormônio associado ao aumento do risco de trombose), pode aumentar a oleosidade da pele e piorar a acne em uma porcentagem pequena de usuárias do DIU hormonal.

Uma preocupação comum é referente a fertilidade da mulher que opta pelo DIU hormonal. Esse é um método onde a progesterona é liberada diariamente no útero, e a partir do momento em que o dispositivo é retirado, a fertilidade retorna, não havendo nenhum efeito residual no organismo e nenhum impacto na sua fertilidade.

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Fontes:

Dra. Maria Emilia Barba

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