A condição é extremamente frequente entre as mulheres, mas quando sintomático o mioma gera preocupações à paciente
Os miomas uterinos, ou leiomiomas, são tumores benignos (não cancerígenos) que se desenvolvem no útero de aproximadamente 80% das mulheres em idade reprodutiva, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Porém, dentre todas essas mulheres, apenas um terço tem sintomas associados a esses tumores, o que costuma gerar muita ansiedade e preocupação sobre os riscos do mioma no útero. Conheça-os neste conteúdo.
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Principais sintomas de mioma no útero
75% das mulheres com mioma uterino são assintomáticas e têm tumores pequenos. Isso permite afirmar que a gravidade dos sintomas está diretamente relacionada ao tamanho, à quantidade e à localização dos miomas, de tal forma que quanto mais intensas são as queixas, maiores são os riscos do mioma no útero.
Afinal, uma sintomatologia exuberante geralmente se relaciona a um tumor grande, compressível e que gera dor e sangramento excessivos. Portanto, embora a sintomatologia seja bastante variável, é importante estar atenta às queixas mais frequentes das mulheres com leiomioma, como dor pélvica e menstruação anormal.
Dor pélvica
Um dos sintomas mais comuns em mulheres com miomas uterinos é a dor pélvica, que costuma ser mais intensa durante o ciclo menstrual, e estar associada a sangramento aumentado e a leiomiomas submucosos, localizados na camada da menstruação — o que, por si só, aumenta os riscos do mioma no útero e suas complicações.
Menstruação anormal
Os miomas uterinos podem levar a alterações no padrão menstrual da mulher, sendo uma das principais causas de sangramento uterino aumentado, tanto em volume de sangue (sangramento com coágulos) quanto em tempo de menstruação. Assim, o sangramento excessivo não controlado é um dos principais riscos do mioma no útero, pois pode causar desde anemia leve a grave com necessidade até mesmo de transfusão sanguínea.
Aumento do volume abdominal
Os miomas apresentam uma velocidade de crescimento compatível com o seu tamanho, ou seja, quanto maiores, maior a velocidade de crescimento. O tamanho normal do útero é até 140 cm³ ou 140 gramas, porém útero miomatosos podem atingir 20 vezes esse tamanho, o que causa além de aumento do volume abdominal, sintomas compressivos pelo tamanho do útero como indisposição gástrica e refluxo.
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Riscos do mioma no útero
Assim como os sintomas, os riscos do mioma no útero também têm relação direta com o tamanho e a localização do tumor.
Complicações na gravidez e fertilidade
O tipo de mioma uterino que mais se associa à infertilidade e complicações gestacionais — incluindo abortamento e prematuridade — é o submucoso, um tipo de mioma que atinge a cavidade do útero, causando alteração na parte do útero onde fica o bebê.
Com isso, o embrião tem mais dificuldade para se implantar, resultando em infertilidade (um dos maiores riscos do mioma no útero para a vida da mulher).
Impacto na qualidade de vida
A dor pélvica, o sangramento descontrolado, a infertilidade e todas as outras complicações já citadas são questões que não devem ficar de fora quando o assunto são os riscos do mioma no útero. Afinal, é uma condição que afeta mulheres no auge da idade produtiva e reprodutiva, de tal forma que conviver com o leiomioma causa grandes impactos em sua rotina, lazer, trabalho e relacionamentos.
Anemia devido a sangramento excessivo
Por fim, é fundamental citar a anemia como um dos mais importantes riscos do mioma no útero, pois o sangramento menstrual excessivo e incontrolável gera uma perda sanguínea que pode necessitar até mesmo de transfusão sanguínea, dependendo do volume da perda.
Além disso, a anemia causa fraqueza, queda da imunidade e aumento do risco de infarto do miocárdio. Também vale lembrar que caso a paciente precise de transfusões sanguíneas, esse é um procedimento que não é livre de riscos.
Diagnóstico e tratamentos do mioma uterino
O diagnóstico de mioma uterino é realizado pelo médico ginecologista através de exames de imagem, sendo a ultrassonografia pélvica via transvaginal o exame de primeira linha para diagnosticar essa condição, segundo a Febrasgo. Porém, outros exames também podem ser realizados com esse intuito, como a ressonância magnética e a histeroscopia.
Já a escolha pelo tratamento do mioma uterino depende diretamente da gravidade dos sintomas e do desejo reprodutivo da paciente, podendo incluir:
- Conduta expectante, ou seja, apenas observar o comportamento do mioma e acompanhar regularmente;
- Hormônios orais;
- Anti-inflamatórios e analgésicos;
- Uso de DIU hormonal;
- Uso de implantes anticoncepcionais;
- Miomectomia, a cirurgia de retirada do mioma (por histeroscopia ou por via abdominal;
- Histerectomia, cirurgia para retirar o útero;
- Embolização de vasos sangrantes (para mulheres sem condições de saúde para se submeter a histerectomia).
Riscos de mioma no útero: pode ser sinal de câncer?
Quando se fala em riscos do mioma no útero, a maioria das mulheres com esse diagnóstico querem saber sobre a possibilidade de um leiomioma se tornar câncer, sendo esse seu maior medo. Porém, embora essa lesão seja, de fato, um tumor, ele não tem a característica de se tornar maligno, ou seja, o mioma de útero não se torna câncer!
Assim, miomas são tumores benignos e frequentes, já os sarcomas são tumores malignos do útero e raros. A diferenciação entre um e outro no exame de imagem é feita pela velocidade de crescimento, pois enquanto os miomas crescem lentamente, os sarcomas crescem de forma acelerada. Dessa forma, quando é identificado pela primeira vez um mioma no exame de imagem, como no ultrassom, é recomendado repetir o exame 3 meses após para avaliar a velocidade de crescimento.
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É perigoso o nódulo no útero?
Os miomas são formações benignas que, quando geram muitos sintomas, devem ser removidos por cirurgia para melhorar a qualidade de vida e reduzir complicações à saúde da mulher.
Porém, para ter essa tranquilidade e a certeza de que os riscos do mioma no útero não envolvem câncer, é preciso diferenciá-los de sarcomas, que são tumores uterinos cancerígenos, porém raros (representam menos de 5% dos tumores malignos de útero).
Assim, escolher um ginecologista experiente na área é fundamental para ter um acompanhamento médico e garantir que o diagnóstico seja assertivo.
O que acontece se eu não tirar o mioma?
Após a menopausa, fase da vida da mulher que simboliza o final da vida reprodutiva, o útero tende a reduzir de tamanho, e os miomas costumam acompanhar esse movimento. Assim sendo, se os miomas continuarem a ser assintomáticos não há necessidade de removê-los cirurgicamente, apenas se os sintomas se manifestarem ou o mioma causar alguma complicação nova.
O que o mioma pode causar na mulher?
Os sintomas e riscos do mioma no útero podem variar, também, conforme o tipo dessa tumoração, que pode ser:
- Mioma submucoso: fica na parte interna da parede uterina, podendo formar abaulamento na cavidade uterina, consequentemente mais sintomas e complicações, como infertilidade, abortamento, sangramento excessivo, anemia e cólicas;
- Mioma intramural: localiza-se bem no meio do útero, na camada muscular uterina. Seu crescimento pode atingir a camada submucosa ou serosa;
- Mioma subseroso: por se localizar na parte mais externa do útero, costuma não causar sintomas, a menos que cresça muito a ponto de comprimir algum órgão.
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Fontes: