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Vaginismo: o que é, sintomas, causas e tratamento


Mulher triste sentada em sofá
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

24 fevereiro, 2025 |

| 5 min. de leitura

O vaginismo é uma condição em que a contração involuntária dos músculos vaginais dificulta ou impede a penetração, causando dor e desconforto.

O vaginismo é uma condição que pode impactar profundamente a saúde física e emocional das mulheres, influenciando não apenas a vida sexual, mas também a autoestima e os relacionamentos. Apesar de ainda ser um tema cercado de tabus, é importante abordar a questão de forma aberta e acolhedora, promovendo conscientização e desmistificação.

A compreensão do vaginismo e das suas possíveis causas é essencial para identificar a alteração e buscar soluções. Este texto tem como objetivo esclarecer os aspectos fundamentais da condição, reforçando a importância do diagnóstico correto e do tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas.

Consulte-se com uma ginecologista para saber mais!

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O que é o vaginismo?

Vaginismo é uma disfunção sexual caracterizada por contrações involuntárias e recorrentes dos músculos do assoalho pélvico ao redor da vagina. Essas contrações dificultam ou até impossibilitam a penetração vaginal durante a relação sexual, a realização de exames ginecológicos ou o uso de absorventes internos, causando dor, desconforto e, em muitos casos, sofrimento emocional.

Quais são as causas e os fatores de risco?

As causas do vaginismo podem ser variadas e frequentemente envolvem uma combinação de fatores físicos, psicológicos e emocionais.

Entre as principais causas, é possível apontar:

  • Experiências de abuso sexual ou traumas passados;
  • Medo de dor ou ansiedade em relação à relação sexual;
  • Infecções vaginais, como candidíase ou vaginite;
  • Alterações hormonais, como atrofia vaginal na menopausa;
  • Condições crônicas, como endometriose ou síndrome da dor pélvica;
  • Estresse ou dificuldades no relacionamento;
  • Baixa autoestima ou sensação de inadequação sexual;
  • Presença de dor crônica na região pélvica ou vaginal;
  • Ansiedade generalizada ou transtornos de humor;
  • Experiências negativas relacionadas à primeira relação sexual ou exames ginecológicos dolorosos;
  • Crenças religiosas rígidas;
  • Medo de engravidar.

Principais sinais e sintomas do vaginismo

Os sinais e sintomas do vaginismo podem variar em termos de intensidade e geralmente envolvem aspectos físicos e emocionais relacionados à dificuldade de penetração vaginal.

Entre os mais comuns, estão:

  • Contração involuntária dos músculos vaginais;
  • Dor ou desconforto durante a relação sexual, ao tentar usar absorventes internos ou durante exames ginecológicos;
  • Espasmos musculares na região pélvica ou em outros músculos do corpo como reação ao estresse ou à tentativa de penetração;
  • Sentimentos intensos de preocupação ou de tensão antes ou durante a tentativa de penetração;
  • Dificuldade em relaxar os músculos do assoalho pélvico;
  • Sensação de ardência ou queimação durante tentativas de penetração.

É importante destacar que, apesar do desconforto, o vaginismo não afeta a libido ou a capacidade de sentir prazer com estímulos sem penetração.

O que acontece quando o vaginismo não é devidamente tratado?

O vaginismo, quando não é devidamente tratado, pode trazer diversas consequências que afetam a saúde física e emocional e a qualidade de vida da mulher. Essas repercussões vão além da esfera sexual, interferindo em aspectos importantes da rotina e do bem-estar, e incluem:

  • Dificuldade ou impossibilidade de engravidar naturalmente;
  • Impossibilidade de realizar exames ginecológicos;
  • Impacto na autoestima e autoconfiança da mulher;
  • Ansiedade e frustração;
  • Problemas na vida conjugal;
  • Falta de diagnóstico precoce e adequado para possíveis doenças ginecológicas;
  • Desenvolvimento de transtornos psicológicos.

Quais são as opções de tratamento para o vaginismo?

O vaginismo tem tratamento e as opções terapêuticas variam de acordo com as causas e a gravidade do quadro. Uma abordagem multidisciplinar, que combine aspectos físicos e emocionais, costuma ser a mais eficaz.

Entre as principais opções, estão:

  • Aplicação de toxina botulínica nos músculos da entrada da vagina;
  • Terapia psicológica ou sexual;
  • Fisioterapia pélvica;
  • Uso de dilatadores vaginais;
  • Orientação e educação sexual;
  • Uso de medicamentos (quando há outras condições associadas);
  • Uso de anestésicos tópicos para reduzir o desconforto durante os exercícios terapêuticos;
  • Laser de rejuvenescimento íntimo (quando a atrofia ou secura vaginal é a causa do vaginismo);
  • Cirurgia de perineorrafia (quando o vaginismo está relacionado à diminuição da entrada da vagina por alguma outra condição, como líquen vulvar);
  • Acompanhamento ginecológico e avaliação regular para descartar causas físicas e monitorar a evolução do tratamento.

De forma geral, o tratamento combinado de aplicação de toxina botulínica para impedir a contração involuntária e dolorosa da musculatura da vagina costuma ser o tratamento inicial mais eficaz e evita a ocorrência de fissuras no introito vaginal, o que, além de causar dor e sangramento, é uma porta aberta para infecções ginecológicas, como o desenvolvimento de lesões causadas pelo vírus HPV.

O tratamento com aplicação de toxina botulínica também torna mais fácil o uso de dilatadores vaginais e a realização da fisioterapia pélvica. Concomitantemente a isso, é importante a identificação e, caso presentes, o tratamento de questões psicossomáticas com terapia psicológica e sexual.

Com paciência e apoio profissional adequado, a maioria das mulheres com vaginismo consegue curar a condição e ter uma vida normal.

Quando procurar ajuda médica?

É importante procurar ajuda médica antes que o vaginismo ou as dificuldades relacionadas à penetração vaginal comecem a interferir na qualidade de vida, nos relacionamentos ou na saúde geral.

Alguns sinais indicam que é hora de buscar orientação profissional:

  • Dificuldade constante ou recorrente na hora da penetração vaginal;
  • Presença de dor ou desconforto vaginal;
  • Fissuras vaginais (corte na entrada da vagina) quando ocorre tentativa de penetração vaginal ou exame ginecológico;
  • Medo ou ansiedade intensa relacionada ao sexo;
  • Dificuldade em realizar exames ginecológicos essenciais;
  • Impacto nos relacionamentos ou no planejamento familiar;
  • Sensação de frustração ou sofrimento emocional.

Para saber mais ou realizar o seu tratamento, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Emília de Barba.

 

Fontes:

Rede D’Or São Luiz

Hospital Albert Einstein

Revista Médica de Minas Gerais

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