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Vagina larga: é possível tratar?


Mulher de roupas íntimas segurando flor
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

14 março, 2025 |

| 5 min. de leitura

Mulheres que tiveram parto normal ou que já passaram dos 40 anos são as mais suscetíveis à flacidez vaginal

A expressão “vagina larga” se refere à flacidez vaginal, uma condição na qual os músculos do assoalho pélvico perdem elasticidade, firmeza e sustentação, trazendo a sensação de frouxidão vaginal. A condição pode modificar a anatomia da vulva e alterar a sensibilidade da região, o que interfere na autoestima e no prazer sexual.

Mulheres com mais de 40 anos e aquelas que passaram por trabalho de parto têm mais risco de apresentar flacidez vaginal, mas outros fatores também estão relacionados à sensação de vagina larga. Confira quais são e como podemos tratar essa condição para recuperar o bem-estar feminino.

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Como saber se uma mulher está frouxa?

A frouxidão da vagina pode acontecer tanto no canal vaginal quanto na vulva, área externa da genitália feminina. Alguns sinais típicos são:

  • Diminuição de sensibilidade durante a penetração;
  • Flatos vaginais;
  • Dificuldades de lubrificação;
  • Flacidez e alteração da vulva;
  • Diminuição da libido;
  • Hiato genital maior do que 3 cm.

Esses sintomas podem afetar o aspecto psicológico da mulher por conta das mudanças estéticas na região íntima e diminuição do prazer sexual.

Principais causas da vagina larga

A vagina é um órgão elástico e complacente, envolvida pelos músculos do assoalho pélvico. Portanto, qualquer fator que provoque o enfraquecimento, flacidez ou ruptura dessa musculatura e de outras estruturas do assoalho pélvico pode deixar a vagina larga. As principais causas são:

Parto vaginal

O trabalho de parto em si já pode lesionar os músculos da região, sendo que o desprendimento abrupto do polo cefálico (saída rápida da cabeça do bebê) aumenta a chance de ruptura da musculatura do períneo. A passagem do bebê durante o parto também pode romper ligamentos de sustentação e causar flacidez do canal vaginal.

Envelhecimento natural

Com o processo de envelhecimento, a produção de colágeno diminui naturalmente pelo organismo. Isso faz com que os músculos do assoalho pélvico fiquem mais flácidos devido ao menor nível dessa substância, que confere resistência e elasticidade aos tecidos do corpo.

Alterações hormonais

O climatério e a menopausa são períodos que marcam o fim da vida reprodutiva feminina, caracterizados pela redução da produção de estrogênio, que está relacionado também à diminuição de colágeno. Essa combinação pode acelerar o processo de frouxidão vaginal caso não haja o tratamento adequado.

Flacidez muscular

Sedentarismo e falta de atividade física são fatores que contribuem para a obesidade, que sobrecarrega o assoalho pélvico e pode acarretar flacidez muscular.

Relação sexual deixa a vagina larga?

A relação sexual não deixa a vagina larga, isso é um mito! A vagina é um órgão complacente, isto é, capaz de retomar seu formato original após se esticar, além de se ajustar ao tamanho do pênis.

Na verdade, a atividade sexual contribui para fortalecer a musculatura da vagina, pois quanto menor o nível de atividade, maior a chance de atrofia da musculatura.

É possível tratar a vagina larga?

O tratamento só é indicado quando a paciente tem algum incômodo relacionado à vagina larga. Existem várias formas de tratar a flacidez, que vão depender da queixa da paciente e do local afetado. As principais abordagens utilizadas são:

Perineoplastia

A cirurgia para reconstrução dos músculos do assoalho pélvico e diminuição do hiato genital (abertura da entrada da vagina) é indicada para casos de rompimento do corpo perineal, medida entre o final da vagina (fúrcula) e o começo do ânus.

A perineoplastia, portanto, restaura essa musculatura rompida durante o parto e corrige casos de prolapsos associados.

Ultrassom microfocado

O uso do ultrassom microfocado melhora a flacidez da vulva e da vagina, pois estimula a musculatura pélvica e aperta o canal vaginal para eliminar a sensação de vagina larga, trazendo melhora nas relações sexuais.

A tecnologia, ao estimular o colágeno, também melhora a aparência da vulva, contribuindo para a autoestima. Além disso, seu uso é indicado em casos de incontinência leve a moderada. O ultrassom microfocado age principalmente na camada muscular do canal vaginal.

Rejuvenescimento vaginal a laser

O tratamento com laser de CO2 é uma tecnologia age na mucosa vaginal, estimulando a produção de colágeno, o que melhora a elasticidade e aumenta a lubrificação. Ao espessar a mucosa vaginal, o diâmetro do canal vaginal é reduzido.

Além disso, ele é indicado para mulheres que sofrem com flacidez vaginal, principalmente no climatério e na pós-menopausa.

Qual tratamento realizar?

O recomendado é personalizar o tratamento de acordo com a história da mulher. Alguns fatores que são levados em consideração são: idade e causa da flacidez vaginal, bem como eventuais sintomas associados, como perda de urina, falta de lubrificação ou prolapso genital.

É comum a associação de tratamentos para obter melhores resultados, já que cada um dos procedimentos atua em uma região diferente da região genital. Por exemplo, em mulheres na fase de pré-menopausa que apresentam queixa de vagina larga pós-parto normal, em geral é recomendada a associação do ultrassom microfocado com a cirurgia de perineoplastia.

Além disso, a associação de tratamentos confere resultados mais rápidos, mais duradouros e melhores.

Qual médico trata a vagina larga?

É sabido que a sensação de vagina larga e de outras alterações associadas afetam o bem-estar e a qualidade de vida da mulher. O médico uroginecologista é o ginecologista especialista no estudo e tratamento do assoalho pélvico e é o profissional com experiência e conhecimento em cirurgia vaginal e em tratamentos para melhorar a saúde íntima feminina.

Para saber mais informações ou tirar dúvidas sobre o tema, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Emília, que é médica uroginecologista.

 

 

Fontes:

IUGA – Associação Internacional de Uroginecologia

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

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