O pólipo endocervical é um crescimento benigno no colo do útero, frequentemente assintomático, que pode causar sangramentos anormais e requer avaliação médica
O pólipo endocervical é uma pequena projeção de tecido que se forma no canal do colo do útero (parte inferior do útero que se conecta à vagina). Essa é uma formação geralmente benigna e que pode variar em tamanho, aparecendo como uma estrutura semelhante a um caule, pediculado. A estimativa é que 2% a 5% das mulheres apresentam pólipo endocervical em algum momento da sua vida.
Embora muitos pólipos endocervicais não causem sintomas, alguns podem resultar em sangramentos anormais, como sangramento entre os períodos menstruais ou após relações sexuais. O acompanhamento de um profissional de saúde é importante para descartar a possibilidade de condições mais sérias. Entenda melhor a seguir.
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Como se forma um pólipo endocervical?
O pólipo endocervical se forma a partir do crescimento excessivo de células no revestimento do canal cervical. Embora as causas exatas do desenvolvimento desses pólipos não sejam completamente compreendidas, alguns fatores podem contribuir para sua formação.
Um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento do pólipo endocervical é a inflamação crônica, que pode resultar de infecções cervicais, como cervicite, ou de condições que afetam a saúde do colo do útero. Além disso, os desequilíbrios hormonais, especialmente aqueles relacionados aos níveis de estrogênio, por exemplo, no período do climatério, podem influenciar o crescimento celular.
Quais são os sintomas de quem tem pólipo no colo do útero?
O pólipo endocervical, na maioria das vezes, não é uma alteração que apresenta sintomas. Por ser assintomática, a condição é frequentemente descoberta durante exames ginecológicos de rotina.
O que o pólipo uterino pode causar?
O pólipo endocervical pode estar associado a alguns sintomas e complicações, como:
- Sangramento durante a relação sexual;
- Potencial de malignidade;
- Sangramento anormal entre os períodos menstruais ou sangramento mais intenso durante a menstruação;
- Corrimento vaginal anormal, que pode ser acompanhado por outros sinais de inflamação;
- Desconforto ou dor na região pélvica;
- Infertilidade.
Ao identificar esses sintomas, é importante que a mulher busque uma ginecologista para avaliação e diagnóstico adequados.
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O pólipo endocervical é perigoso?
O pólipo endocervical é, em geral, considerado benigno. Ele se forma no colo do útero e é composto por tecido glandular. A maioria dos pólipos não causa sintomas e não apresenta risco significativo à saúde. No entanto, em alguns casos, podem causar sangramentos anormais ou desconforto.
Apesar disso, em alguns casos, os pólipos podem ser malignos ou podem ser hiperplasia, um tipo de alteração celular que aumenta o risco de câncer. Por isso, é importante que sejam avaliados por um médico ginecologista especialista em endoscopia ginecológica, especialmente se houver mudanças nos sintomas ou se forem encontrados durante exames de rotina. A remoção do pólipo costuma ser recomendada, principalmente se houver preocupações ou se ele causar sintomas.
Em resumo, por mais que a presença de um pólipo endocervical não seja geralmente perigosa, a monitorização e a avaliação médica são sempre aconselháveis.
Como o diagnóstico é realizado?
O diagnóstico de pólipos endocervicais é geralmente realizado por meio de:
- Exame ginecológico: durante o exame especular, o médico pode identificar sinais ou suspeitar de pólipos, como alterações visíveis no colo do útero;
- Colposcopia: esse exame permite uma visualização mais detalhada do colo do útero e consegue identificar pólipos claramente, mesmo os pequenos que se exteriorizam pelo colo uterino. O médico utiliza um instrumento chamado colposcópio, que amplia a imagem, facilitando a identificação de pólipos e outras anormalidades. Os pólipos podem ser vistos no canal do colo do útero ou na superfície do colo;
- Biópsia do pólipo para examinar o tecido e descartar a possibilidade de malignidade.
Esses métodos ajudam a confirmar a presença de pólipos e a avaliar a necessidade de tratamento.
Qual é o tratamento do pólipo endocervical?
O tratamento do pólipo endocervical envolve a remoção da formação, e isso pode ser feito de várias maneiras:
- Retirada no consultório: para pólipos menores, a remoção pode ser realizada no consultório do ginecologista. O procedimento é relativamente simples e geralmente é feito sob visão do colposcópio para garantir uma remoção completa do pólipo;
- Retirada em centro cirúrgico: se o pólipo for grande (geralmente maior do que 3 cm) ou se houver risco de complicações, como sangramento em excesso, a remoção pode precisar ser feita em um ambiente cirúrgico, sob anestesia geral ou
Após a remoção, o tecido deve ser enviado para análise para descartar possíveis alterações malignas. O médico também pode monitorar e fornecer orientações sobre cuidados que devem ser tomados após o procedimento.
Como o tratamento cirúrgico é realizado?
O tratamento cirúrgico para remoção de pólipos endocervicais é chamado de polipectomia. Para pólipos pequenos, o médico ginecologista utiliza uma pinça de biópsia de colo uterino ou uma alça de cirurgia de alta frequência para cortar e cauterizar a base do pólipo, ajudando a controlar o sangramento.
Para pólipos maiores ou que estão dentro do canal endocervical, não sendo visíveis no exame ginecológico, costuma ser realizada uma histeroscopia cirúrgica, na qual o pólipo é removido completamente. Nesse caso, um histeroscópio é inserido pela vagina e pelo colo do útero, permitindo ao médico visualizar e remover o pólipo com precisão.
Após a polipectomia, a recuperação é normalmente rápida, porém o médico costuma recomendar evitar relações sexuais e atividades físicas intensas por alguns dias para garantir uma boa cicatrização.
Para saber mais a respeito dos pólipos endocervicais e tirar suas dúvidas sobre os tratamentos, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Emília de Barba.
Fontes: