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O HPV tem cura?


Médico aplicando injeção em paciente mulher.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

1 agosto, 2024 |

| 5 min. de leitura

A lesão causada pelo HPV tem cura, mas os pacientes devem manter um acompanhamento médico especializado

O papilomavírus humano (HPV) pode infectar a pele e as mucosas de várias partes do corpo e está associado também a verrugas genitais e ao desenvolvimento de câncer de colo do útero. Sendo assim, é bastante comum que os pacientes questionem se o HPV tem cura, principalmente ao notarem o surgimento de lesões visíveis.

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Como acontece a transmissão do HPV?

A transmissão do HPV se dá principalmente através de práticas sexuais e, embora menos comum, durante a gestação. Estima-se que a cada nova parceria sexual o risco de exposição seja de 10% a 15%, de modo que 80% todos os indivíduos sexualmente ativos vão se infectar em algum momento da vida.

No entanto, entre os mais de 200 subtipos de HPV em circulação, apenas 15 são considerados de alto risco para o desenvolvimento de lesões malignas. Por isso, a maioria das pessoas se infecta com variantes de baixo risco e se cura sem sequer saber.

Principais sintomas do HPV

A maioria das pessoas infectadas pelo HPV não apresenta sintomas. A estimativa é que entre 1% e 2% dos pacientes com o vírus desenvolvam verrugas na região genital ou anal, enquanto entre 2% e 5% das mulheres infectadas manifestem alterações no Papanicolau. Ou seja, na maioria das vezes, o HPV tem cura sem a necessidade de abordagem médica, visto que o sistema imunológico do próprio indivíduo pode ser suficiente para eliminá-lo.

Como o diagnóstico é realizado?

O diagnóstico do HPV não é feito de maneira rotineira antes dos 25 anos, pois entende-se que a maior parte das mulheres vai se infectar com o vírus e nesses casos o HPV tem cura através do sistema imunológico do próprio paciente, que consegue combatê-lo sem intervenção médica.

Pessoas que não conseguem eliminar o vírus são as que estão em risco de desenvolver lesões e por isso o rastreamento com pesquisa de HPV está recomendado para mulheres sexualmente ativas com 30 anos ou mais.

Além disso é possível fazer um diagnóstico clínico (pelo exame físico) quando a infecção se torna sintomática (surgimento de verrugas) ou quando alguma lesão microscópica é detectada no Papanicolau (citologia oncótica do colo uterino).

Nesse último caso, a paciente não sente qualquer sintoma nem é capaz de visualizar lesões, mas a análise laboratorial do material coletado durante o exame preventivo indica a presença do vírus. Com isso, a depender do resultado, pode surgir a indicação de se realizar também uma biópsia do colo do útero.

Entenda se o HPV tem cura

Sim, o HPV tem cura, a cura significa o clearance (eliminação) do vírus pelo organismo. Porém, para isso acontecer, é necessário, primeiramente, a cura das lesões, pois ali está presente a maior concentração de vírus e porque são as lesões que apresentam risco de evolução para câncer.

Quem tem HPV vai ter para sempre?

Na grande maioria das vezes não, em um estudo que acompanhou casais com HPV por 7 anos, 86% dos casais eliminaram o vírus nesse período, ou seja, a maior parte das infecções por HPV tem cura, visto que o sistema imunológico de pessoas saudáveis costuma eliminar o vírus em até 2 anos. No entanto, alguns tipos de HPV são mais agressivos e podem persistir, causando problemas de saúde a longo prazo.

É possível eliminar o HPV?

O corpo humano com frequência pode eliminar o HPV por conta própria, mas não existe um antiviral que combata o vírus. Por isso, para que o HPV tenha cura, o foco principal é tratar os sintomas e as complicações associadas ao vírus, como verrugas genitais e lesões pré-cancerígenas e melhorar a imunidade com o controle de fatores que contribuem com a persistência da infecção como tabagismo, obesidade e depressão, uso de anticoncepcional oral, HIV, uso de corticoides e imunossupressores.

Além disso podemos lançar mão de recursos que potencializam a eliminação do vírus e reduzem o risco de novas lesões como aplicação da vacina HPV, uso de DIU, suplementação com vitaminas como zinco, ácido fólico e vitamina B12, imunoterapia, uso de agentes imunológicos e tratamento do parceiro, e assim aumentar as chances que o HPV tenha cura.

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Quais são os possíveis tratamentos para HPV?

Os tratamentos para HPV visam eliminar principalmente as lesões causadas pelo vírus. Existem diversos tratamentos disponíveis para eliminação das verrugas com taxas de eficácia diferentes.

Alguns deles são:

  • Vaporização com laser de CO2 das verrugas genitais e lesões pré-cancerígenas;
  • Crioterapia (congelamento) das verrugas;
  • Aplicação de medicamentos nas verrugas;
  • Eletrocauterização (queima) das verrugas;
  • Retirada cirúrgica;
  • Remoção da parte lesionada do colo do útero (exerese de zona de transformação anormal também chamada de cirurgia de alta frequência);
  • Conização
  • Pan-histerectomia amplificada (nos casos de câncer);
  • Tratamento oncológico (quando as lesões se tornam câncer).

Entre as opções de tratamento das verrugas genitais (condilomas) a mais eficaz é a associação de vaporização com laser CO2 com medicamento imiquimode.

Já para tratamento das lesões pré-cancerígenas o que está indicado é vaporização com laser ou cirurgia de alta frequência a depender da localização e gravidade da lesão e idade da paciente.

Quem tem HPV sempre vai transmiti-lo?

Ter HPV não significa necessariamente que o vírus vai ser transmitido em todas as relações sexuais, mas é importante compreender que a propagação pode ocorrer mesmo sem sintomas visíveis.

Como se prevenir do HPV?

A prevenção do HPV é relativamente simples e pode ser feita através de:

  • Vacinação (recomendada para crianças a partir dos 9 anos de idade);
  • Uso de preservativos durante as relações sexuais (o preservativo oferece uma proteção parcial a infecção ao HPV);
  • Realização de exames ginecológicos de rotina;
  • Educação sexual sobre as práticas seguras e os riscos associados ao HPV.

Ou seja, embora seja uma infecção bastante prevalente, na maior parte dos casos, o HPV tem cura, seja por eliminação do próprio sistema imunológico do paciente ou pela erradicação das lesões através de procedimentos médicos diversos.

Entre em contato e agende sua consulta com a ginecologista Dra. Maria Emilia Ferreira de Barba.

 

Fontes:

Associação Médica Brasileira

Ministério da Saúde

Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde

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