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Escape de urina: é normal? Como tratar?


Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

11 dezembro, 2024 |

| 7 min. de leitura

O escape de urina é a perda involuntária de urina, que pode ocorrer em diferentes situações e indicar condições que requerem avaliação e tratamento médico

A incontinência urinária é uma alteração caracterizada pela perda involuntária de urina, que pode ocorrer em diferentes graus e em diversas situações, como ao tossir, espirrar, rir ou durante atividades físicas. Essa condição é mais comum em mulheres, especialmente após a gravidez e a menopausa, mas também pode afetar homens e pessoas de todas as idades.

O impacto deste escape de xixi na qualidade de vida do indivíduo pode ser significativo, causando constrangimento e limitações em atividades diárias. Por isso, é importante que as mulheres que enfrentam essa condição busquem ajuda médica, pois a incontinência urinária pode ser tratada e gerenciada de maneira eficaz.

Consulte-se com uma médica especialista em incontinência urinária!

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É normal ter escape de urina?

Não é normal ter escape de urina, independentemente do volume, seja ele pequeno ou grande. A incontinência urinária é um sinal de que pode haver algum problema no organismo, como fraqueza nos músculos do assoalho pélvico (pelve), problemas neurológicos, infecções ou outras condições médicas.

Qualquer perda involuntária de urina deve ser avaliada por um médico, pois existem tratamentos disponíveis que podem ajudar a controlar ou resolver a condição. Ignorar os sintomas pode levar a um agravamento da situação e a um impacto significativo na qualidade de vida. Portanto, é importante buscar ajuda se ocorrerem episódios de escape de urina.

Como identificar?

Um dos principais sinais de escape de urina é a presença de umidade nas roupas íntimas, além do cheiro de urina. Também pode haver a sensação de urgência para urinar ou dificuldade em controlar a bexiga em situações de pressão, como ao tossir ou espirrar.

O que pode ser quando tem escape de urina?

O escape de urina pode ser causado por diversas condições, incluindo:

  • Infecção do trato urinário;
  • Diabetes descompensado;
  • Fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, que pode ocorrer após gravidez, parto ou menopausa, resultando em incontinência de esforço;
  • Problemas neurológicos, como esclerose múltipla, acidente vascular cerebral (AVC) ou lesões na medula espinhal, que podem afetar o controle da bexiga;
  • Obstrução urinária por cálculos;
  • Uso de certos medicamentos;
  • Síndrome da bexiga hiperativa.

Quais os tipos de incontinência urinária?

Existem vários tipos de incontinência urinária, cada um com causas e características distintas. Os principais tipos incluem:

  • Incontinência de esforço: ocorre quando há perda de urina durante atividades que aumentam a pressão na bexiga, como tossir, espirrar, rir ou praticar exercícios;
  • Incontinência de urgência: caracteriza-se pela necessidade súbita e intensa de urinar, acompanhada de escape de urina antes de chegar ao banheiro;
  • Incontinência mista: é uma combinação de incontinência de esforço e urgência, na qual a pessoa pode experimentar os sintomas de ambos os tipos;
  • Incontinência funcional: ocorre quando a pessoa tem problemas físicos ou cognitivos que dificultam o acesso ao banheiro, como mobilidade reduzida ou demência;
  • Incontinência por transbordamento: acontece quando a bexiga não esvazia completamente, levando ao gotejamento constante ou escape de urina;
  • Incontinência reflexa: é menos comum e ocorre quando há uma perda involuntária de urina sem a percepção de necessidade.

O que tomar para escape de urina?

Independentemente da causa, do tipo ou do volume de escape de urina, o tratamento para essa alteração é recomendado por um médico uroginecologista, pois a abordagem adotada muda dependendo do tipo de escape de urina, do volume e da razão por trás dele.

As principais opções de medicamentos e intervenções básicas que podem ser consideradas são:

  • Anticolinérgicos: medicamentos que ajudam a reduzir a hiperatividade da bexiga, sendo eficazes no tratamento da incontinência de urgência;
  • Beta-3 agonistas: relaxam a bexiga e aumentam a sua capacidade, ajudando a controlar a urgência urinária;
  • Estrogênio: em mulheres na menopausa, a terapia com estrogênio pode ser indicada para melhorar a continência da uretra e reduzir os sintomas de urgência;
  • Medidas comportamentais: evitar alimentos ácidos e apimentados, bebidas alcoólicas, café e chocolate, além de regular o hábito intestinal;
  • Técnicas como o treinamento da bexiga, que envolve a programação das idas ao banheiro e a prática de controle mental da urgência.

Sendo assim, os medicamentos são utilizados nos casos de bexiga hiperativa (incontinência urinária de urgência).

Como acabar com escape de urina?

O tratamento para o escape de urina varia conforme a causa e o tipo de incontinência urinária. Entre as principais opções, estão:

Quando a cirurgia de incontinência urinária sling é indicada?

A cirurgia de incontinência urinária sling é o padrão ouro (tratamento mais eficaz) para a incontinência urinária de esforço, que é caracterizada pela perda involuntária de urina durante atividades que aumentam a pressão intra-abdominal, como tossir, espirrar, rir ou praticar exercícios.

Essa cirurgia é geralmente considerada quando outros tratamentos, como exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico, terapia comportamental e laser, não foram eficazes em controlar os sintomas ou nos casos de incontinência moderada-grave; ou seja, quando pequenos e médios esforços, como se agachar, caminhar rápido ou levantar peso, já causam a perda de urina ou quando as perdas são frequentes.

Tem como acabar com escape de urinar?

A boa notícia é que sim! O primeiro passo é diagnosticar o tipo de escape de urina, pois o tratamento muda a depender disso.

A taxa de sucesso dos tratamentos com laser, ultrassom microfocado, cirurgia de sling e aplicação de toxina botulínica, por exemplo, são superiores a 90% quando bem indicados (isto é, quando são recomendados para o tipo de incontinência que melhora com cada um desses tratamentos). O laser é muito eficaz nos casos de incontinência urinária de esforço leve ou em mulheres na menopausa, já a aplicação de toxina botulínica é indicada nos casos de bexiga hiperativa e incontinência urinária de urgência.

É possível prevenir o escape de urina?

É, sim, possível tomar algumas medidas para prevenir o escape de urina. Entre as principais estratégias que podem ajudar, estão:

  • Exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico;
  • Manter um peso saudável;
  • Evitar ingerir líquidos 3 horas antes de se deitar;
  • Reduzir o consumo de cafeína, álcool e alimentos que podem irritar a bexiga, como pimenta e suco de frutas ácidas (limão, laranja, abacaxi, maçã etc.);
  • Estabelecer um cronograma regular para urinar, treinando a bexiga a funcionar de maneira mais eficaz (o normal é urinar em torno de 7 vezes ao dia);
  • Gerenciar a constipação intestinal por meio de uma dieta rica em fibras e ingestão adequada de líquidos;
  • Evitar o tabagismo.

Essas práticas não garantem a prevenção completa do escape de urina, mas podem reduzir significativamente o risco de desenvolvimento de incontinência urinária. Se houver preocupações ou sintomas, é importante buscar orientação com um especialista em incontinência urinária, o médico uroginecologista.

Estou com escape de urina. E agora?

O escape de urina pode ser um sinal de condições mais graves, como infecção urinária e diabetes descompensada, as quais precisam ser avaliadas e tratadas. Ignorar os sintomas pode levar a um agravamento da situação e impactar significativamente a sua qualidade de vida.

A primeira etapa é consultar uma uroginecologista, uma especialista que é treinada para diagnosticar e tratar problemas relacionados à saúde urinária e do assoalho pélvico em mulheres. A profissional fará uma avaliação detalhada do quadro apresentado, identificando a causa da perda de urina e definindo o tratamento mais adequado.

Para saber mais sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Emília de Barba, que é médica uroginecologista com vasta experiência no diagnóstico e tratamento do escape de urina.

 

Fontes:

Biblioteca Virtual em Saúde

Manual MSD

IUGA – Associação Internacional de Uroginecologia

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