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Tratamento para atrofia vaginal: quais as opções?


Mulher sentada em cama com as mãos na parte íntima
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

13 junho, 2025 |

| 7 min. de leitura

Laser íntimo e cremes hormonais à base de estrogênio são as principais opções para amenizar os sintomas de atrofia vaginal

A atrofia vaginal é uma condição caracterizada pela perda de espessura e enfraquecimento dos tecidos vaginais, o que torna a parede da vagina mais fina, ressecada e menos elástica.

Essa alteração pode trazer várias consequências negativas para a saúde íntima feminina, como secura vaginal, dor e sangramento durante as relações sexuais, coceira, incontinência urinária, fissuras, entre outros sintomas.

A atrofia vaginal está relacionada a alterações hormonais, principalmente por conta da diminuição dos hormônios sexuais, como o estrogênio, típica da menopausa e da amamentação, por exemplo. No entanto, outros fatores podem provocar a diminuição da espessura da mucosa vaginal e a atrofia da vagina e da vulva, entre eles a presença de líquen, o tabagismo e a falta de atividade sexual.

O tratamento para atrofia vaginal é fundamental para controlar os sintomas e devolver a qualidade de vida às pacientes. Saiba mais sobre as opções a seguir.

Atente-se as causas e sintomas da atrofia vaginal!

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Principais sintomas da atrofia vaginal

A queda na produção de estrogênio influencia em diferentes aspectos metabólicos do organismo, por isso ocorrem diversos sintomas diferentes, como:

  • Secura vaginal;
  • Coceira;
  • Dor e sangramento durante as relações sexuais;
  • Sensação de queimação ao urinar;
  • Presença de sangue na urina;
  • Incontinência urinária ou aumento da frequência da micção;
  • Dificuldade para esvaziar a bexiga;
  • Infecção urinária de repetição;
  • Corrimento;
  • Diminuição da libido.

Como o diagnóstico é realizado?

O diagnóstico da atrofia vaginal é feito a partir da avaliação dos sintomas e do exame físico. O ginecologista pode observar alterações visíveis no introito vaginal, como mucosa pálida ou avermelhada, com um aspecto “assado”, fino e com pouca elasticidade, e visualizar o canal vaginal por meio do exame especular, no qual é possível notar a mucosa vaginal mais fina e atrófica.

Além disso, outra forma de diagnóstico é o próprio exame de citologia oncótica (Papanicolau) quando o laudo apontar que as células superficiais estão ausentes ou escassas, o que é um sinal de atrofia vaginal, além da microflora inaparente, já que a mucosa atrófica tem uma baixa produção de glicogênio, que funciona como “alimento das bactérias boas”. E, por esse motivo, é mais comum infecção urinária e mau cheiro na vagina em mulheres com atrofia vaginal. Ou seja, é fundamental a presença dos lactobacilos responsáveis por manter a flora vaginal saudável.

Em casos específicos, exames como a colposcopia e a vulvoscopia também podem auxiliar no diagnóstico e no tratamento da atrofia vaginal.

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Tratamento para atrofia vaginal: como reverter a atrofia?

Existem algumas opções de tratamento para atrofia vaginal, que vão depender da avaliação individual do caso para discutir as preferências da paciente e a existência de possíveis contraindicações. As mais recomendadas são:

Laser íntimo

O laser íntimo é um dos tratamentos para atrofia vaginal que apresenta melhores resultados. A técnica é considerada segura, minimamente invasiva e indolor, com a aplicação podendo ser feita em consultório.

Os feixes de laser emitem ondas de calor nas células da mucosa vaginal, o que melhora a vascularização no local e estimula a produção de colágeno para a regeneração dos tecidos vaginais. Essa combinação contribui para a melhora da elasticidade, da lubrificação e da qualidade da mucosa vaginal, reduzindo a dor, o ressecamento, a coceira e outros sintomas da atrofia vaginal.

O laser ginecológico também pode ser aplicado na região vulvar para melhorar a área externa da vagina. O objetivo é reduzir a flacidez, fortalecer o tônus e melhorar o aspecto da pele.

Esse tratamento para atrofia vaginal tem efeito duradouro, de até 24 meses, realizado em 3 sessões, com intervalo de 1 mês entre elas e, é recomendado realizar a manutenção do tratamento em 12 meses. Além disso, pode ser utilizado pela grande maioria das pacientes por ser livre de hormônios.

PRP e PRF (plasma rico em plaquetas e plasma rico em fibrina)

PRP e PRF são terapias de células-tronco que têm em comum a utilização do sangue da própria paciente para estimular a regeneração celular e acelerar a cicatrização dos tecidos. Após a separação dos componentes do sangue pelo processo de centrifugação, aplica-se a solução concentrada de plasma no local a ser tratado. O PRP e o PRF também estimulam a produção de colágeno, sendo também uma solução indicada para tratar os sintomas de atrofia causada por líquen, inclusive em casos em que o laser não pode ser utilizado, como no líquen plano erosivo.

Esses tratamentos são extremamente seguros quando realizados por um profissional competente, já que os riscos de rejeição e complicações são nulos pelo fato de o material injetado ser da própria paciente.

Saiba mais sobre o Plasma rico em Plaquetas (PRP)

Saiba mais sobre o Plasma rico em Fibrina (PRF)

Tratamentos hormonais

Para restaurar o equilíbrio hormonal e amenizar os sintomas, o tratamento para atrofia vaginal com cremes vaginais à base de estrogênio é uma opção. A aplicação tópica tem o objetivo de recuperar o microbioma vaginal, reduzir o pH e melhorar a lubrificação, método que deve ser feito duas vezes por semana, de acordo com a recomendação médica.

O tratamento hormonal vaginal pode ser combinado com reposição hormonal sistêmica para melhores resultados, mas essa opção deve ser discutida caso a caso com a ginecologista.

No entanto, o tratamento para atrofia vaginal baseado em cremes de hormônio é contraindicado para mulheres com histórico de câncer de mama, por exemplo. Além disso, a adesão ao tratamento prolongado gira em torno de 50%, o que atrapalha o resultado, visto que algumas pacientes o consideram desconfortável ou esquecem de usar o produto.

Ultrassom microfocado (HIFU)

Assim como o laser, esse é um aparelho que utiliza energia térmica para aumentar a produção de colágeno e, consequentemente, a hidratação da mucosa vaginal. Por ser um aparelho de ultrassom, seu objetivo principal é tratar camadas mais profundas, como a muscular, e por isso é indicado para tratamento de incontinência urinária, frouxidão vaginal e flacidez vulvar. No entanto, também serve para melhorar a hidratação e a regeneração da mucosa vaginal, o que melhora a lubrificação da vagina.

Existem remédios para atrofia?

Os tratamentos para atrofia vaginal recomendados são o uso intravaginal do hormônio, laser íntimo, terapias regenerativas, como o plasma rico em plaquetas (PRP) e plasma rico em fibrina (PRF), dilatadores vaginais e a injeção de ácido hialurônico para casos de fissuras.

Tratamento injetável com ácido hialurônico

A injeção de preenchedor de ácido hialurônico reticulado, devido ao seu poder de preenchimento e hidratação, serve para evitar novas fissuras vaginais em locais como o introito vaginal, onde é comum surgirem fissuras durante a relação sexual em mulheres que necessitam de tratamento para atrofia vaginal.

Qual o melhor tratamento para atrofia vaginal?

A combinação de tratamentos promove melhores resultados. Para mulheres que estão com atrofia devido à menopausa, o ideal é, após realizar as três sessões de laser íntimo, manter o uso de creme de hormônio de estrogênio via vaginal duas vezes por semana, pois os estudos mostram a sobreposição do efeito dos dois tratamentos.

Já no caso de mulheres que apresentam casos severos de atrofia vaginal, como pós-radioterapia, ou também apresentam líquen vulvar, associar tratamento com plasma rico em plaquetas e fibrina com laser promove uma melhora mais expressiva da atrofia vaginal.

Além disso, para mulheres que estão na menopausa e apresentam queixa de incontinência urinária moderada ou frouxidão vaginal e/ou flacidez vulvar, a associação do uso do laser íntimo ao ultrassom microfocado para o tratamento da atrofia vaginal gera uma potencialização do resultado, já que são tecnologias que se complementam.

Qual médico realiza o tratamento para atrofia vaginal?

O ginecologista com experiência em ginecologia regenerativa, especialidade que foca em tratamentos com energia e técnicas de reparação celular, é o profissional mais indicado para resolver os sintomas causados pela atrofia vaginal.

Para saber mais sobre o tratamento para atrofia vaginal, entre em contato e agende sua consulta com a Dra. Maria Emília, ginecologista especialista em ginecologia regenerativa.

 

Fontes:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

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