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Tratamentos para HPV: quais as opções?


Médico com luva azul segurando agulha e frasco de vacina.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

2 setembro, 2024 |

| 7 min. de leitura

Pacientes com sintomas de HPV devem tratar as lesões para evitar sua progressão

O papilomavírus humano (HPV) é um agente infeccioso transmitido principalmente por via sexual e que pode causar lesões à pele e às mucosas expostas. Porém, embora a maioria das infecções por HPV seja assintomática e se resolva sozinha, algumas podem causar verrugas genitais (condilomas) e lesões pré-cancerosas, que, se não tratadas, podem evoluir para câncer, especialmente no colo do útero.

Por isso, é importante se informar e conhecer a forma de transmissão, os métodos de prevenção e os tratamentos para HPV disponíveis.

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Quais as formas de transmissão do HPV?

A transmissão do HPV se dá principalmente pelo contato sexual (vaginal, anal e oral) e pode ocorrer mesmo na ausência de sintomas visíveis. Assim, estima-se que a chance de uma pessoa ter contato com o HPV ao longo da vida é de cerca de 80%.

Porém, é importante entender que contrair o HPV não significa necessariamente desenvolver problemas graves de saúde, ou seja, estar infectado com HPV não é uma doença, e sim um marcador de risco. Sendo assim, a presença do vírus indica um aumento na probabilidade de desenvolver lesões ou complicações associadas a ele, como lesões pré-câncer e até mesmo o câncer.

O que o HPV pode causar?

Visto que a maioria das pessoas que têm contato com o vírus não desenvolve sintomas nem câncer, pode-se entender que os problemas de saúde causados pelo HPV dependem também de outros fatores. Dentre eles, destaca-se o subtipo do vírus e o estado de saúde do paciente.

Assim, a depender de todos esses fatores, o HPV pode causar:

  • Verrugas genitais (condilomas);
  • Câncer de colo do útero;
  • Câncer de vulva e vagina;
  • Câncer de pênis;
  • Câncer de orofaringe;
  • Papilomas em cordas vocais.

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Como o diagnóstico é realizado?

O diagnóstico do HPV é feito através de exames clínicos e laboratoriais. Esse rastreio se inicia com o Papanicolau, que permite detectar alterações celulares no colo do útero passíveis de terem sido causadas pelo HPV. Já a colposcopia é um exame mais detalhado que permite visualizar diretamente o colo do útero e identificar lesões que demandam algum dos tratamentos para HPV.

Opções de tratamentos para HPV

Os tratamentos para HPV são focados na resolução das lesões causadas pelo vírus, e não na eliminação do vírus em si.

Assim, dentre as opções de tratamentos para HPV, tem-se aquelas voltadas para os condilomas, que são as verrugas genitais causadas pelo vírus:

  • Tratamento a laser, que tem eficácia de 92% e não deixa marcas;
  • Cauterização elétrica;
  • Cauterização com ácido tricloroacético, embora possa deixar manchas ou fissuras e necessitar de várias sessões as vezes com resposta parcial;
  • Agente imunológico (Imiquimode) aplicado direto na lesão. Quando utilizado isoladamente, tem eficácia de 60%, por isso costuma ser associado ao tratamento a laser, para aumentar a eficácia do tratamento.

Já quando se fala em lesões pré-câncer, o tratamento é voltado à eliminação das lesões para impedir que continuem crescendo e se tornem malignas. Caso essas lesões estejam presentes na vulva ou na vagina, o laser é o tratamento para HPV padrão ouro, ou seja, o mais recomendado, por ser menos invasivo (não deixar sequelas) e por ser muito eficaz.

Ademais, lesões de colo do útero apresentam tratamentos diferentes a depender do grau da lesão (NIC 1, NIC 2, NIC 3), idade da paciente (mais ou menos de 25 anos) e localização da lesão (adentrando canal endocervical ou completamente visível na colposcopia). Quando se trata de Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) de Grau 1, também chamada de lesão intraepitelial de baixo grau, pode-se optar pelo acompanhamento com novos exames semestrais ou já realizar o tratamento a laser para evitar que a lesão evolua para um grau mais avançado.

Por outro lado, nas lesões chamadas de alto grau (NIC 2 e NIC 3), o tratamento recomendado para mulheres com menos de 25 anos é a vaporização com laser de CO2 e, para mulheres com mais de 25 anos, é a cirurgia de alta frequência (CAF), também chamada de EZT (exérese de zona de transformação anormal) ou de LEEP, e até mesmo de conização do colo uterino, onde é removida a área do colo uterino que está com a lesão. Após essa etapa, é recomendado à paciente realizar exames semestrais por pelo menos dois anos para garantir que não haja recidiva (retorno) das lesões.

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Qual tipo de medicação que combate o HPV?

Atualmente, não há medicação que elimine diretamente o vírus, e por isso os tratamentos para HPV são focados na remoção das lesões, pois a lesão armazena a maior parte da carga viral e, quando a lesão é tratada, a concentração de vírus no corpo reduz drasticamente. Por isso o tratamento da lesão é a medida que mais contribui com a eliminação do vírus. Estudos realizados antes e depois da cirurgia de alta frequência (CAF) demonstram que 75% das mulheres, após a cirurgia, ficam sem o vírus.

Como a eliminação do vírus depende da eficácia do próprio sistema imunológico da pessoa, vale ressaltar que além dos tratamentos para HPV e suas lesões, é importante adotar medidas que ajudam a aumentar a imunidade, como a vacina, suplementação com vitaminas e ter uma alimentação saudável, evitar fumar, controlar o peso e os níveis de estresse, ansiedade e depressão, trocar anticoncepcional oral por DIU para anticoncepção, avaliar se o parceiro apresenta lesões e imunoterapia.

Tratamento para HPV a laser: quando é indicado?

O tratamento a laser para HPV é indicado para condilomas (verrugas genitais), lesões na vulva (NIV), na vagina (NIVA) e lesões no colo do útero (NIC 1). Além disso, mulheres com 24 anos ou menos são candidatas a realizarem tratamento com laser para lesões NIC 2 e NIC 3.

Mulheres com mais de 24 anos e com lesões de alto grau (NIC 2 e NIC 3) são tratadas com cirurgia de alta frequência (CAF), porém, no caso de mulheres que ainda pretendem ter filhos, é possível realizar tratamento com laser quando a lesão é completamente visível na colposcopia e não existe suspeita de câncer com reavaliação 6 meses após.

Qual o tratamento mais eficaz para HPV?

Essa resposta depende do tipo de lesão que a pessoa está apresentando no momento. No caso de verrugas genitais, o tratamento mais eficaz é a combinação de vaporização com laser de CO2, cuja eficácia é de 92,3%, e não deixa sequelas com o agente imunológico imiquimode.

Como eliminar o HPV mais rápido?

Os tratamentos para HPV, ou melhor, os tratamentos para as lesões causadas pelo vírus HPV são as formas mais rápidas de eliminar o vírus do organismo. Cada um dos tratamentos apresenta tempos diferentes para eliminação das lesões, além de eficácias distintas. O tratamento a laser, por exemplo, elimina as lesões em uma ou duas sessões, com eficácia de 92,3%, enquanto o Imiquimode pode levar até quatro meses, com eficácia que varia de 40 a 60%. Já a cauterização com ácido, leva de várias semanas a meses, com uma eficácia de 50%.

É importante lembrar das medidas citadas acima sobre como melhorar a imunidade ao vírus e assim evitar o surgimento de novas lesões.

Dicas para prevenir o HPV

Além de adotar um estilo de vida mais saudável e que ajude a fortalecer o sistema imunológico, recomenda-se tomar a vacina contra HPV e usar preservativo, além de consultar um ginecologista para avaliar a possibilidade de trocar o anticoncepcional por DIU ou implanon, visto o risco de o anticoncepcional aumentar em 124% as chances de câncer de colo de útero.

Entre em contato agora mesmo com a uroginecologista e ginecologista especialista em Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia, que é a especialidade voltada ao estudo sobre o vírus do HPV, Dra. Maria Emília F. de Barba.

 

Fontes:

AMB

Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis

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