Quais são os tipos mais perigosos do HPV?

Os tipos mais perigosos de HPV são aqueles com alto risco para desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas

O chamado papilomavírus humano (HPV) é um conjunto de vírus que são transmitidos principalmente pelo contato sexual. Ao todo, existem mais de 100 tipos de HPV reconhecidos, sendo que aproximadamente 40 deles infectam o trato genital feminino. Esses subtipos podem ser divididos entre alto ou baixo risco para câncer de colo de útero, vulva, orofaringe, canal anal e pênis.

Os tipos mais perigosos de HPV são aqueles que podem provocar lesões precursoras do câncer. Apesar disso, a maioria dos casos de infecção por papilomavírus causa lesões que são eliminadas pelo organismo de maneira natural. Apenas alguns casos provocam alterações a ponto de levar ao desenvolvimento de um tumor.

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Tipos de HPV

Como foi explicado, os tipos de HPV são divididos entre baixo e alto risco. As verrugas são uma manifestação comum das infecções de baixo risco, sendo que 90% delas são causadas pelo HPV-6 ou 11. Outros subtipos de HPV bastante comuns são:

• HPV-16;
• HPV-18;
• HPV-31;
• HPV-35;
• HPV-39;
• HPV-45;
• HPV-51;
• HPV-52;
• HPV-58.

Tipos de HPV que podem causar câncer

Entre os carcinomas HPV induzidos, a preocupação maior é com o câncer de colo do útero, por ser o mais frequente, ocorrendo 17.000 novos casos por ano no Brasil.

Dentre os tipos mais perigosos do HPV, destacam-se principalmente o HPV-16 e 18. O tipo 16 aumenta em 400 vezes o risco de desenvolvimento de câncer de colo de útero (para se ter uma ideia, essa é uma chance maior do que o tabagismo representa para o desenvolvimento de câncer de pulmão). O HPV-18, por sua vez, está relacionado ao adenocarcinoma de colo de útero.

Os tipos mais perigosos do HPV que precisam ser destacados em relação ao câncer de colo de útero são:

• HPV-16;
• HPV-18;
• HPV-31;
• HPV-33;
• HPV-35;
• HPV-39;
• HPV-45;
• HPV-51;
• HPV-52;
• HPV-56;
• HPV-58;
• HPV-59;
• HPV-66;
• HPV-68.

Esses são considerados os tipos mais perigosos do HPV, por serem de alto risco, sendo que eles podem ser rastreados por meio de um exame chamado genotipagem ou PCR para HPV no colo do útero.

Qual HPV não causa câncer?

Os HPVs de baixo risco são os que estão relacionados à formação de verrugas genitais, sendo o 6 e o 11 os principais.

Quando o HPV é preocupante?

É importante que as pacientes entendam que o HPV, em si, não é uma doença. A infecção pelo papilomavírus humano é um marcador de risco, especialmente nos casos dos tipos mais perigosos do HPV.

A infecção se torna preocupante quando a paciente apresenta uma lesão pré-cancerígena, como é o caso das lesões de vulva, da vagina ou do colo de útero. Os subtipos de HPV listados como de alto risco oferecem elevadas chances de evolução para tumores malignos, quando se tornam uma infecção persistente, demandando acompanhamento especializado.

Prevenção do HPV e cuidados

A principal forma de prevenir a infecção pelos tipos mais perigosos do HPV consiste basicamente em vacinar-se contra os tipos mais comuns de papilomavírus. A vacina é gratuita no Brasil para meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos, além de pessoas entre 9 e 26 anos que vivem com HIV, que fizeram transplante de órgãos ou que fazem tratamento oncológico. Acima dessa idade, a vacina está disponível nas clínicas particulares.

Outra maneira de se prevenir contra o HPV consiste no uso de preservativo ao manter relações sexuais. O preservativo não evita completamente o risco de contaminação, porém diminui a chance de transmissão. No caso de pessoas que foram infectadas, é essencial tratar as lesões de maneira adequada, pois são elas que concentram a maior parte da carga viral.

Qual profissional procurar nesses casos?

No caso das mulheres, o especialista mais adequado para auxiliar no tratamento e prevenção dos tipos mais perigosos do HPV é o ginecologista especialista em patologia do trato genital inferior e colposcopia (PTGI). No caso dos homens, o profissional que deve ser procurado é o urologista especialista em HPV.

Para agendar sua consulta, entre em contato com a Dra. Maria Emília, que é ginecologista especialista em PTGI.

Fontes:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)
Dra. Maria Emília