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Diferença entre incontinência urinária e infecção urinária


Mulher em banheiro com as maõs na região íntima, e imagem ilustrativa de bexiga.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

11 agosto, 2023 |

| 6 min. de leitura

Reconhecer e tratar corretamente as condições que afetam o trato urinário é fundamental para evitar complicações futuras

As afecções que acometem o trato urinário são muito mais comuns em mulheres do que nos homens devido a particularidades anatômicas. Assim, é importante saber a diferença entre incontinência urinária e infecção urinária para buscar o tratamento adequado e, se necessário, intervenções que evitem a progressão da incontinência e as complicações das infecções de repetição.

O que é a incontinência urinária?

A incontinência urinária é uma condição em que ocorre a perda involuntária de urina, e pode ocorrer por alterações anatômicas, cognitivas e até hormonais. Trata-se de um quadro comum e que afeta pessoas de diferentes idades, embora seja mais comum em mulheres e idosos.

Tipos de incontinência

De acordo com os sintomas e origem do quadro, a incontinência urinária pode ser classificada em diferentes tipos, como:

  • Incontinência urinária de esforço: toda perda de urina decorrente de algum esforço físico, como pular, correr e tossir;
  • Incontinência de urgência ou bexiga hiperativa: desejo súbito, não adiável e compulsivo de urinar;
  • Incontinência por transbordamento: quando não ocorre o esvaziamento completo da bexiga;
  • Incontinência mista: combinação entre incontinência de esforço e de urgência.

Qual a principal característica da incontinência urinária?

A característica que define a incontinência urinária em si é a perda involuntária de urina, que pode estar associada a outros sintomas que ajudam a identificar a diferença entre incontinência urinária e infecção urinária, como a urgência miccional e a falta de percepção da vontade de urinar.

Como saber se você está com incontinência urinária?

A incontinência urinária nem sempre é tão óbvia para a paciente, que pode desconfiar da condição ao notar que as roupas íntimas ficam molhadas com frequência. Portanto, é recomendado que você busque consultar com um ginecologista especialista em Uroginecologia, o uroginecologista.

Além disso, você pode preencher um diário de 3 dias, para levar no dia da sua consulta, contendo informações como a frequência das micções, o volume urinado, episódios de perda de urina e em quais situações ocorreram a perda, necessidade de levantar-se à noite para urinar e a quantidade de ingestão hídrica, dor para urinar, além de outros detalhes que você julgar importante. Essas informações auxiliam a identificar a diferença entre incontinência urinária e infecção urinária.

O que é a infecção urinária?

As infecções do trato urinário (ITUs) podem ser definidas como a colonização, invasão e proliferação de agentes infecciosos em qualquer parte do sistema urinário, sendo classificada como “ITU baixa” se localizada na uretra e bexiga (cistite), ou “alta” se localizada nos rins (pielonefrite).

Como essa condição pode se manifestar com perda de urina, é importante saber a diferença entre incontinência urinária e infecção urinária.

Qual a diferença entre as duas?

A principal diferença entre incontinência urinária e infecção urinária é que a segunda ocorre a partir de uma infecção e colonização do trato urinário por bactérias, enquanto a incontinência pode ser causada por alterações anatômicas secundárias a traumas físicos — como o parto normal —, por contrações involuntárias do músculo detrusor da bexiga, por doenças congênitas e até mesmo pelas mudanças hormonais decorrentes do processo natural de envelhecimento. Ou seja, a incontinência urinária geralmente é um quadro crônico e não há um agente infeccioso associado.

Outra condição que pode ser confundida com as anteriores é a cistite intersticial (ou bexiga dolorosa), uma inflamação crônica da bexiga de causa multifatorial e que tem associação com o sistema emocional, ocasionando um aumento da frequência urinária, dor pélvica e outros sintomas comuns à incontinência e à ITU.

Qual exame detecta cada uma das condições?

Visto que a perda involuntária de urina pode ocorrer nas ITUs, dois exames devem sempre ser solicitados para iniciar a investigação diagnóstica e mostrar a diferença entre incontinência urinária e infecção urinária: a análise de sedimentos urinários, também chamada de “exame qualitativo de urina” (ou “urina 1”) e a urocultura. Esses dois exames são suficientes para ter a certeza de uma infecção urinária ou para descartá-la.

Caso não haja indícios de ser um quadro infeccioso, deve-se suspeitar de incontinência urinária ou de síndrome da bexiga dolorosa e buscar o uroginecologista para avaliação e tratamento específico. Além disso, em alguns casos é recomendada a realização do estudo urodinâmico, que é um exame que avalia a capacidade de esvaziamento e a atividade da musculatura vesical.

Sintomas da incontinência urinária e infecção urinária

Embora haja muita diferença entre incontinência urinária e infecção urinária, essas condições podem apresentar alguns sintomas semelhantes, como a perda involuntária de urina, o aumento da frequência miccional e o baixo volume de urina em cada ida ao banheiro.

Além desses sintomas, a pessoa com infecção urinária pode sentir dor e ardência ao urinar, dor abdominal ou lombar e até apresentar sangue na urina. É válido ressaltar, ainda, que sintomas mais gerais, como febre e prostração, podem indicar uma infecção urinária nos rins, muitas vezes demandando tratamento hospitalar. Por outro lado, a incontinência urinária não costuma se relacionar à febre, mas pode causar perda de urina durante a noite, o que muitas vezes é motivo de ansiedade, prejuízo do sono e, consequentemente, da produtividade no dia seguinte.

Por fim, em pacientes que têm os sintomas acima, mas cujos exames descartam tanto incontinência quanto ITU, deve-se pensar em síndrome da bexiga dolorosa como um diagnóstico diferencial, caso em que o tratamento envolve tanto mudança de hábitos alimentares quanto fisioterapia, medicação e, se necessário, cirurgia.

Como tratar a incontinência urinária e a infecção urinária?

Como os dois quadros podem se apresentar com sintomas semelhantes no início e os exames de urina podem demorar a sair, o primeiro passo é iniciar o tratamento com antibióticos para a infecção. É importante lembrar, também, que os casos de infecção urinária recorrente podem precisar de tratamentos mais específicos que abordem a causa da repetição do quadro.

Porém, se os sintomas de incontinência permanecerem e/ou os resultados dos exames forem negativos para infecção, deve-se iniciar o tratamento para a incontinência urinária, cuja abordagem inicial é baseada em medidas simples como:

  • Controle do peso e redução da obesidade;
  • Tratamento da constipação intestinal;
  • Tratamento da tosse crônica;
  • Evitar frutas ácidas, alimentos muito condimentados e temperos em excesso;
  • Evitar cafeína, chocolate, refrigerantes e bebidas alcóolicas;
  • Tratar o ressecamento e a atrofia genital da menopausa;
  • Evitar o tabagismo.

Além disso, o tratamento da incontinência urinária dependerá do diagnóstico do tipo de incontinência, o que pode incluir laser ginecológico, cirurgia, fisioterapia pélvica e uso de medicações.

Ainda com dúvidas sobre a diferença entre incontinência urinária e infecção urinária? Entre em contato agora mesmo e agende sua consulta com a Dra. Maria Emília.

 

Fontes:

Febrasgo

IUGA

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