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Lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL)


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

10 maio, 2024 |

| 5 min. de leitura

Crescimento anormal de células é mais frequente no colo do útero

O Papanicolau é um exame de rotina preventivo que deve ser feito por todas as mulheres que têm ou já tiveram atividade sexual. O exame é simples e indolor, considerado a principal maneira de detectar infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), inflamações e alterações que podem até mesmo ser um indício para o câncer de colo de útero.

A Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) é caracterizada pelo crescimento anormal de células nessa região, sendo uma das alterações que ocorrem no colo do útero que podem ser encontradas durante o Papanicolau. Existem vários graus de NIC e a lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL) é o mais baixo entre eles.

Saiba mais a seguir.

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O que é a lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL)?

A lesão intraepitelial de baixo grau, também chamada de NIC 1, é uma displasia leve provocada por infecção pelo papilomavírus humano (HPV).

Quando essa alteração é vista no Papanicolau, a paciente recebe a recomendação de fazer uma colposcopia, um exame ginecológico que analisa detalhadamente, por meio de um microscópio, o colo do útero, a vagina e a vulva. O objetivo é aprofundar o diagnóstico para identificar com precisão onde está a alteração encontrada no Papanicolau.

Ao identificar a localização dessa alteração, é feita a biópsia da lesão, que consiste na retirada de uma amostra do tecido afetado para obter um diagnóstico mais preciso. No entanto, as lesões de colo de útero são as mais comuns, justamente porque é o local onde o vírus HPV se replica, uma área chamada de zona de transformação.

A lesão intraepitelial de baixo grau não é uma lesão cancerosa, mas existe um risco mínimo de que se transforme em câncer, o que acontece em 1% dos casos.

Quem tem LSIL tem HPV?

Apesar de a maioria dos casos de LSIL estar relacionada à presença do HPV, existem situações de mulheres diagnosticadas com lesão intraepitelial de baixo grau sem terem sido contaminadas pelo vírus.

O Papanicolau pode dar um resultado falso-positivo para essa alteração em mulheres com atrofia vaginal (ressecamento) no período pós-menopausa. Por esse motivo, mulheres no climatério ou na menopausa é primordial realizar o preparo adequado com creme de estrogênio 21 dias antes do exame preventivo e da colposcopia.

Portanto, nem sempre quem tem LSIL tem HPV, porém caso haja essa dúvida poderia ser realizada uma pesquisa da presença do vírus HPV, seja o PCR seja a captura híbrida.

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A lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL) pode virar câncer?

O risco de uma lesão intraepitelial de baixo grau virar câncer é pequeno e ocorre em menos de 1% dos casos. De forma geral, essa lesão pode regredir sem nenhum tipo de tratamento em 47% a 57% dos casos, continuar igual em 30% das vezes e evoluir para NIC 3, grau mais avançado da lesão, em 12% dos casos.

Causas e fatores de risco da lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL)

A principal causa da neoplasia intraepitelial cervical é o vírus HPV, que afeta as células do colo do útero e forma esse tipo de lesão pré-cancerígena. Porém alguns fatores de risco potencializam o risco da infecção causar lesão intraepitelial de baixo grau, como:

  • Relações sexuais desprotegidas;
  • Iniciação sexual precoce;
  • Multiplicidade de parceiros sexuais;
  • Uso prolongado de contraceptivos orais;
  • Tabagismo;
  • Imunossupressão;
  • Obesidade;
  • Altos níveis de estresse, depressão ou ansiedade.

Como é feito o diagnóstico da LSIL?

Como já explicado, o diagnóstico da LSIL é feito por meio da colposcopia e biópsia quando é encontrada alguma alteração no exame Papanicolau, também chamado de preventivo ou de colpocitologia oncótica.

Qual é o tratamento para LSIL?

Como a LSIL pode regredir sem nenhum tipo de tratamento em até 57% dos casos, pode ser realizado o acompanhamento com os exames de Papanicolau e colposcopia de seis em seis meses por um período de até dois anos. Essa conduta pode ser mantida por um período maior se a paciente tiver menos de 25 anos, pois há mais chances de cura do tecido lesionado quando a mulher é mais jovem.

Caso isso não aconteça, a chance de a lesão intraepitelial de baixo grau evoluir é maior, então o tratamento mais indicado é a vaporização com laser CO2 (tratamento com laser) para destruir a lesão.

Em alguns casos, quando a lesão não é completamente visível na colposcopia e se estende para dentro do canal do colo útero é indicada a cirurgia de alta frequência (CAF), técnica que remove a parte lesionada do útero com um bisturi elétrico.

Como prevenir a lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL)?

Como a LSIL é provocada pelo vírus HPV, a melhor forma de prevenção é evitar a infecção pelo vírus ao usar preservativo nas relações sexuais e tomar a vacina contra HPV.

O preservativo previne parcialmente a infecção pelo vírus do HPV, pois a transmissão acontece pelo contato genital-genital, oral-genital, genital-anal, mesmo que não ocorra a penetração e como parte da genitália não fica coberta pelo preservativo a proteção é parcial. A vacina do HPV previne 90% dos casos de câncer de colo uterino, quando vacinado mulheres que não iniciaram vida sexual.

Importância do acompanhamento médico

Além de ser uma forma de prevenir o câncer de colo de útero, o acompanhamento médico feito por meio da realização de exames preventivos e de rotina é a melhor forma de detectar precocemente alterações no sistema genital feminino. O objetivo é tratar a paciente de modo adequado antes da manifestação dos sintomas.

Quem tem NIC 1 pode transmitir o HPV?

Sim, a transmissão pode ocorrer através do contato sexual desprotegido porque há a presença do vírus. A exceção é para os casos de falso-positivo de NIC 1 em mulheres na menopausa com ressecamento vaginal.

Qual HPV causa lesão intraepitelial de baixo grau?

Tanto os HPVs de alto risco e baixo risco podem causar esse tipo de lesão.

Para saber mais informações ou esclarecer outras dúvidas sobre a lesão intraepitelial de baixo grau, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Emília.

 

Fontes:

Dra. Maria Emília

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia

Instituto Nacional de Câncer

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