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Quais são os riscos do mioma no útero?


Mulher segurando imagem ilustrativa de útero com dores.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

8 março, 2024 |

| 6 min. de leitura

A condição é extremamente frequente entre as mulheres, mas quando sintomático o mioma gera preocupações à paciente

Os miomas uterinos, ou leiomiomas, são tumores benignos (não cancerígenos) que se desenvolvem no útero de aproximadamente 80% das mulheres em idade reprodutiva, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Porém, dentre todas essas mulheres, apenas um terço tem sintomas associados a esses tumores, o que costuma gerar muita ansiedade e preocupação sobre os riscos do mioma no útero. Conheça-os neste conteúdo.

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Principais sintomas de mioma no útero

75% das mulheres com mioma uterino são assintomáticas e têm tumores pequenos. Isso permite afirmar que a gravidade dos sintomas está diretamente relacionada ao tamanho, à quantidade e à localização dos miomas, de tal forma que quanto mais intensas são as queixas, maiores são os riscos do mioma no útero.

Afinal, uma sintomatologia exuberante geralmente se relaciona a um tumor grande, compressível e que gera dor e sangramento excessivos. Portanto, embora a sintomatologia seja bastante variável, é importante estar atenta às queixas mais frequentes das mulheres com leiomioma, como dor pélvica e menstruação anormal.

Dor pélvica

Um dos sintomas mais comuns em mulheres com miomas uterinos é a dor pélvica, que costuma ser mais intensa durante o ciclo menstrual, e estar associada a sangramento aumentado e a leiomiomas submucosos, localizados na camada da menstruação — o que, por si só, aumenta os riscos do mioma no útero e suas complicações.

Menstruação anormal

Os miomas uterinos podem levar a alterações no padrão menstrual da mulher, sendo uma das principais causas de sangramento uterino aumentado, tanto em volume de sangue (sangramento com coágulos) quanto em tempo de menstruação. Assim, o sangramento excessivo não controlado é um dos principais riscos do mioma no útero, pois pode causar desde anemia leve a grave com necessidade até mesmo de transfusão sanguínea.

Aumento do volume abdominal

Os miomas apresentam uma velocidade de crescimento compatível com o seu tamanho, ou seja, quanto maiores, maior a velocidade de crescimento. O tamanho normal do útero é até 140 cm³ ou 140 gramas, porém útero miomatosos podem atingir 20 vezes esse tamanho, o que causa além de aumento do volume abdominal, sintomas compressivos pelo tamanho do útero como indisposição gástrica e refluxo.

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Riscos do mioma no útero

Assim como os sintomas, os riscos do mioma no útero também têm relação direta com o tamanho e a localização do tumor.

Complicações na gravidez e fertilidade

O tipo de mioma uterino que mais se associa à infertilidade e complicações gestacionais — incluindo abortamento e prematuridade — é o submucoso, um tipo de mioma que atinge a cavidade do útero, causando alteração na parte do útero onde fica o bebê.

Com isso, o embrião tem mais dificuldade para se implantar, resultando em infertilidade (um dos maiores riscos do mioma no útero para a vida da mulher).

Impacto na qualidade de vida

A dor pélvica, o sangramento descontrolado, a infertilidade e todas as outras complicações já citadas são questões que não devem ficar de fora quando o assunto são os riscos do mioma no útero. Afinal, é uma condição que afeta mulheres no auge da idade produtiva e reprodutiva, de tal forma que conviver com o leiomioma causa grandes impactos em sua rotina, lazer, trabalho e relacionamentos.

Anemia devido a sangramento excessivo

Por fim, é fundamental citar a anemia como um dos mais importantes riscos do mioma no útero, pois o sangramento menstrual excessivo e incontrolável gera uma perda sanguínea que pode necessitar até mesmo de transfusão sanguínea, dependendo do volume da perda.

Além disso, a anemia causa fraqueza, queda da imunidade e aumento do risco de infarto do miocárdio. Também vale lembrar que caso a paciente precise de transfusões sanguíneas, esse é um procedimento que não é livre de riscos.

Diagnóstico e tratamentos do mioma uterino

O diagnóstico de mioma uterino é realizado pelo médico ginecologista através de exames de imagem, sendo a ultrassonografia pélvica via transvaginal o exame de primeira linha para diagnosticar essa condição, segundo a Febrasgo. Porém, outros exames também podem ser realizados com esse intuito, como a ressonância magnética e a histeroscopia.

Já a escolha pelo tratamento do mioma uterino depende diretamente da gravidade dos sintomas e do desejo reprodutivo da paciente, podendo incluir:

  • Conduta expectante, ou seja, apenas observar o comportamento do mioma e acompanhar regularmente;
  • Hormônios orais;
  • Anti-inflamatórios e analgésicos;
  • Uso de DIU hormonal;
  • Uso de implantes anticoncepcionais;
  • Miomectomia, a cirurgia de retirada do mioma (por histeroscopia ou por via abdominal;
  • Histerectomia, cirurgia para retirar o útero;
  • Embolização de vasos sangrantes (para mulheres sem condições de saúde para se submeter a histerectomia).

Riscos de mioma no útero: pode ser sinal de câncer?

Quando se fala em riscos do mioma no útero, a maioria das mulheres com esse diagnóstico querem saber sobre a possibilidade de um leiomioma se tornar câncer, sendo esse seu maior medo. Porém, embora essa lesão seja, de fato, um tumor, ele não tem a característica de se tornar maligno, ou seja, o mioma de útero não se torna câncer!

Assim, miomas são tumores benignos e frequentes, já os sarcomas são tumores malignos do útero e raros. A diferenciação entre um e outro no exame de imagem é feita pela velocidade de crescimento, pois enquanto os miomas crescem lentamente, os sarcomas crescem de forma acelerada. Dessa forma, quando é identificado pela primeira vez um mioma no exame de imagem, como no ultrassom, é recomendado repetir o exame 3 meses após para avaliar a velocidade de crescimento.

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É perigoso o nódulo no útero?

Os miomas são formações benignas que, quando geram muitos sintomas, devem ser removidos por cirurgia para melhorar a qualidade de vida e reduzir complicações à saúde da mulher.

Porém, para ter essa tranquilidade e a certeza de que os riscos do mioma no útero não envolvem câncer, é preciso diferenciá-los de sarcomas, que são tumores uterinos cancerígenos, porém raros (representam menos de 5% dos tumores malignos de útero).

Assim, escolher um ginecologista experiente na área é fundamental para ter um acompanhamento médico e garantir que o diagnóstico seja assertivo.

O que acontece se eu não tirar o mioma?

Após a menopausa, fase da vida da mulher que simboliza o final da vida reprodutiva, o útero tende a reduzir de tamanho, e os miomas costumam acompanhar esse movimento. Assim sendo, se os miomas continuarem a ser assintomáticos não há necessidade de removê-los cirurgicamente, apenas se os sintomas se manifestarem ou o mioma causar alguma complicação nova.

O que o mioma pode causar na mulher?

Os sintomas e riscos do mioma no útero podem variar, também, conforme o tipo dessa tumoração, que pode ser:

  • Mioma submucoso: fica na parte interna da parede uterina, podendo formar abaulamento na cavidade uterina, consequentemente mais sintomas e complicações, como infertilidade, abortamento, sangramento excessivo, anemia e cólicas;
  • Mioma intramural: localiza-se bem no meio do útero, na camada muscular uterina. Seu crescimento pode atingir a camada submucosa ou serosa;
  • Mioma subseroso: por se localizar na parte mais externa do útero, costuma não causar sintomas, a menos que cresça muito a ponto de comprimir algum órgão.

Entre em contato agora mesmo e agende sua consulta com a Dra. Maria Emília.

 

Fontes:

Febrasgo

AMB

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