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DIU


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock) | 9 min. de leitura

Método contraceptivo eficaz e de longa duração que pode ser usado por mulheres que desejam evitar a gravidez sem depender da ingestão diária de pílulas

O Dispositivo Intrauterino (DIU) é um método contraceptivo de longa duração, que pode ou não ter liberação de hormônio, sendo colocado dentro do útero para evitar a gravidez. Esse método tem se popularizado entre as mulheres devido à sua eficácia (superior à da própria laqueadura tubária) e praticidade, pois pode ser utilizado por anos sem precisar de substituição.

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Quais os tipos de DIU?

Atualmente, existem dois tipos de DIU, o hormonal e o não-hormonal (de cobre).

DIU hormonal

Esse dispositivo é colocado no útero, onde libera progesterona lentamente ao longo de cinco anos, sendo muito mais seguro para a mulher, pois não é necessário se lembrar de tomar pílulas ou administrar injeções. Esse hormônio atua no útero promovendo um espessamento do muco cervical, que dificulta a locomoção do espermatozoide e, consequentemente, a fecundação do óvulo.

Entre os DIUs hormonais, estão disponíveis no Brasil o DIU mirena e o DIU kyleena. Ambos diminuem o fluxo menstrual e possuem o mesmo hormônio, o levonorgestrel. A ação hormonal é local no útero e a quantidade de hormônio absorvido é muito baixa. A chance de ficar sem menstruar com o DIU Mirena é de 65% e por isso ele é recomendado para reduzir fluxo menstrual e cólicas.

Já o DIU Kyleena tem menos da metade da quantidade de hormônios que o Mirena, sendo assim a chance de não menstruar com ele é de 59%.

DIU de cobre

Lembrando que, entre os DIUs não hormonais estão disponíveis os DIUs de cobre, DIU de cobre e prata, miniDIU de cobre e miniDIU de cobre e prata.

De formato semelhante ao DIU hormonal, o não hormonal também é colocado dentro do útero, mas não libera hormônios e pode permanecer por até 10 anos, sem substituição. Ele torna o muco cervical mais espesso e o ambiente uterino hostil aos espermatozoides. Também funciona como um espermicida, matando os espermatozoides antes que possam chegar ao óvulo através de um processo inflamatório local.

Um efeito colateral conhecido é o aumento do fluxo menstrual e das cólicas, porém, isso é mais comum em mulheres nuligestas (que não tiveram filhos). O DIU de cobre e prata tem um perfil de efeito colateral mais brando, com um menor aumento do fluxo e das cólicas menstruais.

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Como é inserido o DIU?

O DIU deve ser inserido por um médico treinado, como o médico ginecologista, o que pode ser feito no próprio consultório médico ou, se necessário, no hospital com sedação.

Após a mulher deitar-se em posição ginecológica, o médico insere um espéculo vaginal para manter o canal vaginal aberto e ter acesso ao colo do útero, e após fazer a limpeza do local com uma solução antisséptica, pinçamento do colo do útero e medição do tamanho do útero, insere-se o DIU com o auxílio de um aplicador específico. Por fim, corta-se o fio a 2 cm do colo do útero.

Quando realizada a inserção de DIU no consultório médico, recomenda-se que a paciente esteja menstruada, pois o canal endocervical está mais aberto, o que facilita a inserção.

Mulheres que já realizaram cirurgia no colo do útero, como a cirurgia de CAF, podem apresentar estenose do canal endocervical e necessitar de dilatação do colo do útero ou histeroscopia para inserção do DIU. Esses casos são realizados em hospital com sedação.

Colocar DIU dói?

A colocação pode causar desconforto ou dor pontual em algumas mulheres devido à natureza do procedimento, visto que ele é inserido através do canal do útero, o canal endocervical, que é uma área muito estreita. Além disso, durante o procedimento é necessário fazer o pinçamento do colo uterino, e isso pode causar cólicas na mulher.

Normalmente, o procedimento dura 5 minutos, e a cólica melhora após a inserção.

Por conta disso, para mulheres que tenham uma sensibilidade dolorosa maior é possível realizar a inserção com sedação.  Essa é uma medicação feita endovenosa para a paciente dormir e não sentir dor durante a realização do procedimento. Esses casos precisam ser feitos em sala cirúrgica com acompanhamento do médico anestesista.

Vantagens e desvantagens

Tal como qualquer outro método contraceptivo, o (dispositivo intrauterino) apresenta vantagens e desvantagens que podem variar de acordo com a preferência e as necessidades de cada mulher.

Vantagens

  • Contracepção de longo prazo, sendo 5 anos para o DIU hormonal e 10 anos para o de cobre;
  • Eficácia: o DIU hormonal tem taxa de falha de 0,2% e o DIU de cobre de 0,8% conforme o índice de Pearl, ou seja, 2 a cada 1000 mulheres usuárias de DIU engravidam por ano com o DIU hormonal e 8 a cada 1000 mulheres engravidam por ano com de cobre. Quando ocorre gestação com DIU, normalmente são gestações extrauterinas e não viáveis. Para fins de comparação, 3 em cada 100 mulheres usuárias de pílula engravidam por ano e 16 em cada 100 mulheres usuárias de preservativo engravidam por ano;
  • Redução de sangramento menstrual: o DIU hormonal reduz consideravelmente o sangramento menstrual, sendo uma opção para mulheres que sofrem com fluxos intensos e dolorosos ou com anemia. Em torno de 60% das mulheres com hormonal não menstruam;
  • Não afeta a fertilidade: após a remoção do DIU, a fertilidade é restabelecida imediatamente.

Desvantagens

  • Pode haver dor e desconforto na colocação;
  • O organismo de algumas mulheres pode expelir o DIU do útero, principalmente quando inserido no período pós-parto imediato ou quando há alterações estruturais no útero como miomas;
  • O DIU de cobre pode aumentar as cólicas menstruais;
  • O DIU hormonal pode causar efeitos colaterais, como acne e dor nas mamas.

É importante lembrar que as vantagens e desvantagens do DIU variam de acordo com o tipo de dispositivo e a saúde e estilo de vida de cada mulher, e por isso é recomendado discutir com um ginecologista as opções contraceptivas disponíveis e qual é a melhor escolha para cada caso.

Quando o uso do DIU é indicado?

Ele é indicado como método contraceptivo para mulheres que desejam evitar a gravidez por mais de 6 meses, sem precisar se preocupar diariamente com a ingestão de pílulas anticoncepcionais. Além disso, é uma opção para aquelas que desejam evitar hormônios sintéticos ou que não podem usá-los devido a contraindicações médicas, especialmente eventos tromboembólicos.

Quem não pode colocar o DIU

Existem algumas contraindicações, como:

  • Gravidez conhecida ou suspeita;
  • Neoplasias malignas do útero ou endométrio (câncer);
  • Doença inflamatória pélvica ativa;
  • Malformação congênita;
  • Risco ou presença de Infecção Sexualmente Transmissível.

Cuidados após a implantação

Após a colocação do DIU, é importante seguir alguns cuidados para garantir a eficácia do método contraceptivo e evitar complicações, tais como:

  • Evitar atividade física intensa ou levantamento de peso nas primeiras 24 horas após a colocação;
  • Usar absorventes externos em vez de internos nos primeiros dias após a colocação;
  • Realizar ultrassonografia transvaginal para confirmar o posicionamento do DIU e evitar relação sexual desprotegida até a confirmação;
  • Observar a presença de sinais de infecção, como febre, dor abdominal intensa, corrimento vaginal com odor forte e/ou alterações no sangramento menstrual;

Além disso, é importante saber que logo após a inserção do DIU é comum sentir cólicas e notar sangramentos vaginais. O ginecologista deve prescrever medicamentos que ajudem a controlar a dor durante o período.

Como é a remoção do DIU?

A remoção do DIU é um procedimento simples e rápido que pode ser realizado pelo médico em consultório. O processo envolve a colocação do espéculo vaginal, o mesmo utilizado para coleta do preventivo e o uso de uma pinça para localizar e pinçar o fio do dispositivo e, em seguida, puxá-lo suavemente para fora do canal vaginal. Após a remoção é importante seguir as instruções do médico acerca do uso de outro método contraceptivo e marcar um acompanhamento para verificar a saúde reprodutiva. Também é possível fazer após a retirada a colocação de um novo DIU no mesmo procedimento.

Qual o valor do DIU?

O valor da inserção varia conforme o tipo do dispositivo, por exemplo, já que os DIUs hormonais têm um custo maior do que os DIU de cobre ou de cobre e prata. Outros fatores que influenciam no valor são o médico escolhido, o local onde será realizada a inserção (consultório ou hospital) e se o procedimento será realizado com ou sem sedação.

Na primeira consulta de avaliação, é indicado qual o melhor DIU para o seu caso e realizado o orçamento.

Qual a chance de engravidar?

A taxa de falha é baixa, sendo de 0,2% com o hormonal e 0,8% com o DIU de cobre. Contudo, os fatores que podem aumentar o risco de gravidez, como a colocação inadequada e a expulsão do dispositivo, sendo fundamental realizar a inserção com um médico experiente e fazer o acompanhamento conforme orientação do especialista. Se uma mulher com DIU suspeitar de gravidez, ela deve procurar atendimento médico imediatamente.

Essa taxa é calculada conforme o Índice de Pearl, uma medida utilizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para determinar a eficácia de um método contraceptivo. Ele representa o número de mulheres que engravidam durante o primeiro ano de uso de um determinado método contraceptivo, por cada 100 mulheres que utilizam o método, sendo que quanto menor o Índice de Pearl, menor a taxa de falha e maior a eficácia do método contraceptivo.

Dado que o DIU hormonal tem um Índice de Pearl de 0,2 e laqueadora tubária de 0,5, ele é considerado um dos métodos contraceptivos mais seguros que existe.

Quem usa DIU menstrua?

Depende do tipo. A maioria das mulheres que utilizam o DIU hormonal não menstrua (65% das mulheres que usam DIU Mirena não menstruam e 59% das mulheres que usam DIU Kyleena não menstruam). Já com o de cobre ou de cobre mais prata, a mulher menstrua normalmente, mas algumas pacientes podem, de fato, ter alterações no padrão menstrual, como a intensificação do fluxo com cólicas mais fortes, pois cada mulher tem uma resposta diferente ao uso do DIU e é normal que o organismo precise de adaptação nos primeiros meses após a inserção.

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Fontes:

Febrasgo

Manual MSD

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