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Como o HPV é transmitido?


Imagem ilustrativa de HPV
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

22 novembro, 2024 |

| 7 min. de leitura

Entender como o HPV é transmitido é fundamental para adotar formas de prevenção e garantir saúde e qualidade de vida.

O HPV (ou papilomavírus humano) é um grupo de mais de 200 vírus que infectam a pele e as mucosas. Algumas cepas do HPV são conhecidas por causar verrugas genitais (que afetam a região anal e genital) e comuns (que afetam mãos e dedos), enquanto outras estão associadas a lesões mais graves e precursoras de câncer.

Algumas das cepas de HPV, especialmente os tipos 16 e 18, são consideradas de alto risco e estão associadas ao desenvolvimento de câncer cervical, além de outros tipos de câncer genital e orofaríngeo. Por isso, entender como o HPV é transmitido e saber como evitar a contaminação é fundamental.

Saiba mais sobre o assunto a seguir!

Assista a LIVE e saiba tudo sobre como o HPV é transmitido!

Quais são os sintomas da infecção por HPV?

Um aspecto preocupante do HPV é que muitas pessoas infectadas não apresentam sinais e podem não saber que estão contaminadas, já que as lesões precursoras de câncer causadas pelo vírus normalmente dão sintomas apenas em estágio avançado. Além disso, os sintomas podem variar de acordo com o tipo de vírus e a localização da infecção.

Entre os sintomas mais comuns do HPV, estão:

  • Verrugas genitais (são lesões benignas, não relacionadas ao câncer);
  • Verrugas comuns, que surgem geralmente nas mãos e nos dedos;
  • Alterações no colo do útero e na vagina, que podem ser detectadas através do exame de citologia oncótica, também chamado de Papanicolau;
  • Sintomas relacionados a câncer, como dor pélvica, sangramento vaginal anormal, dor durante a relação sexual e alterações nos hábitos intestinais e urinários (esses sintomas dependem da localização do câncer).

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Como o HPV é transmitido?

O HPV é transmitido principalmente por meio do contato direto com a pele ou com as mucosas de uma pessoa infectada. As principais formas de transmissão incluem:

  • Relações sexuais, incluindo sexo vaginal, anal e oral;
  • Contato pele a pele com áreas genitais, mesmo sem penetração;
  • Em raros casos, o HPV pode ser transmitido de mãe para filho durante a gravidez e o parto, podendo resultar em infecções nas áreas da orofaringe (garganta);
  • Embora seja raro, o uso compartilhado de objetos sexuais ou de lâminas de barbear pode levar à infecção por HPV.

A prevenção por meio do uso de preservativo e da vacinação, assim como ter conhecimentos sobre como o HPV é transmitido, é fundamental para reduzir o risco de contaminação.

É possível ter HPV sem ter relação?

Sim, é possível contrair HPV sem ter relações sexuais. Conforme foi explicado, o vírus pode ser transmitido pelo contato pele a pele com uma pessoa infectada, o que significa que atividades que envolvem contato íntimo, mas não necessariamente penetração, também podem resultar na contaminação.

Além disso, o HPV pode ser transmitido de mãe para filho durante a gravidez e o parto, principalmente se a mulher estiver com condilomas no momento do nascimento.

Nesse sentido, é importante que as gestantes entendam como o HPV é transmitido e adotem todos os cuidados necessários para reduzir o risco de infecção, como o tratamento das lesões antes e durante a gravidez.

Como tenho HPV se o meu marido não tem?

É possível, sim, uma mulher ter HPV mesmo que o seu parceiro não apresente a infecção. Isso pode acontecer tanto por causa das características do vírus quanto pela forma como o HPV é transmitido.

Algumas das possibilidades incluem:

  • Muitas pessoas infectadas com HPV não apresentam sintomas visíveis e podem não saber que estão infectadas;
  • A sensibilidade do teste de detecção da presença do vírus é menor no pênis do que no colo do útero;
  • A mulher é como um reservatório de HPV por apresentar zona de transformação no colo uterino, uma área preferida pelo vírus (tropismo);
  • Exposição anterior ao HPV em relacionamentos anteriores;
  • Variabilidade na resposta do sistema imunológico ao HPV: enquanto um parceiro pode desenvolver verrugas ou câncer, o outro pode não apresentar sintomas, mesmo que ambos tenham sido expostos ao vírus;
  • Como a resposta imunológica é individual para cada pessoa, um homem pode se contaminar com o HPV, transmitir para a sua parceira e, depois disso, eliminar o vírus.

Quem pega HPV sempre irá transmitir?

A maior parte das pessoas infectadas com HPV elimina o vírus após 9 ou 18 meses e, assim, para de passá-lo adiante. Isso também é justificado pela forma como o HPV é transmitido, que depende de vários fatores, incluindo:

  • O estado do vírus, que pode estar dormente;
  • O tipo de HPV (existem mais de 200 tipos de HPV e nem todos são igualmente contagiosos);
  • A capacidade do sistema imunológico de controlar ou erradicar a infecção;
  • O nível de atividade sexual;
  • Os sintomas: as lesões com o maior potencial de transmissão são os condilomas (verrugas genitais), depois vêm as lesões subclínicas e a presença de infecção sem lesão visível, respectivamente.

Em resumo, uma pessoa com HPV não necessariamente transmitirá o vírus a todos os parceiros e muitos fatores influenciam essa possibilidade.

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Como diagnosticar o HPV?

O diagnóstico de HPV pode ser feito de várias maneiras, dependendo da situação clínica e dos sintomas apresentados. Os principais métodos são:

  • Exame de citologia oncótica (Papanicolau), o qual identifica a presença de lesões causadas pelo vírus;
  • Teste de HPV (PCR ou captura híbrida), que identifica a presença do vírus;
  • Colposcopia e vulvoscopia para identificação de verrugas genitais visíveis e as suas características;
  • Biópsia das lesões para garantir um diagnóstico certeiro.

Como tratar o HPV?

A solução ao HPV depende do tipo de infecção e dos sintomas apresentados. O tratamento começa pela cura da lesão que o vírus causou, pois isso diminui consideravelmente a carga viral e auxilia o organismo da pessoa a eliminar o micro-organismo.

Existem várias opções disponíveis para gerenciar os sinais e as complicações associadas.

Aqui estão algumas abordagens comuns:

  • Administração de medicamentos tópicos que ajudam a eliminar as verrugas ou a estimular o sistema imunológico a combater a infecção;
  • Remoção das verrugas com laser;
  • Remoção das lesões pré-cancerosas (neoplasia intraepitelial) com laser ou com cirurgia de alta frequência, dependendo da gravidade e da localização das lesões.

Imediatamente após o tratamento das lesões, é importante melhorar o sistema imunológico para potencializar as chances de eliminar o vírus e evitar novas lesões. Algumas das estratégias utilizadas são: vacinação contra o vírus HPV, imunoterapia, suplementação com vitaminas, substituição de anticoncepcional por DIU, controle de obesidade e de depressão e fim do tabagismo ativo e passivo.

Tratamento a laser

O tratamento a laser com micromanipulador é uma opção eficaz e minimamente invasiva para a remoção de verrugas genitais e de lesões pré-cancerosas (neoplasia intraepitelial) associadas ao HPV.

Esse método utiliza feixes de luz concentrados para vaporizar as células infectadas, promovendo a cicatrização do tecido saudável ao redor. O tratamento a laser é preferido por muitos devido à sua precisão, ao fato de não deixar sequelas e ao menor tempo de recuperação em comparação a métodos cirúrgicos tradicionais, sendo a melhor alternativa para as neoplasias intraepiteliais de vagina e de vulva e para casos de grau 1 de neoplasias intraepiteliais de colo uterino.

Tratamento com cirurgia de alta frequência

Trata-se de um procedimento minimamente invasivo chamado exérese de zona de transformação anormal (EZT ou LEEP, em inglês), em que uma parte do colo uterino é removida para retirar lesões NIC 2 ou NIC 3 (lesão intraepitelial de alto grau) e evitar a progressão para câncer.

Para tirar as suas dúvidas sobre como o HPV é transmitido e entender como prevenir a condição, entre em contato e converse com a Dra. Maria Emília!

 

Fontes:

Instituto Nacional do Câncer

Manual de Patologia do Trato Genital Inferior e de Colposcopia da Febrasgo

Dra. Maria Emília de Barba

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