Agende sua consulta
Fale conosco pelo WhatsApp

Sintomas mais comuns da atrofia vaginal?


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

9 março, 2023 | | 4 min. de leitura

Embora a atrofia vaginal seja uma alteração natural da genitália feminina, os seus sintomas impactam diretamente a qualidade de vida da mulher

Alguns eventos naturais na vida da mulher, como a menopausa e o período pós-parto, causam importantes alterações na produção dos hormônios, principalmente uma redução de estrogênio. Esse quadro leva a mudanças estruturais da parede vaginal e impacta diretamente a qualidade de vida e as relações sexuais da mulher, pois entre os sintomas da atrofia vaginal estão o ressecamento da genitália e a coceira intensa.

Quais os principais sintomas?

Os principais sintomas da atrofia vaginal, que ocorrem devido à baixa produção de estrogênio pelo organismo feminino, são:

  • Secura vaginal;
  • Dor e sangramento durante o contato íntimo;
  • Sangue na urina;
  • Aumento da frequência urinária ou incontinência urinária;
  • Coceira e irritação vaginal;
  • Corrimento amarelado e com mau cheiro;
  • Redução da libido;
  • Infecção urinária de repetição.

O que causa atrofia vaginal?

A atrofia vaginal é causada por uma mudança hormonal que ocorre naturalmente no organismo de todas as mulheres: a diminuição na produção de hormônios sexuais, principalmente o estrogênio, levando a uma série de sintomas da atrofia vaginal.

Esses sintomas surgem porque o hipoestrogenismo (baixa produção de estrogênio) causa alterações na estrutura da parede vaginal, deixando-a mais fina e frágil, e na composição da microbiota vaginal, que é responsável pela manutenção do pH ácido na genitália feminina. Como consequência dessas mudanças estruturais e bioquímicas, a vagina torna-se mais ressecada, o que justifica as dores durante a relação sexual, a coceira intensa e as infecções urinárias de recorrência devido à criação de um ambiente mais propício à proliferação bacteriana.

Quando suspeitar de atrofia genital?

Além dos já citados sintomas da atrofia vaginal, qualquer alteração notada no órgão genital feminino deve ser investigada por um ginecologista, que a partir de um exame físico consegue confirmar o diagnóstico. Nessa oportunidade, o médico faz uma avaliação visual da vulva — a ectoscopia — e realiza o exame especular para visualizar também as paredes vaginais e o colo do útero. Em alguns casos, outros exames podem ser solicitados, como a citologia oncótica e a vulvoscopia.

Porém, deve-se suspeitar também de atrofia genital quando há uma recorrência de infecções urinárias. Como a mucosa vaginal fica mais fina e há uma redução na vascularização e lubrificação genital, cria-se um ambiente favorável para a proliferação de bactérias patogênicas (principalmente após relações sexuais), que ascendem ao trato urinário, causando infecções urinárias de repetição como um dos sintomas da atrofia vaginal.

Qual o tratamento da atrofia genital?

Dado que a causa da atrofia genital é um desbalanço hormonal, o tratamento inicial para esse quadro é o uso do hormônio estrogênio intravaginal, que, assim como os hidratantes vaginais, visa ajudar a amenizar os sintomas da atrofia vaginal. Porém, a aplicação tópica de estrogênio é contraindicada para algumas mulheres, como, por exemplo, no caso de história prévia de câncer de mama, de tal forma que é fundamental fazer o tratamento com orientações médicas de um ginecologista.

Outro ponto que impacta no resultado é a baixa adesão ao tratamento por desconforto no uso intravaginal ou falta de consistência de uso. Estudos mostram que menos de 50% das mulheres fazem uso regular da pomada de hormônio, a qual precisa ser aplicada 2x por semana regularmente.

Além do uso intravaginal de hormônio, os sintomas da atrofia vaginal podem ser resolvidos com o laser de rejuvenescimento íntimo, procedimento também realizado pelo ginecologista em caráter ambulatorial, ou seja, no próprio consultório. Esse tratamento estimula a produção do colágeno (proteína estrutural) a partir de ondas de calor e aumenta a vascularização local, o que colabora também para um aumento da lubrificação vaginal, melhora do trofismo (qualidade) da mucosa vaginal e redução das infecções urinárias e dos corrimentos.

A vantagem do laser é o resultado duradouro. Diferente da pomada de hormônio que precisa ser aplicada regularmente, o laser tem duração de efeito de 24 meses. Em geral são feitas 3 sessões, com intervalo de 1 mês entre elas e 1 sessão de manutenção após 12 meses, para manter o efeito sustentado nesses 2 anos. Além disso, por ser livre de hormônios, não apresenta contraindicações sendo utilizado tanto em mulheres pós-parto, quanto mulheres no climatério e pós menopausa, independente do histórico de câncer de mama.

Por fim, há também a opção de radiofrequência para o tratamento desse quadro, que, assim como o laser, utiliza ondas de calor para estimular a produção de colágeno. Porém, trata-se de um procedimento mais doloroso que o laser de rejuvenescimento íntimo e por esse motivo acaba sendo menos utilizado para essa finalidade.

Para saber mais sobre esse e demais assuntos, entre em contato com a Dra. Maria Emília.

Fontes:

– Associação Brasileira de Cosmetoginecologia

Dra. Maria Emília

Quero que você se sinta confortável.

QUERO MARCAR UMA CONSULTA