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Tratamento de líquen vulvar


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

1 janeiro, 2024 |

| 5 min. de leitura

O uso de laser e até mesmo de células tronco são opções inovadoras para o tratamento de líquen vulvar

Ao longo dos anos, o líquen escleroso vulvar tem sido tradicionalmente tratado com pomadas de corticoides e cremes hormonais, principalmente porque a maior parte das mulheres que sofrem com essa condição são aquelas que já estão na menopausa. Porém, novas formas de tratamento de líquen vulvar surgiram na última década para oferecer resultados melhores e com menos efeito colateral.

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O que é líquen escleroso?

O líquen escleroso é uma condição inflamatória crônica da pele que pode afetar diversas áreas do corpo, sendo bastante comum na região genital feminina, incluindo a vulva. Embora seja um quadro que pode acometer mulheres de todas as idades, principalmente nos extremos da vida reprodutiva, o líquen escleroso é mais prevalente em mulheres na pós-menopausa, sendo mais incomum em crianças.

Quais são os sintomas?

O principal sintoma característico do líquen escleroso vulvar é, sem dúvidas, o prurido, ou seja, uma coceira intensa na área genital externa, que frequentemente se associa ao aparecimento de placas brancacentas. Além disso, é comum que o ato de coçar para aliviar o desconforto do quadro cause lesões e fissuras na vulva, o que pode facilitar surgimento de infecções secundárias. O grande problema do líquen é a distorção que causa na anatomia da vulva, como o apagamento dos pequenos lábios, os quais se fundem aos grandes lábios até desaparecerem por completo, encarceramento do clitóris e até mesmo fechamento do canal vaginal. Além disso, o líquen escleroso, também chamado de liquen esclero-atrófico é um fato de risco para câncer de vulva e, por esses motivos, o tratamento de líquen vulvar é fundamental.

Assim, pode-se elencar que os principais sintomas do líquen vulvar são:

  • Coceira intensa;
  • Fissuras vulvares e vaginais;
  • Ardência ou dor ao urinar;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Lesões causadas pelo ato de coçar;
  • Placas brancacentas.

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Tratamento de líquen vulvar

O tratamento adequado do líquen vulvar é fundamental para aliviar e controlar os sintomas e assim melhorar a qualidade de vida da paciente.

Apesar de não haver cura para a doença, o tratamento visa colocar o líquen em remissão e assim evitar a progressão para câncer e a distorção da anatomia da vulva.

Dentre as opções disponíveis atualmente, o tratamento de líquen vulvar a laser tem se destacado como uma abordagem eficaz e inovadora.

Tratamento a laser

O tratamento a laser para líquen vulvar tem se mostrado altamente eficiente, pois além de apresentar bom controle de sintomas como coceira e fissuras e cessar a evolução da distorção arquitetural do líquen, consegue remover áreas brancacentas e até mesmo restaurar alguns aspectos da anatomia que possam ter sido distorcidos pelo líquen, como casos de fusão inicial dos pequenos lábios aos grandes lábios. Além disso, promove a redução da necessidade de intervenções contínuas, como o uso de pomadas de corticoides, que trazem efeitos colaterais à mulher, como pele muito sensível e fina.

Como esse tratamento é realizado?

Esse tipo de tratamento de líquen vulvar envolve a aplicação controlada de energia laser na área afetada, que tem como objetivo estimular a regeneração da pele, promover a cicatrização e aliviar, assim, os sintomas associados ao quadro. Por ser um procedimento seguro e pouco doloroso, o laser geralmente é aplicado no consultório do ginecologista, e embora alguns pacientes possam precisar de sessões adicionais, muitas mulheres experimentam uma melhoria significativa após o tratamento padrão com 3 sessões.

Além disso, a maior parte das pacientes que opta pelo laser como tratamento de líquen vulvar apresenta bom controle dos sintomas por 1 a 2 anos com melhora significativa principalmente da coceira.

Em geral são realizadas 3 sessões com intervalo de 30 a 45 dias entre elas. Após isso é feito manutenção com 1 a 3 sessões após 12 meses a depender do grau de remissão da doença na paciente.

Quais são os outros tipos de tratamentos?

Embora o tratamento a laser seja uma opção que tem apresentado resultados muito valiosos, existem outras formas de tratamento de líquen vulvar que estão indicadas nos casos mais graves. Vale lembrar que os cremes de corticoides e hormonais são uma medida inicial que ajuda no controle dos sintomas, mas uma parte das pacientes não responde ao tratamento ou pode apresentar efeitos colaterais ou contraindicações que impedem o uso.

Já entre as abordagens mais recentes e inovadoras no tratamento de líquen vulvar está a nanolipoenxertia regenerativa, mais conhecida como Nanofat, procedimento que envolve a transferência de pequenas quantidades de gordura transformadas em células tronco do próprio corpo da paciente para a área afetada, promovendo regeneração celular e uma melhora da vitalidade da pele e controle dos sintomas.

Nessa mesma linha de tratamento tem-se a terapia com plasma, uma abordagem que utiliza componentes do próprio sangue da paciente após centrifugação para estimular a regeneração celular na região vulvar e reduzir, assim, a inflamação.

Portanto, mediante tantas opções, é fundamental ressaltar que a escolha do tratamento de líquen vulvar deve ser feita em consulta com um profissional de saúde, preferencialmente um ginecologista especialista em Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia, área dentro da ginecologia voltada ao tratamento de condições vulvares, entre elas o líquen.

Ginecologista no tratamento de líquen vulvar

A orientação de um ginecologista é essencial para o diagnóstico preciso e a escolha por um plano de tratamento adequado para o líquen vulvar, principalmente porque mulheres na menopausa – as mais acometidas por essa condição – costumam ter outras comorbidades associadas, como a síndrome urogenital da menopausa, o que pode agravar ainda mais os sintomas. Assim, o ginecologista é o médico mais indicado para acompanhar essas pacientes e oferecer opções personalizadas e seguras com base nas necessidades específicas de cada uma, evitando a progressão da doença e consequências mais serias, como o fechamento do canal vaginal impedindo a micção ou o câncer de vulva.

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Fontes:
Febrasgo

Surgical and Cosmetic Dermatology

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