Quando a colposcopia é indicada?

Importante exame para a avaliação de lesões genitais femininas, a colposcopia deve ser realizada por um profissional experiente

A colposcopia é um procedimento médico realizado no consultório do ginecologista para examinar visualmente e de forma ampliada o colo do útero, a vagina e a vulva. Assim, trata-se de um exame de grande importância para detectar precocemente alterações celulares que possam indicar lesões pré-cancerígenas ou cancerígenas nessas regiões.

Quero realizar a colposcopia!

Como a colposcopia é feita?

Quando a colposcopia é indicada, ela é feita no consultório médico. Para tanto, a mulher é colocada em posição ginecológica na maca e o profissional insere um espéculo, ferramenta que permite abrir e visualizar melhor o canal vaginal e o colo do útero. Na sequência, realiza-se uma limpeza local com soro fisiológico e posiciona-se o colposcópio na frente da região genital feminina de tal forma que o médico consiga observar todas as estruturas íntimas.

Além disso, a depender do objetivo do exame, pode-se aplicar soluções específicas sobre o colo uterino, como o ácido acético ou o iodo, que permitem avaliar áreas que indicam lesões possivelmente neoplásicas. E, se for preciso, aproveita-se o momento do exame para realizar a biópsia do tecido ou outros procedimentos que sejam necessários.

Quando a colposcopia é indicada?

São diversas as situações ginecológicas que demandam a realização de uma colposcopia, sendo estas as principais:

• Alterações no exame preventivo (Papanicolau);
• Verrugas genitais;
• Quadros de sangramento vaginal;
• Pesquisa de tumores;
• Inflamação do colo do útero;
• Pesquisa do vírus HPV (papilomavírus humano) positivo;
• Controle pós-tratamento de lesões causadas pelo vírus do HPV.

Cuidados pré-procedimento

Primeiramente, é preciso que o médico seja informado sobre qualquer condição de saúde da paciente, medicamentos que esteja tomando e alergias que possa ter. Além disso, quando a colposcopia é indicada, deve-se realizar o agendamento preferencialmente para uma data em que a paciente não esteja menstruada, dado que é um exame de observação visual.

Em casos de mulheres que estejam no climatério ou após a menopausa, é importante que seja feito preparo com estrogênio via vaginal por pelo menos 14 dias antes do exame, para evitar que a atrofia e o ressecamento da menopausa causem falsas alterações e atrapalhem a identificação de lesões reais.

O mesmo é recomendado no caso de infecções genitais ou corrimento, como candidíase e vaginose bacteriana. É importante que seja feito o tratamento antes da realização do exame.

Outras recomendações que devem ser seguidas para garantir um resultado mais satisfatório são a de evitar ter relações sexuais 24 horas antes e a de não fazer ducha vaginal ou depilar a região genital nas 72 horas que antecedem o procedimento.

Cuidados pós-procedimento

Após a realização da colposcopia, é importante seguir alguns cuidados para garantir uma recuperação adequada, como tomar analgésicos ou anti-inflamatórios devidamente prescritos e usar absorvente íntimo, caso haja sangramento ou corrimento. Assim, dado que a maioria dos sintomas é leve, não há necessidade de fazer repouso absoluto.

Por outro lado, a depender da manipulação da área (como em casos de biópsia), deve-se evitar relações sexuais por até 4 dias ou pelo período orientado pelo médico.

Quem faz colposcopia precisa de repouso?

Não é preciso fazer repouso após o procedimento.

Posso trabalhar?

Sim. Quem faz colposcopia pode voltar a trabalhar no mesmo dia.

Qual profissional realiza a colposcopia?

Esse é um procedimento direcionado à avaliação da genitália externa feminina, do canal vaginal e do colo uterino; portanto, quando a colposcopia é indicada, ela deve ser realizada por um ginecologista, preferencialmente especializado em Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia e com Título de Especialista nessa área.

O que se descobre com a colposcopia?

Durante a colposcopia, o médico pode observar uma série de aspectos e características teciduais que fornecem informações importantes sobre a saúde ginecológica, sendo que os principais achados incluem:

• Anormalidades no colo uterino que podem indicar lesões neoplásicas intraepiteliais (NIC);
• Anormalidades no canal vaginal que podem indicar lesões neoplásicas intraepiteliais (NIVA);
• Anormalidades na vulva que podem indicar lesões neoplásicas intraepiteliais (NIV);
• Condilomas ou verrugas;
• Pólipos do colo do útero, da vagina ou da vulva;
• Vasos sanguíneos anormais;
• Úlceras;
• Ectopia do colo do útero;
• Alterações de pele da vulva, como áreas esbranquiçadas ou com alteração na anatomia que sugiram líquen vulvar;
• Endometriose no colo do útero;
• Manchas ou pintas anormais que possam indicar lesão pré-câncer e até mesmo câncer.

Quando é necessário fazer uma biópsia?

Quando a colposcopia é indicada, é comum haver a necessidade de realizar uma biópsia durante o procedimento, principalmente quando o Papanicolau está alterado ou quando a aplicação dos líquidos da colposcopia (ácido acético ou iodo) indica alguma alteração.

Assim, se durante o procedimento forem identificadas alterações, deve-se realizar uma biópsia e enviar o material para uma análise laboratorial, o que é chamado de exame anatomopatológico, pois tais achados podem indicar a presença de lesões pré-cancerígenas ou cancerígenas. Outra situação em que a biópsia se faz necessária é quando a colposcopia é solicitada para acompanhar lesões pré-cancerígenas previamente conhecidas.

Perguntas frequentes

Qual é a diferença entre Papanicolau e colposcopia?

O Papanicolau (colpocitologia oncótica) é um exame de rastreio cujo objetivo é identificar alterações celulares no colo do útero, vagina e vulva que podem indicar a presença de lesões pré-cancerígenas ou cancerígenas. Seu resultado não é imediato, pois depende de análise laboratorial. Já a colposcopia é um exame indicado para avaliar visualmente as lesões do colo uterino e, para isso, utiliza-se um equipamento que aumenta a imagem. Seu resultado depende principalmente da experiência do médico.

Quais são os possíveis resultados de uma colposcopia com biópsia?

Os possíveis resultados a serem obtidos com uma biópsia quando a colposcopia é indicada são:

• Ausência de anormalidades — entre elas, cervicite crônica;
• Lesões pré-cancerígenas (NIC, NIVA, NIV);
• Condiloma acuminado (verruga genital);
• Câncer escamoso do colo do útero;
• Adenocarcinoma do colo do útero;
• Câncer de vagina;
• Alterações sugestivas de infecção pelo vírus HPV, como coilocitose.

Em quantos dias fica pronto?

O resultado da colposcopia é obtido na hora, pois é um procedimento que depende exclusivamente da observação das estruturas anatômicas. Por outro lado, o resultado da biópsia, quando necessária, pode demorar cerca de 2 a 3 semanas para ficar pronto, variando conforme a disponibilidade dos laboratórios.

Qual é o melhor período para fazer a colposcopia?

Apesar de poder ser realizada inclusive no período menstrual, o melhor momento para fazer a colposcopia é fora do período menstrual, de modo que não haja aumento do sangramento em caso de necessidade de biópsia.

 É normal sentir dor após o exame de colposcopia?

Quando a colposcopia é indicada com biópsia simultânea, pode-se sentir uma cólica leve no momento da realização da biópsia, porém ela costuma cessar em até 1 dia e melhorar com o uso de medicações sintomáticas.

Agende já sua colposcopia com a Dra. Maria Emília, que é especialista em Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia.

Fontes:

Febrasgo

Associação Médica Brasileira