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Diferença entre DIU hormonal e DIU de cobre


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

24 novembro, 2022 |

| 6 min. de leitura

O DIU hormonal e o DIU de cobre são métodos contraceptivos altamente eficazes e cada vez mais buscados pelas mulheres

Um dispositivo intrauterino (DIU) é um método contraceptivo de longa duração, inserido diretamente na cavidade uterina, pelo ginecologista, e mais eficaz até mesmo do que a laqueadura tubária. Hoje, existem no mercado o DIU hormonal e o DIU de cobre, que têm duração, respectivamente, de cinco e de dez anos.

DIU de cobre

O método de ação do DIU de cobre envolve o estímulo a reações inflamatórias de caráter espermicida, ou seja, que vão destruir o espermatozóide que chegar à cavidade uterina.

Entre os DIU de cobre, existem vários modelos diferentes de menor e maior tamanho e quantidade de cobre. O principal efeito disso é o tempo de duração do DIU, que vai variar de 3 a 10 anos.

Por ser um DIU livre de hormônios, é uma excelente opção para mulheres que não podem ou não querem usar hormônio. Um exemplo disso são mulheres que já tiveram câncer de mama.

É importante citar, também, que uma das diferenças do DIU hormonal e o DIU de cobre observada na prática clínica é que usuárias do DIU de cobre relatam mais cólicas menstruais e aumento do sangramento vaginal, o que pode ser tratado com medicamentos anti-inflamatórios. Quanto ao aumento das cólicas menstruais, é mais comum ocorrer em mulheres que nunca engravidaram (nuligestas). Mulheres que já tiveram filhos não costumam notar aumento das cólicas, mas podem notar aumento do sangramento menstrual.

Quanto à efetividade, o DIU de cobre é 3 vezes mais efetivo que a pílula anticoncepcional e 20 vezes mais efetivo que o preservativo.

Portanto, as principais características do DIU de cobre são:

  • É livre de hormônios;
  • Tem duração de 10 anos;
  • Ausência de contraindicações;
  • Pode aumentar as cólicas e o fluxo menstrual.

Ainda entre os DIUs de cobre, existem os DIUs de cobre e prata e o mini DIU de cobre e prata. A proposta desse DIU seria ter um menor impacto em aumento de cólicas e fluxo menstrual por diminuir a degradação do cobre; porém não há estudos científicos que demonstram essa diferença, sendo na prática clínica DIUs semelhantes ao DIU de cobre convencional.

DIU hormonal

Como o próprio nome diz, o DIU hormonal funciona à base de hormônio, o levonorgestrel, um progestogênio liberado apenas no útero, sendo seguro até mesmo para mulheres com histórico de trombose. O DIU hormonal age promovendo uma atrofia do endométrio e um espessamento do muco cervical, impedindo, assim, a chegada do espermatozoide ao óvulo.

As marcas disponíveis atualmente são o Mirena® e o Kyleena®, que diferem em tamanho e quantidade de hormônio. O Mirena® é um pouco maior e tem 52 mg de levonorgestrel, enquanto o Kyleena® é menor (por isso é mais indicado para jovens e adolescentes) e contém 19,5 mg do mesmo hormônio. Essa diferença na quantidade de progesterona em cada um dos dispositivos faz com que a mulher em uso do Mirena® esteja mais propensa a parar de menstruar. A chance de parar de menstruar com o Mirena é de 65% e com o Kyleena é de 59%.

O DIU hormonal é 2 x mais efetivo que a laqueadura tubária e 4 x mais efetivo que o DIU de cobre, de acordo com o índice de Pearl, um indicador calculado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que compara a efetividade de todos os métodos anticoncepcionais disponíveis.

Assim, as principais características do DIU hormonal são:

  • Duração de 5 anos;
  • Pode piorar a acne em pessoas com predisposição;
  • Tendência a reduzir ou impedir a menstruação;
  • Indicado para o tratamento de algumas doenças ginecológicas, como adenomiose e endometriose;
  • Pode ser utilizado como parte da terapia de reposição hormonal no climatério ou menopausa;
  • Diminui a chance de formação de pólipos uterinos e de câncer de endométrio.

Quanto ao aumento da oleosidade e piora da acne é algo que costuma ser temporário e que pode ser melhorado com uso de medicações orais anti-androgênicas.

Qual a diferença entre os dois na prática?

Na prática, o DIU hormonal e o DIU de cobre são métodos contraceptivos altamente eficientes e eficazes, sendo que as principais diferenças relatadas por pacientes dizem respeito ao fluxo menstrual: no DIU hormonal a tendência a não menstruar é maior, enquanto com o DIU de cobre o fluxo continua ou até mesmo pode aumentar.

Para quem é indicado cada tipo de DIU

As indicações de uso do DIU hormonal e DIU de cobre devem ser feitas pelo ginecologista conforme as recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo os protocolos dos dois órgãos, o DIU de cobre é indicado para qualquer mulher que busca um método contraceptivo de longa duração e alta efetividade, sendo a melhor opção para pacientes com câncer de mama, doenças hepáticas em atividade e doença tromboembólica ativa.

Já o DIU hormonal é preferencial tanto para o tratamento de algumas doenças uterinas que aumentam o fluxo menstrual, como adenomiose, pólipos e miomas, quanto para pacientes que tenham muita cólica ou que queiram diminuir o fluxo menstrual. Para mulheres que já entraram na menopausa, podem utilizar o DIU hormonal como parte da reposição hormonal em conjunto com uso de estrogênio. O benefício do DIU nesse caso é reduzir o risco de câncer de endométrio.

Mulheres que estão amamentando podem fazer uso tanto do DIU de cobre quanto do DIU hormonal.

Como escolher o DIU ideal

A escolha do método contraceptivo ideal, seja DIU hormonal e DIU de cobre ou até mesmo outras soluções, deve ser feita com um ginecologista de confiança, que considere tanto a história clínica da paciente quanto seus desejos e preferências.

Porém, é importante deixar claro que segundo os critérios de elegibilidade da OMS, o DIU de cobre não tem nenhuma contraindicação, podendo ser utilizado por qualquer mulher que não esteja com infecção pélvica ativa — nesse caso, faz-se o tratamento e aguarda-se a resolução do quadro.

Já o DIU hormonal — diferentemente do que muitos pensam — é indicado até mesmo para mulheres com histórico de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar, desde que a condição não esteja ativa há, pelo menos, 6 meses. Também pode ser utilizado por mulheres tabagistas ou hipertensas. Assim, as situações que contraindicam o uso de DIU hormonal são doenças ativas, como a trombose venosa, doenças hepáticas ou câncer de mama.

Quem pode aplicar o DIU?

A aplicação do DIU hormonal e DIU de cobre deve ser feita por um médico especialista em saúde da mulher, ou seja, um ginecologista, como a Dra. Maria Emilia. Esse procedimento pode ocorrer em consultório ou em hospital (com sedação).

Para fazer a aplicação em consultório, recomenda-se que a mulher esteja menstruada, o que torna o procedimento menos doloroso para a própria paciente, que sentirá uma cólica forte, porém passageira.

Já para colocar DIU hormonal e DIU de cobre no hospital com sedação é preciso estar em jejum e ficar 2 horas em observação após o procedimento.

Para saber mais, entre em contato com a Dra. Maria Emilia.

Fontes:

– Ministério da Saúde

– Organização Mundial da Saúde

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